sábado, maio 17, 2008

Pragmático & midiático

O deputado Carlos Minc indicado para Ministro do Meio Ambiente (é provável que a exemplo do que fez em nosso estado, sugira mudar o nome do ministério para Ministério do Ambiente como fez na secretaria estadual) sabe como poucos usar a mídia a favor das suas idéias e projetos. Ao contrário do que alguns podem pensar isto é uma virtude e não um defeito. A questão principal são os objetivos e as finalidades das idéias a serem jogadas para frente. Minc também acerta quando diz que nesta área a “burocracia é a mãe da corrupção”. A clareza desta sua posição explica porque, alguns políticos tradicionais, que trabalham com a lógica do criar dificuldades para vender facilidades, cada vez se aproximam mais da área de controle ambiental nos diversos níveis de governo. Bom que os técnicos da área e também alguns ecologistas se disponham a arregaçar a manga e ir para o enfrentamento na questão dos controles dos licenciamentos ambientais, propondo compensações e limites maiores. Esta posição é melhor do que ficar jogando as análises ambientais dos projetos, no limbo de exigências burocráticas que depois são trucidadas, feito trator, sem que nenhumas ou poucas compensações ambientais e sociais sejam exigidas dos empreendedores. Suas exigências para assumir estão hoje, interpretadas nos jornais, como arrogância e exageros. É até possível, mas se o deputado não delimitar seu terreno agora depois... Nesta linha, este blog considerou como muito boa, a tirada do deputado quando disse “Lula me conhece há mais de 20 anos. Não imagino que ele faria com que nós pagássemos um duplo mico, no meu caso um Minc leão dourado”.

5 comentários:

xacal disse...

Roberto,
Nosso PIG não se emenda...
Trituraram a pobre ministra Marina como uma vítima da falta de peso político, decorrência de sua incapacidade em dar visibilidade as demandas ambientais...

Agora que Minc chega para operar na lógica contrária, reclamam também...

Se a intenção era enfraquecer o governo, mais uma vez deram tiro no pé...

Uma oposição dessas é um perigo a democracia, não pelo golpismo infantil...

É pela incompetência que torna o governo quase inquestionável...

Sinceramente, para a democracia seria útil um oposição mais inteligente...forçaria o governo a melhorar sua atuação...

Essa que esta aí é mais fácil combater que empurrar bêbado na ladeira..

Anônimo disse...

Roberto,

A ex-ministra é uma pessoa extremamente competente, reconhecida internacionalmente, que foi vítima do chamado "fogo amigo". Quanto ao PIG, preocupa-me muito mais o PIC (Partido da Imprensa Comprada), esse sim um perigo à democracia.

xacal disse...

Há uma dose de ingenuidade que raspa a má-fé...!

Todos os governos encerram em si lutas políticas, teses econômicas e lutas pelo poder...

Em ffhhcc havia a dicotomia entre os desenvolvimentistas e monetaristas, reproduzidas nesse governo...

Governos não são entes monolíticos e estáticos...

A luta entre serristas e seus opositores levou a "incineração" pública da Roseanna Sarney no episódio Linnus...

Ministros são gestoresdelegados dos verdadeiros mandatários, que detêm a representação popular pelo mandato...
Se incapazes de cumprir suas tarefas, e sua capacidade de agregar em torno das suas demandas, nada mais normal que defecções...

Algumas mais traumáticas, outras mais consensuais...

É inegável o carnaval realizado em torno da ministra, até então execrada pelo PIG como um "freio de mão" do desenvolvimento, basta ler a pitonisa Miríam Leitão e seus coleguinhas...

Agora a ministra é proclamada como heroína pelo PIG que a execrava...

Não se questiona a competência e as credenciais da ministra Marina...

O que parece óbvio, menos aos que não querem ver, é que o espaço político da ministra se esgotou...e isso é próprio dos ambientes democráticos...

Anônimo disse...

O Dr.sacaneou o PT de Campos heim!
Disse que era ele o bam-bam-bam e o partido...

Veja o que Mocaiber relatou do que Mackoul lhe falou:

"...você me garantiu que não queria ser candidato a mais nada, estava à disposição para me ajudar em qualquer coisa e que deixaria claro ao PT que, mesmo que ele não fizesse a aliança, você estaria dando publicamente o seu apoio a mim, pois afinal era você quem tinha os votos lá".

E o Dr. ainda se diz partidário?

Anônimo disse...

Pelo que sei,nas eleições de 2006, no seu 2º turno, o Diretório decidiu que o Partido estaria neutro, dando liberdade aos seus membros, individualmente, de fazerem as suas opções eleitorais.
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