Rede Blog trata, neste 21, do abandono do esporte

Gosto de esportes e vejo nele possibilidades imensas de integração e inserção social. Tenho visto ações pontuais na gestão do esporte local. Além disso, vejo, como em todas as outras áreas, uma grande e quase total dependência do poder público. Enxergo limitações nos projetos desenvolvidos na área. Sem saudosismos, vejo que quando se tinha menos recursos, talvez se fizesse mais que hoje. Fui atleta na antiga Escola Técnica Federal disputando jogos locais, os JECs (Jogos Estudantis de Campos) e os JENFS com escolas de todo o Norte Fluminense. Hoje pergunto como conseguiam fazer isto? Os clubes ou faliram ou emagreceram suas atividades. As escolas participam menos que antes. Espaços para ampliação da prática de alguns esportes não foram criados. Carecemos de um bom e amplo ginásio esportivo. Se não fossem os absurdos dos preços de obras e serviços praticados pela prefeitura, seria possível criar estes espaços na área urbana, um na margem direita e outra esquerda, na Baixada, na região em direção ao Espírito Santo e outro na direção sul. Uma espécie Centro Esportivo e Cultural, dotado de uma quadra coberta, com pequena arquibancada e palco para apresentações e disputas esportivas acrescido de um conjunto de pelo menos quatro salas polivalentes para cursos, ensaios, etc. Num mandato de quatro anos, talvez fosse possível viabilizar um em cada ano. Propus isto, num artigo sobre alternativas para Campos, em 28 de março de 2003. Porém, imagino que os problemas maiores da gestão do esporte no município, não estejam, necessariamente relacionados à construção de espaços físicos, mas à construção de uma política dos esportes, de forma coletiva e que envolvessem os diversos atores que atuam na área. Talvez um grande Congresso que traçasse programas, projetos e metas para um biênio que seria avaliado e re-construído ao final de cada dois anos com premiações dos destaques locais, etc. Enfim, estas são apenas impressões e opiniões de quem vê o esporte como um grande potencial ainda pouco explorado, em nosso município. Com a palavra, os especialistas!