sábado, abril 18, 2015

Medida do governo chinês em meio à disputa pelo “ciber espaço” gera desconfianças do prenúncio de uma primeira guerra digital

Contra ações semelhantes a da invasão da NSA pelos governos dos EUA nas comunicações brasileiras, em esquemas de espionagem de e-mails, telefones e outros, denunciados por Edward Snowden, a China instalou um “grande canhão” de controle.

Os oposicionistas chamam a medida de “cibermuralha” (em referência às muralhas físicas da China) e acusa o governo chinês de criar obstáculos para a navegação. Eles afirmam que a medida do  governo visa bloquear sites com conteúdos que não interessariam ao governo chinês.

Por outro lado, o governo chinês acusa a corporação Google, entre outras, de recusarem e não quererem cumprir a lei local, fornecendo informações privadas de seus usuários, enquanto todas as empresas chinesas atenderiam as exigências, criando condições desiguais de concorrência em meio à economia cada vez mais globalizada.

Empresários privados chineses, expatriados e pesquisadores estariam pagando por condições para “saltar a “cibermuralha”.

Alguns analistas identificam nas duas ações (EUA-China) como a do marco inicial da “primeira guerra no “ciber espaço”, ou "cibe war".

Nesta guerra cibernética, as armas seriam vírus poderosíssimos, piratas e espiões virtuais com notebooks e smarphones em punho. Eles atacariam e defenderiam os sistemas das nações, ou das corporações, já que nesse cenário, similar à do filme Matrix, a concepção abstrata de nações, já poderá ter sido substituída, pelo poder direto das corporações, que abandonariam a mediação da política e do poder dos estados nacionais.

Entre a ficção e o mundo físico real, deste com a vida digital (virtual), a realidade e sua leitura enquanto fenômeno, surge um novas provocações para a humanidade fugir da barbárie, na busca de novas institucionalidades políticas e jurídicas para dar conta do desafio civilizatório contemporâneo. A conferir!

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