terça-feira, abril 28, 2015

Estratégias e situação da Petrobras

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou hoje, em audiência conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos e Infraestrutura do Senado que o Plano de Investimentos da companhia vai ser centrado na exploração e produção de petróleo e gás. 

As atividades de beneficiamento (construção de refinarias, fábricas de fertilizantes) serão mantidos o que tem com exceção do que está sendo concluído como Comperj em Itaboraí. Bendine disse ainda que a Petrobras estuda fazer compensações para os estados do Ceará e Maranhão que sediariam as refinarias Premium do Nordeste.

Sobre a atual estrutura de pessoal da empresa
O presidente da Petrobras disse que o quadro de funcionários tem hoje 86 mil trabalhadores diretos e 300 mil terceirizados. Esses números apontam para uma relação de um funcionário próprio-direto para cada 3,5 trabalhadores empregados na atividade. Ele justifica esse número porque a empresa atua em diversas partes da cadeia de petróleo e gás, desde o topo à base, num modelo que preferiu chamar não de terceirização, mas de “geração de empregos".

Sobre o futuro (produção do pré-sal e preço do barril)
A estatal trabalha com um preço médio de US$ 70 pelo barril de petróleo para o ano de 2016, o que é considerado por ele como "muito razoável", uma vez que o barril fechou o ano de 2014 cotado abaixo de US$ 50. Sobre a exploração no pré-sal, Bendine alegou que “não há necessidade imediata de abrir novos poços, já que a produtividade dos existentes é alta. A Petrobras tem uma reserva de petróleo fantástica, acima da média mundial. O que eu vejo nesse momento é que não temos necessidade imediata de investimento em abertura de novos poços". Dessa forma, ele defendeu ainda o modelo de partilha que, ao permitir o acesso a todos os campos do pré-sal, dá vantagem competitiva para a Petrobras.

Sobre financiamento
"Temos de trabalhar para ter a financiabilidade adequada para quando tiver outro modelo de leilão, coisa que não vislumbramos no curto prazo".

Sobre autossuficiência de petróleo
"O Brasil caminhava para a autossuficiência de petróleo, mas o 'boom' de automóveis impediu esse plano. O refino de derivados, como a gasolina, é importante para que o Brasil não se torne tão dependente de derivados no longo prazo".

Fonte: Agência Brasil, Valor e Estadão.

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