quinta-feira, abril 09, 2015

Produção de petróleo das petroleiras estrangeiras no Brasil: uma nova realidade

Pouca gente tem conhecimento sobre os volumes em barris por dia extraídos por outras petroleiras estrangeiras ou brasileiras, para além da Petrobras, em nosso litoral ou território.

O volume já é muito significativo e mostram o interesse que as reservas petrolíferas já conhecidas do Brasil despertam na geopolítica da energia em todo o mundo.

Isso explicou em grande parte, o valor pago ontem pela petrolífera holandesa Shell na compra da petrolífera britânica BG, de quase US$ 70 bilhões. Ontem, a Sheel usou com uma das principais justificativas para o valor da aquisição as reservas e os negócios da BG no Brasil, onde, agora a Shell planeja chegar a um volume de produção e 2020, portanto, daqui a apenas cinco anos.

Veja abaixo a tabela produzida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) no último Boletim sobre a produção do mês de fevereiro divulgado, agora no início de abril, sempre dois meses após a produção.

Observem que a estatal Petrobras continua a ser o maior produtor (concessionário) com cerca de 2,5 milhões de barris equivalentes (porque inclui também a parte do gás) diante do total de 3 milhões de barris/dia produzidos no mês de fevereiro no Brasil. Um percentual 83,7%.

O segundo maior produtor era exatamente o grupo britânico BG com 137 mil barris (4,5%). Em terceiro a estatal norueguesa Statoil com 51 mil barris por dia. Em quarto, o consórcio espanhol-chinês da YPF-Sinopec com 48,7 mil b/d. Em quinto lugar a holandesa Shell com 46,4 mil b/d.

A empresa privada brasileira com a maior produção é a Queiroz Galvão que está na nona posição com uma produção diária de 16,6 mil barris. Como a atuação dessas empresas privadas estão em sua maior parte em campos mais novos, há uma grande tendência de grande evolução destes volumes de produção para os próximos anos.

Muita coisa se altera na dinâmica econômica e espacial diante dessa realidade nos estados do Rio, ES e SP e também em relação ao Brasil e sua situação no cenário da geopolítica mundial. Voltaremos a tratar do assunto adiante.


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