terça-feira, março 20, 2007

Poluindo mesmo depois de morto

Eu ingenuamente achava, que depois de morto, a gente contribuía, pelo menos com os nossos restos, para adubar a terra. Ledo engano. Lendo um estudo sobre os aqüíferos localizados em nosso município, por pesquisadores da Unicamp e sobre as agressões que ele vem sofrendo, descobri que mesmo depois de morto, o ex-ser humano, continua a poluir o ambiente:

“A região de Campos possui, no total, 22 cemitérios, alguns dos quais são centenários. Na área delimitada da pesquisa existem 9 cemitérios, dos quais 2 são de grande porte: Cemitério do Caju e o Cemitério Campo da Paz. É muito comum o lençol freático subir e ter contato com o cadáver em decomposição. Um cadáver, que pesa aproximadamente 70kg, produz cerca de 30kg de necrochorume. Além disso, esse mesmo cadáver produz aproximadamente 2 kg de nitrogênio que, em contato com as substâncias do solo, transforma-se em nitrato.”

Interpretando: quer dizer que eu, com 86 Kg vou me transformar em 37 Kg de necrochorume e 2,5 Kg de nitrato. É terrível saber isso! Pior, se você fizer, ou fizerem por você, a opção pela cremação, você estará contribuindo para o aumento da emissão de CO2 e conseqüente, o crescimento do aquecimento global. Quer dizer que é isso: a gente atrapalha, mesmo morrendo? É melhor parar de ler e de estudar. O ignorante sofre menos!

Um comentário:

Anônimo disse...

"Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Abraços do SKF.