sexta-feira, dezembro 05, 2014

Xisto equivalente a US$ 25 o barril de petróleo. Será?

O jornal Valor reproduziu hoje, matéria da Bloomberg em que analistas da IRG Investment Research garantem que, mesmo se o barril de petróleo cair a US$ 25 o barril, a produção de xisto ainda seria viável. 

A empresa de análise de investimentos garante que três formações geológicas que respondem por 88% da produção americana de xisto nos EUA seriam as responsáveis por essa performance em Dakota do Norte, Eagle Ford e Permian, no Texas. 

Outras jazidas do Texas e do Colorado teriam custo de produção mais caro na faixa dos US$ 75 a US$ 84. Os analistas dizem que o Canadá teria região também com baixo custo de produção de gás de xisto.

É difícil acreditar que isso seria possível, ou apenas um blefe na disputa dos EUA com a Opep que aumentou a produção para reduzir os preços e assim inviabilizar a produção dos campos mais onerosos.

Sempre se disse que os EUA com suas grandes reservas de óleo, antes ainda do xisto, preferia mantê-las como segurança a produzir. A crise financeira pós 2008 parece ter alterado o quadro. Ou não?

Fato é que a geopolítica do petróleo continua mais importante que nunca e as informações, mesmo online, tão inseguras sobre sua realidade, quanto em plena disputa da guerra fria.

Acompanhemos os desdobramentos que mexem com o setor importante tanto sob o ponto de vista das decisões de poder, quanto na economia e com enormes reflexos sobre o emprego, uma espécie de nova obsessão, que estranhamente diante dos avanços tecnológicos poderiam (deveriam) estar reduzindo a carga de trabalho em todo o mundo.

PS.: Abaixo mapa das reservas de shale-gas (gás de xisto no mundo). Se desejar clique aqui e leia nota recente do blog "Espiral da poluição?" com breve análise sobre a questão ambiental que pode se derivar desse novo quadro.


Um comentário:

Anônimo disse...

É uma realidade, que nenhum país poderá fugir, principalmente países, que vivem explorando suas riquezas naturais, de forma voraz e indiscriminada, como se fosse investimento sustentável, como forma de cobrir rombos orçamentários.

Se o petróleo é um bem finito, países sérios, deveriam usá-lo com equilíbrio, com decência, e principalmente, guardando parte dessa riqueza, para as gerações futuras.

Uma coisa é certa, muitos países, estão buscando fontes alternativas, ao petróleo, e, daqui a algum tempo, com essas descobertas, definitivamente haverá redução de preços nessa fonte de energia suja.