domingo, julho 24, 2016

"Capitalismo de vigilância"

O termo "capitalismo de vigilância" foi usado pelo fundador do Wikileaks, jornalista Julian Assange, quando afirmou se tratar de um "novo modelo de negócio mundial".

O termo cunhado por Assange foi usado numa palestra via skype, durante o seminário internacional em Santiago do Chile, cujo tema foi "Liberdade de Expressão, Direito à Comunicação Universal e Media Plurais para as Democracias do Mundo".

Assange afirmou que Sergéi Brinn, Larry Page e Mark Zuckerberg sabem mais coisas sobre os norte americanos do que a própria Agência de Segurança Nacional (NSA).

O jornalista sublinhou que no final a NSA controla tudo porque vigia de perto estas empresas controlando tudo. Assange afirma ainda que "estamos num período em que há uma explosão em massa de informação e que 81% da publicidade de Internet passa através do Google e Facebook".

Assange diz ainda que “a quantidade de espionagem pode aumentar", considerando a forma como o Google e o YouTube utilizam a informação que obtêm através do Gmail. "Realmente eles extraem o que querem".

Ainda segundo Assange, multinacionais de Silicon Valley - local de muitas empresas de informática nos EUA - tês acordos com companhias militares para avançar no rastreio e seleção de informações de interesse político e econômico.

A geopolítica assim atende aos interesses do sistema em que questões econômicas estão imbricadas com a política. Desta forma, os interesses sobre os controles do petróleo e da energia vão demandando menos forças militares e mais vigilância e atuação cibernética. 

Assim, se expande o controle sobre as demais nações, tanto sob o comando político, quanto econômico, juntos, sob o "capitalismo de vigilância". E nada disso é feito sem participação de estruturas locais, até dos estados, capturadas, sob o argumento contra o terror e a favor dos "direitos humanos". 

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