domingo, janeiro 08, 2017

A naturalização da invasão de privacidade com o uso dos celulares

O Google de forma ainda paulatina vai invadindo através dos nossos smarphones em nossas vidas. As pessoas acham engraçado quando o Google pergunta se uma foto, que você fez exclusivamente para você, e não postou em nenhuma rede social, se você quer postar uma imagem daquele local que ele já identifica na pergunta.

As pessoas acham ainda mais incrível que o Google ou o Facebook indagam se você estaria a responder a algumas perguntas sobre a padaria ou restaurante que você acabou de sair.

Interessante que as pessoas fiquem perplexas e impressionadas com a tecnologia. Elas não se dão conta que sua privacidade com o bigdata destes negócios foi para o espaço.

Muitos de nós não percebemos que as informações fornecidas servem para elas ganharem dinheiro, não mais e apenas com propaganda direta e direcionada, mas com oferta a estes comerciantes de uma pesquisa de mercado.

O bigdata e seus reflexos causam pavor. Em setembro de 2014 eu escrevi aqui no blog uma matéria sobre uma exposição sobre este processo chamada “Bigbangdata” que eu tinha visitado no período que estive em Barcelona, no Museu de Arte Contemporânea.

Dei o título ao texto de Datacentrismo & dataficação geram uma "big preocupação"! Se desejar leia aqui o texto.

Confesso que hoje a preocupação é ainda maior do que na ocasião. Pois embora, ela já mostrasse coisas reais, outras pareciam futuristas e ainda distantes. Hoje, não mais. Na ocasião se afirmava – e hoje pode ser comprovado – que o uso do celular era a chave para a massificação dos dados que ele cresceria cerca de 60% em quatro anos

Porém, me espanta mais que estejamos banalizando ou naturalizando a invasão de privacidade que serve hoje não apenas para fins comerciais, mas certamente, também para fins políticos e de controle social.

Enquanto isto, contraditoriamente, está cada vez mais difícil entabular uma conversa oral pelo telefone móvel, já que as ligações caem, são interrompidas com frequência cada vez maior, apesar dos altos preços que pagamos pelos planos das telefônicas, que no Brasil ainda são subsidiadas.

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