sexta-feira, janeiro 27, 2017

Segundo relatório da BP, o Brasil se tornará exportador líquido de energia até 2035

Segundo, as projeções da edição 2017 do relatório BP Energy Outlook, divulgado na quarta-feira, sobre o cenário energético global - oferta e demanda - para os próximos 20 anos - o Brasil se tornará um exportador líquido de energia.

Hoje a produção de energia no Brasil responde por 94% do consumo e passará a responder, se as projeções por 112% no ano de 2035. A estimativa considera o aumento que se terá no país com a produção de petróleo, gás, hidroeletricidade, energia nuclear e renováveis, superando o crescimento por demanda de energia.

Outros dados do relatório BP Energy Outlook 2035: 

1) Entre 2015 e 2035, haverá um crescimento de 68% na produção, enquanto o consumo de energia no Brasil crescerá 41%.

2) Em 2035 o Brasil terá uma participação de 3% na produção global de energia e de 2% no consumo mundial.

3) Os combustíveis fósseis representarão 50% do consumo de energia do Brasil em 2035, comparado com a média global de 77%. 

4) O consumo de energias renováveis mais do que dobrará durante o período do Outlook, aumentando 4,8% ao ano.

5) O consumo de todos os combustíveis aumentará, exceto o carvão: renováveis (incluindo biocombustíveis) +157%, hidrelétrica +37%, petróleo +16%, gás natural +43%, nuclear +149%, carvão -16%.

6) A matriz de combustíveis continuará a evoluir com energias renováveis ganhando mercado. A parcela do petróleo na matriz cairá para 34% em 2035, de 41% hoje, no entanto o petróleo continuará a ser o combustível dominante. O aumento na produção de petróleo (+70%) e gás natural (+40%) mais do que compensará a queda do carvão (-22%).

7) O consumo de gás natural crescerá 1.8% a.a., crescimento levemente maior que a média global de 1.6% a.a. e o consumo de petróleo aumentará 0.8% a.a., em linha com a média global.

8) O consumo de energia elétrica crescerá 2,2% a.a. entre 2015 e 2035. A hidroeletricidade continuará a dominar, mas sua participação cairá de 63% para 56%, na medida em que as renováveis dobram no período.

9) Até 2035, a energia eólica será a segunda maior fonte de geração de energia elétrica, ultrapassando o gás natural.

É importante observar que as projeções levaram em conta o desenvolvimento que o país vinha tendo até 2015. Portanto, este cenário traçado pelo que se vinha desenvolvendo deverá ser alterado por conta do que vem sendo desmanchado a nível nacional.

Resta saber a quem servirá este feito na medida que grande parte da infraestrutura de energia foi sendo entregues a players e corporações que atuam segundo seus interesses e não o do desenvolvimento nacional. Seguimos acompanhando.

Um comentário:

Gian disse...

A riqueza dá nação sendo entregue, que esse sujeito Temer está querendo?

http://www.istoedinheiro.com.br/por-que-shell-nao-desiste-do-pre-sal/