segunda-feira, julho 16, 2018

O petróleo segue sendo base dos interesses americanos, russos e chineses

Este foi o primeiro assunto abordado por Putin e Trump na entrevista hoje, logo após o encontro dos dois líderes, na Finlândia.

Putin e Trump garantiram interesses de suas duas nações na manutenção de um preço médio do barril de petróleo e prometiam manter esta posição.

Fora, os consensos divulgados hoje para efeito de entrevistas, a China tinha garantido há pouco tempo ao Irã, a manutenção e ampliação de sua demanda por petróleo. 

A Rússia, mesmo como grande produtora, como parte de sua geopolítica, pouco antes do encontro com Trump, havia oferecido apoio à indústria de petróleo do Irã com investimentos de até US$ 50 bilhões. 

Fato que manteria o Irã como grande exportador mundial de petróleo, apesar da ameaça de novo embargo dos EUA.

Em meio às entrevistas, Copa do Mundo e outros salamaleques, está claro que a atuação da Rússia e China no Oriente Médio cresce na mesma proporção em que decresce a força dos EUA, vinculado quase que exclusivamente às relações com a Arábia Saudita, que por sua vez, conversa cada vez mais com a Rússia e com a China sua importadora mais forte.

Como se vê, o petróleo segue sendo bases de consenso ou dissenso, mais ou menos, explícitos.

No meio de tudo disto está também a troca paulatina do dólar, como base dos negócios do setor petróleo (o petrodólar) para acordo de comércio em outras moedas como o yene (ou renminbi) e o rublo.

Pela entrevista de Putin e Trump, mais uma vez se vê que a China aparece em todos os horizontes, mesmo que o encontro seja entre Trump e a Otan, Trump e a Coréia do Norte e Trump com Putin.


PS.: Atualizado às 15:24: Ainda sobre o assunto petróleo é bom que se diga que num horizonte entre 5 e 10 anos, a manutenção do preço do barril nesta faixa em torno dos US$ 70, interessa mais à Rússia que aos EUA. O primeiro mantém sua atual estabilidade econômica-social. Enquanto, os EUA estará consumindo boa parte de suas reservas de xisto.

Lá pelo meio da próxima década, a tendência é que os EUA esteja importando mais petróleo do que fazia antes das novas tecnologias de extração de xisto (fracking) no início desta década. Neste momento as reservas de petróleo da Rússia estarão bombando para atender à sedenta China.

Também neste período o nosso pré-sal, agora entregue a preço de xepa, estará mais que nunca, sendo disputado, como as reservas de petróleo dos países do Oriente Médio. 

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