VIVA: Petróleo em alta por mais dois anos!

O diretor-gerente do FMI, Rodrigo Rato (já falei no azar de algumas pessoas que carregam no sobrenome uma acusação, que em alguns casos são descabidos: Rato, Burla, etc.) afirmou sábado na Índia que: “o mundo terá que conviver com preços elevados do petróleo, por, ao menos, mais dois anos”. Êta notícia agradável para quem recebe royalties baseados no preço do barril do petróleo no mercado internacional. Resta-nos, em contraposição ao desespero do resto do mundo, a boa utilização destes recursos.

Por que hoje a energia elétrica é tão cara?

Oportuna e interessante a entrevista com o economista indiano Sunil Tankha, ontem no jornal “O Globo”, sobre a fórmula danosa que o governo FHC adotou no esquema de privatização do setor de energia elétrica do país. Entre outras revelações ele citou que o investimento que o setor privado fez nas 54 usinas termoelétricas foi de R$ 2 bilhões e o governo já pagou R$ 8 bilhões para elas ficarem paradas à disposição de demandas hoje não existentes. Isto explica porque hoje a classe média é obrigada a desembolsar até 15% da sua renda com a conta de luz, quando há 20 anos atrás estes custos não superavam algo em torno de 5% da renda. Na telefonia não é diferente, embora, nesta área, os serviços hoje demandados pela população sejam maiores e mais diversificados por conta das novas tecnologias digitais. Na energia elétrica isto não ocorre. A energia que o consumidor consome é a mesma e serve aos mesmos fins há anos ou décadas. Se o link ajudar e não exigir cadastro leia aqui a entrevista inteira.

Mapa ilustrado de Campos

Este mapa ao lado foi elaborado pela Faperj (Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro). É um mapa ilustrado da cidade de Campos lançado em janeiro deste ano numa exposição realizada no Museu da República, onde esteve exposto até o último dia 27 de fevereiro. Esta foi a terceira edição do projeto "Rio de Janeiro em Mapas". Pela primeira vez, o trabalho retratou uma região situada além dos limites da capital fluminense. Informa o site da Faperj: "Coube à ilustradora Mariana Massarani recriar os principais logradouros e atrações históricas de Campos dos Goytacazes. O traço delicado e vibrante da artista fez uma saborosa releitura do clima interiorano e de construções como o Solar Pirapetinga, o Asilo do Carmo, o Solar da Baronesa, a Villa Maria e a Igreja de Santa Efigênia". Veja aqui no site da Faperj algumas das ilustrações dos prédios do Fórum, Mercado Municipal, Beneficiência Portugiesa, etc.

Gostei especialmente desta do Asilo do Carmo:

Lenilson internado

O companheiro Lenilson Chaves passou mal ontem quando dava aulas no início da noite no Colégio 29 de maio e por volta das 20 horas foi internado no Hospital Dr. Beda em um preocupante estado de saúde com hemorrgia digestiva. Está sedado tomando transfusão de sangue na unidade intermediária de tratamento. Desejamos recuperação ao companheiro.

Para reflexão: os R$ do ensino superior!

A prefeitura de Macaé está determinada em criar uma universidade municipal. Nesta sexta-feira a prefeitura lança às 15h, no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, o projeto do Complexo Universitário e da Universidade Municipal de Macaé. Os custos para a viabilização de um projeto como este é alto, porém, importante para a população da cidade. Com estratégia diferente, só este ano, a prefeitura de Campos já assinou convênio com nove instituições de ensino superior que prevê um desembolso de R$ 17,4 milhões. Sabe-se que a legislação proíbe o pagamento de pessoal com as receitas dos royalties, o que torna difícil a sustentação de um projeto municipal. Outra pergunta é como fica a manutenção de uma universidade quando o petróleo e os royalties acabarem? Por outro lado, é duro também ver que com quase R$ 20 milhões anuais pode-se fazer muita coisa sem precisar deixar lucro para alguns “barões” do ensino privado. Além disso, eles podem sumir junto dos royalties. Para se ter uma idéia destes custos, o CEFET Campos tem para este ano um orçamento previsto em R$ 36 milhões, excluindo a parte do orçamento destinada ao pagamento de aposentados e pensionistas. Com este dinheiro o CEFET Campos sustenta duas unidades, uma na sede e outra em Macaé. Oito mil alunos estudam em Campos e 3 mil em Macaé em mais de 20 diferentes cursos desde o ensino médio, técnico, licenciaturas, superiores de tecnologia e pós-graduação.

Cabo Frio maior % de crescimento do emprego

Ainda segundo o 13° Boletim do Observatório Socioeconômico do NF, a ser lançado semana que vem, o município de Cabo Frio teve o maior percentual de crescimento do emprego formal em 2004 quando comparado com 2003, nos municípios de médio porte do estado. Veja os percentuais de crescimento: - Cabo Frio – 8,22%; - Macaé – 6,39%; - Campos – 5,94%; - Itaperuna – 5,57%; - Petrópolis – 3,61%; - Volta Redonda – 1,29%; - Estado do Rio de Janeiro – 3,96%; - Brasil – 5,11%.

Melhoram os índices de emprego em Campos

O professor Romeu e Silva Neto do CEFET Campos, coordenador do Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense, um consórcio formado pelo CEFET, UFF, UENF, UFRRJ e UNIVERSO, está ultimando os dados para divulgar o seu 13° Boletim. Os boletins são publicações que se iniciaram em março de 2001 quando o Observatório foi montado. Veja aqui as doze publicações divulgadas até hoje. O assunto desta nova publicação é mais uma vez, a atualização sobre o quadro do emprego formal nas cidades do norte fluminense e outras cidades de porte médio, no estado e no país. Entre os dados importantes o professor Romeu vai mostrar que a melhoria da economia no plano nacional trouxe reflexos para nossa região. Campos, especialmente, teve um aumento de 5,94% na média de empregos do ano de 2004 quando comparado a dezembro de 2003. Em números absolutos Campos registrou no último mês de 2004, um total de 58.425 empregos formais, contra 53.898 em dezembro de 2003. O aquecimento da economia ajudou a situação em todo o país. Em termos nacionais o crescimento foi de 5,11% em 2004 em relação a 2003. No estado do Rio de Janeiro o percentual foi de apenas 3,96%.

Só com psicanálise

Mais um recorde no preço do barril de petróleo no mercado internacional. Hoje o preço do barril atingiu a marca de US$ 57. Este fato junto com o início da produção na plataforma P-48 acontecida nos primeiros dias de março, significarão mais royalties para o estado e municípios produtores. O impacto que é negativo para a conta dos países que são consumidores, inverte-se para aqueles que lucram com este aumento. Talvez, só com a psicanálise se possa resolver a contradição de uma região melhorar as suas perspectivas diante da crise dos outros.

Foto:http://clickmacae.com.br

Prefeito de Macaé articulou a presidência da Fempetro

O prefeito de macaé Riverton Mussi (PSDB), articulou durante a última eleição da Ompetro, segunda-feira em São João da Barra, aceitou não ocupar nehum dos três cargos mais disputados, presidente que ficou para Paulo Dames, tesoureiro que ficou para Carla Machado e secretário com Armando Carneiro, fechando um acordo com os prefeitos para ser o presidente da Fempetro, a Federação Nacional dos Municípios Produtores de Petróleo, já articulada para ser lançada oficialmente na feira Brasil Off Shore que acontecerá em junho em Macaé e que terá a participação de outros municípios produtores dos estados do Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte e Amazonas.

Operando com o fígado e as mãos no nariz!

Duro foi saber que foi o PT que operou episódio lamentável do post abaixo. Para mim não serve de justificativa o fato de que na verdade, o PT estava, com esta atitude, devolvendo o que o PSDB fez na Camara Federal ajudando a eleger o pernambucano Severino Cavalcanti. Aliás, Severino hoje deu mais uma demonstarção da sua "esperteza política" aumentando em 25% a verba de gabinete dos deputados.

Fazendo escola!

Depois ainda dizem que os políticos de Campos não inovam. Vejam a notícia abaixo tirada do plantão do "O Globo on line", relembrando a eleição do vereador Ederval Venâncio para presidente da Câmara Municipal no início de 2003, quando se hospedaram por dois dias em Domingos Martins, ES.

Deputados chegam em ônibus de excursão para escolher presidente da AL

CBN - SÃO PAULO - A eleição para a mesa diretora da Assembléia Legislativa de São Paulo continua uma incógnita. Só perto das 15h chegou à Assembléia, num ônibus de excursão, um grupo de 20 deputados da base governista que apóia para o cargo de presidente da casa o deputado estadual Rodrigo Garcia, do PFL. Embora integre a base de apoio do governador Geraldo Alckmin, o PFL decidiu lançar candidato próprio. O candidato que conta com o apoio de Alckmin é o deputado Edson Aparecido (PSDB). Garcia confirmou que os deputados estavam reunidos desde sábado num hotel na cidade de Atibaia, mas negou confinamento. Segundo ele, o encontro foi de confraternização. Para o tucano Edson Aparecido, o encontro serviu para isolar os deputados e evitar que eles mudassem de posição no fim de semana, atraídos pelo PSDB.

15 de março: 15 anos de Collor, 20 da morte de Tancredo e 30 de fusão!

É muita coisa para um mês só. Do primeiro queremos distância, do segundo temos o sentimento de "um coito interrompido" e do terceiro um sentimento de frustação, porém, o único com possibilidades de reversão.

Vem aí a FEMPETRO

Na reunião de hoje da OMPETRO foi discutido pelos prefeitos a possibilidade de se criar uma articulação não apenas regional, mas nacional entre os prefeitos das cidades produtoras de petróleo que hoje são contempladas pelos royalties prevista na lei federal do petróleo. A articulação visa lançar em junho na feira de petróleo, Brasil Off Shore, em Macaé, esta Federação Nacional dos Municípios Produtores de Petróleo.

Mais do que apenas defender os royalties estas articulações de municípios devem criar fóruns, câmaras técnicas, etc. com a participação dos técnicos destas prefeituras para tratar de assuntos que ampliem a qualidade dos serviços prestados por estes municípios aos seus cidadãos, ao mesmo tempo que podem montar, desde já, um planejamento estratégico para que estas cidades possam ser sustentáveis na era pós-petróleo. A meu ver, é infrutífera qualquer manifestação da organização destes municípios de defesa e proteção dos royalties. É preciso que ações afirmativas sejam implementadas para mostar porque os royalties são necessários e que estão produzindo resultados para todos os moradores destas regiões.

Ompetro tem novo presidente

A Ompetro, Organização dos Municípios Produtores de Petróleo, que reúne dez municípios da região produtora de petróleo no estado, elegeu hoje seu novo presidente, o prefeito de Casimiro de Abreu, Paulo Dames que na própria reunião de hoje assumiu o cargo em substituição ao ex-prefeito de Campos, Arnaldo Vianna. A nova diretoria se propõe além de continuar na luta pela preservação dos royalties, ampliar a luta em prol de outros projetos de interesse regional como enfatizou o prefeito de Quissamã Armando Carneiro que citou a luta pela duplicação da BR-101, pelo pólo petroquímico, a rodovia litorânea e outros, saindo das preocupações apenas local de cada um dos municípios. O Dr. Luiz José em nome das mais de 60 organizações da sociedade civil que acompanham desde 2001 a luta pela melhoria da BR-101, solicitou apoio dos prefeitos para esta reivindicação e para o ato ecumênico marcado para as 11 horas do dia 6 de abril em frente ao Shopping Estrada. As entidades da sociedade civil também clamam por uma articulação da sociedade civil junto dos prefeitos para tratar do tema junto ao Ministério dos Transportes em Brasília.

Livro sobre desenvolvimento

Recebi solicitação de divulgação do livro publicado pela SENAC Editora que tem na sua organização o professor José Luiz Vianna da Cruz. Os capítulos do livro “Brasil - O Desafio da Modernidade - Experiências de Desenvolvimento Regional”, além daquele de autoria do organizador, tem outros autores: Tânia Bacelar de Araújo, Waltraud Maria Schreiber, Humberto Eduardo de Paula Martins, Mônica Antonia Viana e Markus Erwin Brose. Não conheço a publicação e nem sabia da intenção de seu lançamento, mas partindo de quem é, e do assunto abordado, creio que vale a pena a conferida.

Release:"Contribuir para ajudar na construção de um Brasil cada vez melhor. Esse é o propósito de Brasil, o desafio da diversidade – experiências de desenvolvimento regional. Em seis artigos, a obra apresenta vivências de profissionais envolvidos e comprometidos com problemas do país, como desigualdade social, e erros e omissões das políticas governamentais. Traz, ainda, o relato de experiências de interação entre novas e antigas condições impostas pela situação periférica e pelos mecanismos de produção e reprodução do capital. O livro é bastante oportuno neste momento em que se organizam os Arranjos Produtivos Locais – APLs – em todo o Brasil, iniciativa que conta com a participação do Senac, por sua experiência em Educação Profissional e por seu conhecimento sobre o mercado de trabalho". Formato: 16 x 23 cm • 288 p Preço de capa: R$ 35,00 ISBN: 85-7458-164-X

O organizador informa ainda:

Para pessoas físicas, tipo alunos e professores de cursos de graduação e pós, eu posso fornecer o livro diretamente, com um bom desconto. Não posso fazer isso para livrarias, ou instituições, mas para pessoas físicas eu posso vender com 40% de desconto. Para livrarias e locais de venda, é preciso contactar as Editoras do Senac diretamente, conforme instruções do release.

PS.: Isto não é marketing até porque este blog não tem visitas para isso, mas é provável que entre as 400 visitas que em média este blog tem por mês de permanentes e insistentes leitores, haja gente interessada no assunto.

Você sabia?

Relembrando o antigo bordão da Rádio Relógio que de minuto a minuto divulgava informações ou explicações que na época chamávamos de “cultura inútil” repasso informação de colaborador deste blog. A não declaração de “calamidade pública” em nenhum dos municípios da região fortemente afetados pelas chuvas e pela cheia dos rios se dá por outros fatores que não são do conhecimento da maioria da população. Os municípios orientados pela Defesa Civil (estadual e federal) evitam esta situação declarando na maioria das vezes o “estado de emergência” pois a decretação de “calamidade pública” permitiria que durante sua vigência, os munícipes e as empresas lá localizadas fiquem desobrigados do pagamento de serviços como luz, água, telefone, etc., além dos tributos dos três níveis de governo. Ainda segundo informações de especialistas em “defesa civil”, até a FEBRABAN (Federação Brasileira dos Bancos) acompanha diariamente as informações sobre as condições dos municípios afetados por catástrofes. Tudo isso se dá pelo interesse dos bancos em acompanhar o vencimento dos compromissos dos seus clientes da rede bancária, além de diminuir os impostos que eles são obrigados a pagar ao governo. Por estes motivos as grandes capitais, mesmo quando afetadas por situações de emergências evitam tal decreto, mesmo sabendo que isto implica na diminuição do apoio financeiro das outras esferas de governo, porque as grandes empresas instaladas nos municípios de maior porte usariam estas brechas na legislação para diminuir a carga tributária que o setor é obrigado a pagar. Voce sabia?

Estrutura da PMCG precisa de reforma?

Se você julga que há algo de errado na estrutura da máquina pública municipal e que a mesma precisa de reforma para ser mais ágil e eficiente, leia aqui o artigo publicado na Folha da Manhã em 11 de março e discuta o assunto.

Jornalismo na era da Internet

Artigo publicado hoje aqui no O Globo (não sei se é só para cadastrados- se for, ou se cadastre, ou veja a versão impressa, ou peça que eu envio por e-mail) reacende a polêmica nunca adormecida sobre a especificidade da atividade dos jornalistas. Vale a pena a conferida sobre os pontos levantados pelo autor Jacob Weisberg, que é editor da revista na internet “Slate". Seu título: “Jornalista é quem quer ser jornalista”.

Copacabana com royalties

Faltando apenas três dias para se completar trinta anos da fusão, os cariocas agora podem dizer que também têm petróleo. A descoberta da jazida que fica a 160 Km da costa na praia de Copacabana pode ajudar o movimento da chamada "autonomia carioca". Pode ser também que com os royalties, quando a produção for iniciada, o prefeito da cidade maravilhosa queira assumir os hospitais da sua cidade como todas as outras cidades brasileiras.

Desapropriação

O prefeito Campista desapropriou área de 119 mil m² pertencente à Usina do Queimado, localizado de frente para a BR-101 para construção de casas populares. O ato se deu através do Decreto Nº 072/2005 publicado hoje, 9 de março de 2005, no Diário Oficial do município, jornal Monitor Campista.

Troca de máscara

O secretário de administração da PMCG, Altamir Bárbara precisa trocar a “máscara” que utiliza para publicar as portarias da secretaria do qual é titular, pois não fica bem, iniciar o texto com: “A Secretária Municipal de Administração da PMCG, no uso de suas atribuições legais...” Como todos sabem, a secretária Cláudia Salgado, que tinha resistência, aparentemente, da maioria dos servidores municipais, foi substituída por Altamir Bárbara.

Mesa, o Jânio Quadros que deu certo!

Um é Mesa, Carlos Mesa e o outro era Quadro, Jânio Quadros. Tanto mesa quanto quadros são substantivos comuns, porém não tão comuns são os fatos que ambos provocaram, um em agosto de 1961 no Brasil e o outro no último domingo, 6 de março de 2005 na Bolívia. O presidente da Bolívia Carlos Mesa conseguiu quarenta e quatro anos depois, o que o ex-presidente brasileiro Jânio Quadros tentou e se frustrou. No dia 25 de agosto de 1961 Jânio Quadros depois de governar por apenas sete meses, levou com o gesto da sua renúncia, o país às portas de uma guerra civil quando esperava ser levado pelos braços do povo de volta ao planalto. Por isso é que dizem que tanto na política quanto na vida, as idéias são sempre as mesmas, elas vão e voltam, emergem e submergem conforme o cenário. Veja aqui mais detalhes sobre a renúncia de Jânio Quadros. Imagem:http://www.cpdoc.fgv.br

Virada de Mesa?

O presidente Lula para se eleger escreveu a “Carta aos brasileiros” garantindo que acordos firmados seriam cumpridos. A Petrobras, preocupada com os desdobramentos da crise boliviana, espera que não haja virada de mesa através de “Mesa” ou do Congresso boliviano. A crise na Bolívia deverá trazer impactos para o Brasil através da nova lei do petróleo. Esta lei está no centro das exigências do pacto que o presidente boliviano fez para permanecer no cargo e que foram aprovadas por unanimidade pelo congresso daquele país. A nova lei aumentará a cobrança de royalties pela extração de petróleo, hoje feita, pelas empresas Petrobras, Repsol YPF, British Petroleum e outras. O diretor de energia e gás da Petrobras diz que não existirá este impacto pois tudo que a Petrobras faz por lá está em contratos e que por isso não devem ser alterados. Disse "devem" e não "podem". Aguardemos os fatos.

Mais royalties

A entrada em funcionamento, na segunda-feira passada, da nova plataforma P-48 no campo de Caratinga na Bacia de Campos que deverá produzir, quando estiver à plena carga 150 mil barris por dia de petróleo, produzirá um aumento de aproximadamente 10% nas receitas dos royalties nos próximos meses. Além disso, o recorde batido ontem em Londres quando a cotação do preço do barril de petróleo atingiu o valor de US$ 54,00, contribuirá ainda mais para este aumento da arrecadação pelo estado e pelos municípios produtores da região, especialmente Campos, litoral onde se situa a maior parte do campo onde está instalada a plataforma P-48.

Enchente em Itaperuna

O repórter LR, colaborador deste blog, informa que a cidade de Itaperuna sofre com a cheia do rio Muriaé, afluente do rio Paraíba do Sul. Diversas ruas da cidade inclusive a avenida principal, Cardoso Moreira tem uma das pistas tomadas pelas águas. O efeito da descida destas águas deverá ser sentido nas cidades de Italva, Cardoso Moreira e Campos.

Fotos:http://www.itaperuna.com.br

Noblat na terra de Severino

O jornalista Ricardo Noblat está cobrindo, ao vivo aqui em seu blog, os preparativos para a recepção que a pequena cidade de João Alfredo em Pernambuco, está fazendo para recepcionar o seu filho mais ilustre, o deputado e presidente da Câmara Severino Cavalcanti. É imperdível seus comentários e a riqueza de detalhes que imagino que nenhum jornal impresso trará. Faz lembrar a famosa chegada do deputado Paes de Andrade à cidade de Mombaça, quando na condição de presidente da Câmara Federal, assumiu interinamente por alguns dias a presidência da República na época de Sarney.

Lula 1ª visita oficial à região

Está quase confirmada que a primeira visita oficial do presidente Lula, depois de empossado, à região, seja feita na abertura da II ª Conferência Brasil Offshore 2005 que será realizada de 15 a 17 de junho no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho em Macaé.

Reclamações

O bom trabalho feito pelo responsável peo PROCON em Campos, Franklin Cherene, vem mais uma vez à tona, com a divulgação das estatísticas das reclamações dos consumidores. Elas são comprovadoras da falta de qualidade que impera na prestação de serviços públicos essenciais à vida do cidadão. As quatro primeiras empresas em índices de reclamação são prestadoras de serviços concedidos pelo poder público. Pela ordem: Telemar, Ampla, Águas do Paraíba (contemplada no final do ano passado com mais um generoso reajuste acima do índicie inflacionário) e a Vivo. Juntas elas são responsáveis por 82% de todas as reclamações recebidas pelo PROCON de Campos em janeiro. Embora a responsabilidade pela regulação destas atividades sejam da esfera estadual ou federal, imagino que seja possível alguma intervenção do poder local que é o que está mais perto do cidadão. Em Salvador os bancos que possuem longas filas estão sendo notificados pela prefeitura e em casos de reincidências estão sendo ameaçados de suspensão de seus alvarás de funcionamento.

Bom e mau exemplo – mais pressão sobre os royalties

A “Época” revista semanal trouxe extensa reportagem intitulada “Aqui jorra dinheiro” feita pelo jornalista Walter Nunes, questionando o uso do dinheiro dos royalties por parte dos prefeitos das cidades contempladas com estes recursos. A reportagem relaciona as dez cidades com maiores orçamentos per capita do país. Todas são detentoras da finita receita dos royalties. Da nossa região estão citadas as prefeituras de Quissamã, Rio das Ostras e Carapebus como primeiro, segundo e quinto orçamentos per capita, respectivamente, dentre os dez maiores do país. Estudo idêntico já havia sido divulgado tanto pela UCAM-Campos como pela Ong Cidade 21. A reportagem cita ainda uma única exceção, na interpretação da reportagem, como boa aplicadora destes recursos, a prefeitura de Quissamã. Na mesma linha o jornal capixaba “A Gazeta” de 20 de fevereiro traz reportagem de duas páginas inteiras na área de economia com o seguinte título: “Falta de controle é risco para o dinheiro do petróleo”. Outros subtítulos mostram o tom da reportagem: “Recursos que deveriam ser aplicados em infra-estrutura têm outras finalidades”; “Suspeição no TCES”; “Aplicação das verbas agora será fiscalizada”; “Audiência pública em março vai questionar uso de dinheiro em festas”. Parece que o mau uso destes recursos vai fazendo escola pelo país afora com raríssimas exceções. No Espírito santo os municípios que receberam mais royalties em 2004 foram: Linhares: R$ 16,17 milhões; São Mateus: R$ 14,6 milhões; Presidente Kennedy: R$ 9,64 milhões; Jaguaré: R$ 6,38 milhões; R$ Aracruz: R$ 5,47 milhões e Itapemirim: R$ 4,63 milhões.

Apenas opinião, mesmo que técnica, é blá, blá, blá!

Blog sem polêmica é igual a namoro sem beijo, não tem graça. Portanto vamos a uma delas, o caso da ponte sobre o rio Paraíba do Sul. O misto de empresário e colunista Murilo Dieguez em sua coluna “Comentários” hoje na Folha da Manhã (veja aqui sem o croqui) diz que é a preciso que a questão da ponte saia do campo político para o campo técnico. Afirma ainda que a discussão partidária e ideológica deveria ficar em segundo plano. Não sei a quem, ou qual ou quais entidades Murilo se refere. Desde o início das discussões, quando a prefeitura ainda brigava com o estado sobre o direito de fazer a ponte no mesmo lugar, as discussões das quais participei foram eminentemente técnicas e econômicas. Verdade que numa questão como esta que se trata de política pública, não há muito como tentar separar por completo as posições. Quem normalmente insiste em posições estanques assim são os chamados "tecnocratas de plantão" que se julgam acima do bem e do mal da política e este certamente não é o caso de Murilo. Os debates que se sucederam com a participação da Cidade 21, CNFCN, ANFEA e outras entidades junto ao Ministério Público Estadual, na Audiência Pública na Faculdade de Direito e por último no CMMAU (Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo) tiveram como principal pano de fundo os problemas de trânsito, a questão ambiental e o impacto de vizinhança que o empreendimento causará se for levado adiante. Nem todos têm o espaço de uma coluna semanal de meia página para mostrar uma planta do empreendimento e com isto tentar passar a visão de que está pautado exclusivamente na técnica parta emitir sua opinião. Mesmo com esta vantagem da planta acrescida de sete notas, fiquei sem entender o que Murilo propõe ou defende. Aparentemente seus argumentos são no sentido de mostrar o caos que o empreendimento pode causar, mas como, a seu ver a questão é eminentemente técnica, me parece que ele se sentiu no dever de deixar a conclusão que, aparentemente para ele é óbvia, para o leitor fazer. Se a condução da questão ficar apenas na opinião, os leitores e munícipes podem ir se preparando para enfrentar os problemas que a ponte e os viadutos do governo do estado trarão para suas vidas. O resto é blá, blá, blá!