quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Menores preços do petróleo geram fusão das estatais petrolíferas chinesas

As mudanças no setor de petróleo continuam em franca ascensão como decorrência da redução do valor do barril no mercado internacional. Alguns projetos das gigantes forma descartados.

Além disso, as fusões, diga-se megafusões estão sendo decididas. Das quatro grandes estatais chinesas, o governo de Pequim estuda a fusão duas a duas. Assim, a CNPC (China Nacional Petroleum Corp.) se juntaria à Sinopec (China National Petrochemical Corp.) que é mais forte na área de refino.

A outra megafusão seria entre a CNOOC (China National Offshore Oil Cor.) e a Sinochen Group. O objetivo seria a a ampliação da eficiência e a disputa com outra gigantes do setor.

"Crises" na economia de economia de forma geral ou por setor geram sempre mudanças e a formação de ainda maiores oligopólios. O caso no setor de óleo e gás não é diferente, tanto na exploração, serviços quanto no beneficiamento ou serviços.

Desta forma, no setor a espanhola Repsol SA comprou no ano passado a canadense Talisman Energy por US$ 8,3 bilhões. Assim, no setor de serviços especializados de petróleo, a americana Baker Hughes foi comprada Halliburton num negócio 35 bilhões de dólares que está gerando a demissão de mais de 15 mil trabalhadores, quase sempre a vítima desses processos de "reorganização".

O caso das fusões e aquisições extrapolam para além do setor de óleo e gás. Assim, no setor ferroviário, empresas estatais fabricantes de vagões e máquinas chinesas também fizeram fusão para disputar o mercado em melhores condições, contra as gigantes do setor, a alemã Siemens e a canadense Bombardier Inc. 

Corporações que dizem defender a "livre" concorrência buscam a formação de oligopólios ou monopólios num processo cada vez mais agressivo. Além disso, aparentemente, se pode observar que os novos alinhamentos ainda não vão na linha eurásia e sim na disputa entre corporações dos dois continentes. Evidentemente, o reflexo disso avança para a questão geopolítica.

Vale ainda observar o possível reflexo de tudo isso sobre o setor de petróleo no Brasil. Por aqui, a Sinopec se juntou à espanhola Repsol SA e criaram o negócio que passou a ser chamado de Repsol Sinopec Brasil para atuação em exploração na Bacia de Santos, nos campos produtivos de Albacora Leste e Sapinhoá e no desenvolvimento dos campos de Piracucá e Carioca e ainda outros nove blocos exploratórios. Enquanto as as estatais chinesas CNPC e CNOOC participam (cada uma com 10%) do consórcio que arrematou o direito de explorar o campo de Libra no Pré-sal junto da Petrobras.

Pelo que se intui todas essas movimentações ainda estão em fase iniciais. Outras decisões deverão se desdobrar a partir dessa nova realidade no capitalismo mundial. A conferir!

Fontes: The Wall Street Journal, Exame e arquivos do blog.

Um comentário:

Anônimo disse...

Na China, existe esse recurso de fundir empresas estatais petrolíferas, porque elas ainda não haviam sido, fundidas;

Entretanto, aqui no Brasil, o caso é bastante diferente, pois, a única estatal petrolífera brasileira, a Petrobras, ainda não pode ser mais fundida, com outra, porque, já está, "fudida", digo, "fundida", com o PT.