sábado, julho 23, 2016

A venda da BR Distribuidora. Trading suíça Vitol é um dos 3 grupos interessados. O que significa?

Nesta sexta-feira (22/07), o Conselho de Administração (CA) da Petrobras decidiu vender 51% da participação acionária (capital votante) da BR-Distribuidora.

Embora a empresa diga que será um “controle compartilhado” porque ficará com 50% do capital total da subsidiária, desconfia-se que se está entregando o controle da empresa, já que a Petrobras perderá a maioria do seu capital votante.

A BR-Distribuidora tem pouco mais que 1/3 de participação (34,9%) do mercado de combustíveis no Brasil e teve receita líquida ano passado de R$ 97 bilhões. A BR possui uma rede de 8,1 mil postos de distribuição e revenda instalados nas diversas regiões do país. Além disso, junto com a Transpetro atua na importação e exportação.

A trading Vitol empresa do grupo do mesmo, instalada na Suíça para fugir dos impostos, é uma dos três grupos interessadas na aquisição da BR Distribuidora, da Petrobras.

O tal esquema de “desinvestimentos” da empresa segue entregando esquartejada as empresas subsidiárias da holding Petrobras.

A Vitol é a maior das tradings de comércio de petróleo do mundo, chegando a negociar mais de 5 milhões de barris de petróleo por dia. Apesar da crise dos baixos preços em 2015, ela anunciou, junto com outras tradings do setor petróleo, lucros recordes.

No caso da Vitol, só em 2015 teve um crescimento de 13% no volume de petróleo cru e combustíveis derivados.

As tradings vivem da intermediação. Ganham com a diferença entre o preço de compra e venda, onde se dá as especulações. A Vitol disputa mercado com a Trafigura e o grupo Gunvor por este mercado de venda de petróleo e derivados.

A holandesa Trafigura negocia também commodities minerais. Assim, adquiriu e controla em sociedade com o fundo árabe Mubadalla o Porto Sudeste, construído por Eike Batista, na Baía de Sepetiba, município de Itaguaí, RJ.

Nesta disputa as tradings cada vez faturam mais. Neste negócio da intermediação, estas corporações passaram a investir em sistemas portuários e na distribuição de petróleo e derivados.

O CA informou hoje, após sua reunião que aprovou a alteração do modelo de venda de participação na BR Distribuidora. Desta forma suspendeu o processo competitivo que estava em curso, para que “nova modalidade de venda” seja iniciada já prevendo o tal “controle compartilhado” da BR-Distribuidora.

É quase certo que nenhum dos três interessados na BR Distribuidora desistirá do negócio. As empresas brasileiras ficaram baratas com a desvalorização cambial. Além disso, em breve, por conta de nossa excepcional e nova fronteira exploratória do Pré-sal, o Brasil estará exportando petróleo.

O grupo Vitol quer estar próximo de todo este processo de intermediação, não apenas para a distribuição dos derivados em nosso país, mas possivelmente, também para exportação dos excedentes da produção nacional.

As tradings que hoje disputam em faturamento e acumulação de lucros com os fundos financeiros, atuam naquilo que é chamado de "Economia do Pedágio", conceito cunhado pelo professor Dowbor da PUC-SP, a quem eu tenho me referido com frequência sobre o assunto.

É exatamente este, o ponto crucial da pesquisa que este blogueiro desenvolve há cinco anos. Ela envolve a relação petróleo-porto na economia global e analisando os reflexos dela, sobre a dinâmica econômico-espacial no Brasil, e de forma mais especial, no ERJ.

A materialidade observada nos fatos reais vão comprovando, também na fase de baixa do ciclo petro-econômico, os cenários, antes prováveis, sobre a apropriação pelo capital internacional dos excedentes gerados pela economia do petróleo, definido como um dos eixos do novo-desenvolvimentismo brasileiro, pós 2003.

A conferir!

11 comentários:

Unknown disse...

Muito bom a Iniciativa - Tem que privatizar tudo mesmo, assim acaba com as propinas e desvios de dinheiro publico.

1- Melhora nos serviços
Felizmente a realidade por si só já advoga a favor das privatizações. Experimente andar numa estrada controlada pela iniciativa privada e numa controlada pelo governo. Verifique a eficiência das empresas públicas e a das privadas.

O que podemos concluir é que as empresas privadas, por estar a todo momento sob risco e contra uma feroz concorrência, são obrigadas a buscar saídas e soluções para gerar dinamismo e optimizar suas funções – diferente das empresas públicas.

2- Corrupção
Diferente de uma empresa pública, os funcionários de uma empresa privada sabem muito bem quem é o dono da empresa e para quem trabalham. Os desvios de recursos nas empresas privadas são bem inferiores ao das empresas públicas, pois, diferente das empresas públicas, as empresas privadas não se capitalizam com apenas dinheiro público. Logo, com as privatizações a corrupção nas empresas será reduzida. Prova disso é que pagar a mensalidade de um aluno no serviço particular geralmente é mais barato do que sustentar o mesmo aluno no ensino público.

3- Cabide de emprego
Todos sabemos que as estatais servem apenas de cabide de empregos para que políticos indiquem pessoas desqualificadas para cargos altamente gabaritados. Até a Dilma foi indicada para um cargo na Petrobrás com salário de 100 mil reais.

Logo, as estatais abrigam muito mais funcionários do que deveriam para, às custas do nossos impostos, empregar apadrinhados do partido do poder, que irão desviar recursos das empresas públicas para seus partidos, que assim se perpetuarão no poder.

4- Crescimento

Numa empresa privada, os funcionários são promovidos através do mérito e esforço. Logo, o profissional evolui ou regride na sua carreira de acordo com seu desempenho. Numa empresa pública, é muito difícil demitir um funcionário improdutivo e há como evoluir na carreira através de um generoso plano de carreira ou de um apadrinhamento político.

Situações com essa desvalorizam o profissional que quer trabalhar e premiam os canalhas, pois no serviço público a diferenciação entre a remuneração é inferior a do serviço privado.

Logo, um ótimo professor do ensino público acaba ficando desmotivado com as péssimas condições de trabalho e de remuneração, acabando oferecendo um serviço pior do que o oferece no serviço privado.

5- Concorrência
Vejamos o exemplo da Vale. Não havia dinheiro para os investimentos necessários para a empresa crescer e se manter competitiva. Os balanços da empresa estavam sempre no vermelho. Depois de privatizada, a Vale cresceu, emprega mais brasileiros e paga muito mais impostos do que antes.

Antes das privatizações, só ricos podiam contar com uma linha telefônica. As privatizações aumentaram a concorrência e entre as companias, que passaram a oferecer um serviço cada vez mais acessível ao cidadão comum. Por pior que seja o serviço de algumas operadoras, certamente é melhor e mais barato aos nossos bolsos do que seria se elas fossem estatizadas.

6- Privilégios
Enquanto que a maioria esmagadora dos brasileiros que pagam impostos trabalham na iniciativa privada, não contando com nenhum privilégio, muitos trabalhadores da estatais têm estabilidade em seus cargos. Como pode o cidadão acabar sustentando via imposto o BNDES para que esse financie empresas onde os trabalhadores contam com privilégios?

7- Inchaço
Ao privatizar estatais, o Estado passa a contar com os recursos da compra e assim poder focar mais nas suas funções essenciais, as quais a iniciativa privada não pode atuar: defesa do país, segurança, saúde, infraestrutura, educação, etc. O Estado deve fazer menos e fazer melhor. De nada adianta o Estado atuar em todas as áreas se ele atua de forma ineficiente com o dinheiro do contribuinte.

Unknown disse...

8- Risco
A forte atuação do governo em empresas estatais acaba fazendo com essas empresas percam valor no mercado, como é o caso da Petrobrás.

O investidor internacional fica receoso de investir numa empresa onde o objetivo não é só lucrar, mas também regular inflação e apadrinhar pessoas nos altos cargos. Como resultado disso, todo o país perde, pois o Brasil investe seus investimentos de longo prazo comprando ações da Petrobrás. Logo, a má gestão do governo acaba afetando até o brasileiro comum, que não investe na bolsa.

9- Prejuízo

Nas empresas privadas, quando uma fraude acontece, quem sai prejudicado é o acionista. Nas empresas públicas é o contribuinte, ou seja, todos os cidadãos. Quem manda nas empresas privadas são os acionistas controladores. Nas empresas púbicas os funcionários mandam e desmandam através das corporações.

10-Contratação

Nas empresas privadas a área de recrutamento de pessoal existe para contratar os melhores para o desempenho das atividades sempre muito competitivas. Nas públicas a contratação é feita: 1- concurso (que só identifica a inteligência, mas não a produtividade); 2- por definição política (onde a técnica é desconsiderada); e, 3- por indicação de pessoas ligadas ao governo, para ocuparem os perigosos CCs;

11-Descontinuidade devido às eleições

As empresas privadas podem escolher o caminho da Governança Corporativa. As empresas públicas só podem esperar o resultado das eleições para que seja definido como será feita a administração das mesmas mais adiante;

12-Demora

As fraudes apuradas nas empresas privadas são, geralmente, de curta duração. As decisões do dono ou controlador tratam de minimizar as conseqüências ruins e novos controles tratam de prever melhor as crises. Já nas empresas públicas tudo é demorado e dificilmente empregado é demitido. O representante dos donos (cidadãos-contribuintes) jamais toma decisões drásticas;

13- Publicidade
A publicidade dos produtos da empresas privadas é, geralmente, medida pelo retorno das vendas e da institucionalização da imagem. No caso da publicidade das empresas públicas a decisão só tem como objetivo ajudar os amigos e aduladores;

14-Burocracia
As empresas privadas, como se sabe, não fazem licitações. Fazem negociações. Já as empresas públicas, além de serem obrigadas a licitar tudo, acabam por oportunizar fraudes por parte de quem quer vencer as licitações. Isto sem falar na demora que a burocracia impõe para as compras.

15– Mito do “petróleo é nosso”
Da onde que as pessoas acreditam que o petróleo é nosso? Até onde eu sei o dinheiro do petróleo acaba sendo revestido para fins secundários. Como para financiar os esportes, a cultura, os filmes nacionais, fazer propaganda em revistas e jornais que apoiam o governo, criar comerciais de tv, etc.

Se os lucros do petróleo fossem destinados inteiramente à educação, poderia até não reclamar. Porém, a realidade é que ele é destinado para muitos fins que pouco ou nada beneficiam a população.

Por que uma propaganda da Petrobrás numa revista me beneficiaria? Por que o investimento da Petrobrás num filme que eu não quero ver me beneficia? A verdade é que esses incentivos à cultura acabam fazendo com que a nossa imprensa e classe artística acabe se tornando defensora desse sistema que os beneficiam. Logo, eles defendem que o petróleo é nosso, mas é porque o dinheiro do petróleo, na verdade, é deles.

Se o petróleo é nosso por que o ouro também não é nosso? Cadê a Ourobrás? Então por que a preciosa água também não é nossa? Cadê a Águabrás? Então por que a banana também não é nossa? Cadê a Bananobrás. Só acreditamos que temos que estatizar a produção daquilo que está no nosso território porque somos uns bananas que moramos na Banânia.

Nossos recursos naturais devem ser explorados, sendo o lucro repassado para o explorador e os impostos da exploração destinados aos nossos serviços. O Estado não necessariamente tem que ser o explorador, apenas o bom gastador dos recursos dos impostos da exploração.

Roberto Moraes disse...

Me desculpe Guilherme, mas os seus comentários repetem os argumentos da Veja, o Globo e aquilo que toda a mídia comercial ganha para falar todos os dias.

Há nos comentários enormes chavões simplistas dos privatistas, dos que fazem a defesa do estado mínimo na linha do Hayek, Margareth Tatcher e Reagan.

A começar sobre a corrupção.

Ela deve ser enfrentada em todos os setores público ou privado. A ideia de que ela dó existe no setor público não é verdadeira, nem em quantidade e nem em volumes desviados.

A ideia de que ela seja maior no setor púbico que no privado é repassada diariamente por quem quer se apropriar do controle do que é de todos.

Veja o caso do HSBC, das sonegações que são bem maiores que os desvios por corrupção. O caso da Globo é outro exemplo. E isto não acontece apenas no Brasil. Além disso, não me parece que o grupo "Temer-Cunha-Moreira Franco-Eliseu Padilha" que hoje comanda a privatização sejam exemplos de honestidade. E tem mais privatizam o que já funciona.

Também não é verdade que a Vale tinha prejuízo antes de ser privatizada e lucro depois. O lucro adiante foi fruto da grande valorização das commodities. A Vale foi vendida a preço de banana e com dinheiro barato financiado pelo BNDES, pelos mesmos que hoje coltaram ao poder com o golpe para vender o resto que não conseguiram.

Bobagem estes argumentos também no setor petróleo. 90% das reservas mundiais de petróleo foram descobertas e estão de posse das estatais petrolíferas. Apenas 10% estão com as petrolíferas privadas.

Não cabe a estatização de tudo, mas não é aceitável a privatização de tudo, especialmente de setores estratégicos, em que as empresas privadas operam monopólios ou oligopólios e assim controlam o mercado. Aliás, jogando por terra o principal argumento do capitalismo onde a justificativa da concorrência geraria a eficiência. Mas não é isso que se vê, de forma especial no setor de petróleo.

Só no setor de petróleo e neste período de crise entre 2014 e 2015, um total de 3,2 mil fusões e aquisições de empresas foram feitas para ter controle do mercado e evitar a concorrência.

Encontrar quem defenda isto, eu posso entender para aqueles que ganham com isso. Já para os demais, a ideologia privatista quase sempre pressupõe falta de informações.

Fora do privatismo total e a qualquer custo e sem regulação há conversa, porém é preciso que superar esta sanha.

Anônimo disse...

Excelente comentário, sr. Guilherme.

Se me permite usarei seu post em meu Facebook, dado os níveis de detalhes que as pessoas não querem (ou não interessam) ver.

Complemento seu post com um adendo que o senhor não tocou:

No período de 2010 a 2014, a Petrobras teve seus recursos drenados (além da corrupção) pelos seguidos prejuízos de se comprar gasolina importada mais cara do que se vendia aqui.

Para relembrar este período, observemos que o litro da gasolina na bomba girou entre os R$ 2,20/R$ 2,60 (postos BR) enquanto o barril girava acima de US$ 90 chegando a bater nos US$ 110 em 2013. Neste período estima-se que o prejuízo apurado alcance os R$ 80 bilhões.

Logo na semana da reeleição, foi autorizado um aumento expressivo da gasolina para sanar o problema de caixa da Petrobras (que a maioria dos brasileiros ainda desconhecia), e o mais interessante é hoje vermos uma gasolina custar R$ 4,20 o litro (ou equivalentes US$ 1,20 aprox.) sendo que o barril está sendo negociado na faixa dos US$ 50, o que dá uma relação de 2,4% do valor de um barril inteiro! E no período de "bonança" das commodities a relação era de 1,32% quando o barril custava US$ 100!!!

Isso prova que os brasileiros estão pagando no mínimo, o dobro do que deveria no litro da gasolina. A população é roubada duas vezes: Uma porque não há retorno dos impostos embutidos e a segunda porque o preço está artificialmente elevado para custear os amigos do rei e suas mansões adquiridas com o roubo da companhia.

A minha opinião para a eterna discussão sobre a privatização da Petrobras se basearia na seguinte solução:

- A Petrobras não seria 100% privatizada, mas elevaria a fatia privada atual para 45% das ações, assim o Governo garantia suas receitas oriundas dos dividendos, como em qualquer companhia saudável, mas sem poder de determinar escolhas políticas para o governante de turno.

- Criação de um fundo para acumular estes dividendos que coubesse ao governo para serem investidos em infraestrutura e educação.

- Criação de limite de endividamento da companhia que não ultrapasse os 25% do VPA.

- E para finalizar: TODAS AS OBRAS contariam com seguradoras externas, que assim garantiriam a obra ou licitação sempre que o orçamento estourar (seja por má administração, seja por corrupção), como já é feito nos países desenvolvidos.

Parabéns mais uma vez pelo excelente comentário!

Airton disse...

Caro Guilheme, você não é nada informado. Pois só lê a Veja (revista) e assiste a Globo (noticiarios). Fernando Henrique, para cumprir promessa de campanha com o capital estrangeiro, sucateou a TELEBRAS, e fez a mesma coisa com a VALE. Veja o que aconteceu com a ganancia de capital na VALE. Matou um rio, e muitas vidas -pessoas e animais-. Este rio para se recuperar levará mais de 50 anos. Você sabia, que a nossa internet é a pior e mais cara do mundo!? Imagine só, privatizando a PETROBRAS, aconteça o mesmo desastre que aconteceu com a VALE!? Muita das metalúrgicas privatizadas estão demitindo seus funcionários, exemplo da Oi (comunicação), que deve 65,4 bilhões, e tem o patrimônio de 17 bilhões. NÃO FALE BESTEIRAS AO DIZER QUE "tem que privatizar", com a desculpa que o governo precisa priorizar saúde, educação e segurança. Que só pela DRU (Desvinculação da Receita da União), criada por FHC, tirou do social 20%, manteve no Governo Lula e Dilma, e que o Temer (presidente interino), quer passar para 50%. É o dinheiro da saúde, educação e segurança! Que conforme você falou, "terá que privatizar". Pense nisso.

Anônimo disse...

Caro Airton.

Vamos nos informar melhor.

A Oi é formada majoritariamente por capital de Fundos de Pensão, não é uma companhia 100℅ privada.

Quanto à Vale e suas controladas devem ser punidas com o rigor da lei sim, a Petrobrás causou um desastre ambiental em Angra, e aí? Não é o fato de ser estatal ou privada que vai deixar de cometer erros ambientais. O que o leitor Guilherme deixou bem claro é o fato da gestão privada ser mais eficiente do que por políticos.

Voltando à Oi: Quais políticos se beneficiaram de seus "cuidados"? E porque as outras 3 (Claro, Tim e Vivo) nao estão com uma dívida nestas proporções ou muito menos envolvidas em escândalos envolvendo políticos de turno?

O dinheiro da saúde, educação e segurança advém dos 5 meses que trabalhamos para pagar impostos neste país.

Pare de acreditar em políticos populistas e passe para o pragmatismo.

O senhor tem funcionários? Paga algum tipo de serviço? Então sugiro que pague acima do mercado e seja justo de fato é não com o dinheiro alheio.

Roberto Moraes disse...

É bom dar corda a esta turma. Veja até onde eles chegam. A Oi e seus péssimos serviços como da maioria dos provedores de telefonia, os grandes campões de reclamações em todos os Procons possuem gestão privada em seu controle. O fato deles terem em seu capitais, a participação de fundos de pensão não tem nada a ver com a péssima qualidade dos serviços que prestam.

É até risível a deturpação dos fatos como faz diariamente a mídia comercial.

Até para defender o capitalismo eles deveriam ser mais eficientes. O caso em si nem se trata de destruí-lo, mas os comentários aqui tratam de defender a regulação e domar o monstro" como até o direitista Delfim Neto defende.

Esse aqui consegue estar à direita do Delfim. Êta, turma ruim!!!

Roberto Moraes disse...

"É preciso segurar o touro indomável!"

Lembrando artigo de Delfim no Valor em outubro do ano passado:

"o "capitalismo do século XXI" ainda injusto e profundamente imoral".

"Um estado forte, constitucionalmente limitado, é fundamental para controlar os inevitáveis abusos do capital".

"Podemos até discutir o que seria um estado constitucionalmente forte, mas nunca a ideia de que o estado deve ser mínimo e o capital e o setor privado podem tudo e muito menos julgar que a eles dependem a "salvação" da sociedade como "ingenuamente" (optando por um adjetivo mais leve e de diálogo) pensam alguns."

As palavras são do Delfim Neto e não do blogueiro. E ao defender sua posição ele entende estar defendendo o capitalismo dos capitalistas.

http://www.robertomoraes.com.br/2015/10/e-preciso-segurar-o-touro-indomavel.html

Aí repito o que escrevi na ocasião: "ou se tenta, ao menos, segurar o touro, ou a barbárie será o destino".

Anônimo disse...

Delfim Neto? Aquele da hiperinflação dos anos 80?

Entendi!

Fundo de pensão são controlados por quem? Quem os nomeia? O conselho da Oi foi escolhido por???

Roberto Moraes disse...

Nem desenhando o cara entende.

Discordar é uma coisa, mas distorcer é outra. O Delfim foi citado porque defende o capitalismo, mas consegue entender a importância do Estado como regulador.

O problema é o cara que fica em casa só aplicando em ações, pouco se importando com o mundo.

E eu ainda perco o meu tempo com estes leitores da Veja. Volte pra lá. tenho mais o que fazer do que perder tempo com esta turma.

Anônimo disse...

Professor Roberto,

Tem uma coisa interessante em alguns comentários que observo aqui como estes aí acima desta postagem. Eu acompanho o seu blog com razoável frequência. Quem faz isto não tem dúvidas sobre as suas opiniões.

A seleção das informações que é o que chamamos no jornalismo de pauta, já indicam as posições políticas de quem exerce esta função.

O que me intriga é que tem alguns comentaristas que frequentam assiduamente seu espaço discordam desta linha, mas não desgrudam do seu blog.

Das duas uma: ou o seu conteúdo é de muita qualidade para eles, ou é atração fatal que talvez nem Freud explique.

Acho ainda mais engraçado é que tentam te convencer e a nós outros que lemos o seu conteúdo como alternativa, que o melhor é aquilo que é falado na mídia que chamamos de convencional, onde aliás trabalho, bom que se diga, por falta de opção.

Diante disto acho que a segunda opção é a mais provável. Te cuida.