sexta-feira, janeiro 12, 2018

Sobre a gritaria contra os reajustes da taxa de iluminação pública e IPTU em Campos

Eu não sou contra a carga maior de impostos sobre os que podem mais.

É assim que se faz o mínimo de Justiça Social.

Isso vale especialmente para o patrimônio (IPTU e IPVA) quanto para a renda.

Assim, os reajustes do IPTU (que ainda não conheço os detalhes da base de seu reajuste) e da taxa de iluminação pública em Campos, em tese, estariam na direção correta.

Porém, o caso parece reforçar o que comentei neste espaço sobre a atual gestão da Prefeitura de Campos.

Um grupo de tecnocratas com pouco apreço ao diálogo com a população. E, com pouco afeito ao estímulo à participação popular, numa gestão mais democrática e que pudesse buscar a Justiça Social.

As aberrações que estão vindo à tona com as novas cobranças, em 2018, especialmente, da taxa de iluminação pública (porque ainda não se conhece a base das novas cobranças do IPTU) vão bem para além da ideia correta de que quem pode mais (tem mais propriedade e mais consumo) deve pagar mais.

O tecnocrata abomina, a princípio, a ideia da mediação política e da avaliação da repercussão de ideias que parecem excepcionais, quando observadas, sem a análise da conjuntura mais geral.

Essa ideia de que pagamos impostos demais é bobagem, se pretendemos ter uma sociedade menos desigual e administrações que cuidem das pessoas, especialmente, aquelas que mais dependem do Estado e dos governos.

O problema é que esta atual administração da Prefeitura de Campos se origina de um grupamento político que chegou ao poder com a lógica de um estado mínimo e da meritocracia.
 
Assim, estão apanhando de todos os lados, especialmente, do lado daqueles que os bancaram econômica e politicamente.

Os resultados financeiros destas correções serão razoavelmente pequenas, se ao inverso, elas servissem para financiar transporte urbano para quem precisa dele. Para dar comida para quem tem fome. Para oferecer ajudar a conceder renda mínima para quem não a possui. Saúde para quem se esvai nos corredores dos postos e hospitais públicos.

Mas, a base social da atual gestão é outra. Aí está o curto-circuito.

Não duvido que os tecnocratas recuem do que propuseram, olhando só em tese, o que imaginaram.
A quem querem atender?

Estamos diante de uma gestão que tem projeto de governo ou apenas projeto de poder?

Sendo um ou outro, os seus representantes terão que dar as caras para defender o prefeito. Ou admitir juntos que erraram.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Roberto, a conta de luz, de uma conhecida minha, veio com erro. O consumo foi de 70 KWh e com o valor de R$ 49,23, com a cobrança de R$ 7,60 de taxa de iluminação pública. Ela pagava R$ 4,89 até dezembro. Fui ver com um amigo e ele disse que pela nova cobrança a taxa devia ser de R$ 1,33. Onde reclamar?
Agradeço a atenção, Joseph Ferreira