terça-feira, junho 12, 2018

Os movimentos do dia no confuso xadrez eleitoral do Brasil

Os governistas começam publicamente a descartar Meirelles.

No palácio, o clima não é nem de final de festa, porque não houve, mas de certo desespero, diante dos riscos de novas denúncias no STF contra Temer. Tanto que voltou a conversar com Gilmar Mendes para sentir a ameaça destes riscos.

Não duvidem se Temer chutar o barraco todo, na medida que não quer terminar o golpe abraçado ao Cunha, hipótese que fica cada vez mais próxima. 

A raiva de Temer contra os tucanos não tem como ser medida e pode abandonar a razão.

O mercado cada vez tira mais dólares do Brasil são dezenas de bilhões sugados de nossas reservas.

A Marina descartou aceno de FHC e a aproximação com o PSDB.

O DEM diz que pode ir com qualquer um que tenha chances.

O cerco sobre as “não ideias” do candidato a delegado do Brasil, Bolsonaro, se intensifica e vem dos jornalistas ligados aos tucanos, apavorados com seus espaços ocupados.

Estes tentam desesperadamente sustentar Alckmin, como alternativa, após a nova e desanimadora pesquisa do Datafolha.

O ex-governador tenta se equilibrar batendo na mesa, reagindo à trairagem do decadente Doria e do FHC.

Na falta de outro vai se mantendo, sem conseguir animar a campanha, atuando quase sozinho.

Ciro também busca apoios mais ao centro e menos à centro-esquerda e ao PT.

Assim, Ciro amplia espaços sem deixar de preocupar o mercado com o qual busca ampliar diálogo, para tirar vetos, mas sem aproximações públicas.

Um acordo de Ciro com o PT caminha para um entendimento no segundo turno, onde é cada vez mais difícil não enxergar a presença de um candidato da esquerda ou centro-esquerda, única hipótese que poderia levar a um acordo antes do 1º turno.

O PCdoB segue apostando numa união das esquerdas.

O PSB tende para o PT, mas quer mais definições e aumenta a fatura de apoio cobrado nos Estados, para além de Pernambuco. O PSB quer ampliar bancada no Congresso e tentar fazer mais governadores, substituindo em parte o papel do MDB.

Lula segue preso, mas a cada dia que passa está mais forte como líder e não apenas como eleitor.
O PT encontrou uma estratégia que parece dar uma “pausa” no jogo, prendendo outros lances.

O caso merece uma metáfora que parece apropriada. O PT com a indefinição de Lula e esperando o último momento, parece o garoto dono da bola, que só deixa o jogo começar quando lhe escalarem.

Nos próximos 20 dias, o quadro seguirá indefinido, mas como menos jogadores no páreo.

Seguimos conferindo.

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