segunda-feira, dezembro 02, 2019

"Os EUA são o maior refúgio para dinheiro sujo do mundo" diz editor do Financial Times

"Os EUA são o maior refúgio para dinheiro sujo do mundo". A afirmação é de Edward Luce, editor e colunista do Financial Times, tradicional e centenário jornal inglês, que trabalha com ênfase especial em negócios e notícias econômicas sobre o capitalismo mundial.

O texto original foi publicado aqui no Financial Times, no último dia 28 de novembro de 2019, com o título How money laundering is poisoning American democracy, foi traduzido e republicado no dia seguinte (29/11/2019), aqui, pelo jornal Valor (P. A19) com o título: "Uma ameaça à democracia americana - Os EUA são o maior refúgio para dinheiro sujo do mundo".

É um artigo que merece ser lido para quem insiste no moralismo colonizado que interpreta que o Brasil seria o pária da maior corrupção e lavagem de dinheiro do mundo, sem sem querer observar o que se passa no capitalismo central entre os EUA e Reino Unido de forma mais especial. Vou repetir o que disse Edward Luce: "os EUA são o maior refúgio para dinheiro sujo no mundo". Em outras palavras, os EUA é a maior lavanderia de dinheiro sujo no mundo. 

Imagino que você que comprou a ideia vendida pela mídia comercial tupiniquim de que o Ministério Público dos EUA ajudava a justiça brasileira a moralizar a política, como não deve se sentir vendo isto sendo falado e sustentado, não por alguém de esquerda, mas por um dos editores do Financial Times.
















Luce diz mais: "Seus fluxos de dinheiro ilícito superam de longe os de qualquer outro território, a não ser que considere o Reino Unido e seus paraísos fiscais marítimos como apenas um. O tesouro dos EUA estima que US$ 300 bilhões são lavados no país no país a cada ano. Isso é apenas uma fração do número real. Ainda pior, o governo dos EUA não tem ideia de quem controla as empresas que canalizam o dinheiro, porque o país carece de um registro central de pessoas jurídicas". 

Luce afirma também que "os bancos não relatam atividades suspeitas e muito menos as bancas de advocacia, as firma imobiliárias, negociantes de artes, empresas incorporadoras e instituições financeiras não bancárias".

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