domingo, abril 20, 2008

Equivalente a 10% da população de Campos tenta ser servidor municipal da Educação

O expressivo número de 43,1 mil candidatos, o equivalente a cerca de 10% da população de Campos, prestaram concurso para a secretaria de Educação do município concorrendo a uma das 573 vagas. É certo que nem todos os inscritos são campistas, mas, até pelos salários médios, entre R$ 896,02 e R$ 1.368,69, a grande maioria acabou sendo mesmo de Campos. Também houve candidato concorrendo a dois cargos. Estes fizeram uma prova pela manhã e outra no turno da tarde. O índice de faltosos foi muito pequeno apesar do tempo chuvoso. Houve tumulto no trânsito ao redor de um dos 27 locais onde ocorreram as provas organizadas pela FunRio, especialmente pela deficiência do transporte coletivo. As vans, kombis e outros carros do chamado transporte alternativo e/ou clandestino fizeram a festa. A FunRio só amanhã liberará aqui em seu site, o gabarito para os cargos de auxiliar de secretaria, pedagogo e professor II – Creche, Escola, Arte, Ciências, Educação Física, Geografia, História, Língua Inglesa, Língua Portuguesa e Matemática. Pelo menos uma questão foi anulada, a questão 7 de português da prova para Professor II – Escola. Bom que tenhamos a partir deste e de outros concursos públicos no município de Campos, uma nova “casta” no serviço público formada por pessoas tecnicamente mais capazes e independentes com possibilidades de desenvolverem políticas públicas eficientes, numa perspectiva de desenvolvimento social e político. Essa perspectiva pode, no médio prazo, permitir aos nossos conterrâneos na condição de cidadãos e eleitores escolherem livremente seus representantes para e gestores de seu município. Quem se interessar pelo assunto deve ler aqui no do blogOutros Campos” o artigo “O privilégio de classe no emprego público” de autoria do sociólogo e mestre em políticas sociais pela Uenf, Roberto Torres.

5 comentários:

Anônimo disse...

Percebo seu esforço de elevar o nível do debate em seu blog, só que a perdurar ser linha auxiliar "intelectual" de seu garotinho...esforço vão.

Anônimo disse...

Caro Bruno, diante do editorial do jornal citado acima deste domingo me lembrei de vc. Pois me deu asco. Aliás o editorialista do jornal que se locupletou em alguns esquemas descobertos pela PF sugere a formação de um conselho sei lá do que para retomar a paz perpétua que reinava até 11 de março em nossa terrinha. Dado o nível editorial daquela publicação, peço seu apoio para que iniciemos um movimento junto aos blogueirosa unidos para indicar como presidente do convescote a amiga dos proprietários do jornal Neinha Freitas - especialista em articulações políticas. Bom mas, os tempos estão literalmente nublados ultimamente e, nas minhas noites insones tenho me dedicado a ler o livro do professor emérito Wanderlei Guilherme dos Santos intitulado "O ex-leviatã brasileiro, que trata da história nacional da relação entre burocracias estatal, políticos clientelistas e empresários pouco ortodoxos. É uma leitura inteiramente apropriada para o momento que vivemos. Enquanto isso, ouço "O réquiem de Mozart e me lembro das caras assustadas dos edis diante da crise que está engolindo seus mandatos, em pleno ano eleitoral, e para suavizar a coisa ouço Nelson Freire ao piano interpretando a sinfonia numero 8 para orquestra e piano de Rachmaninov. No mais esperemos o próximo domingo para vencermos o Botafogo. Saudações rubro negras.

Anônimo disse...

o melhor comentário político foi feito por Pullo Xavier Saldanha Coutinho, no Blog caidoemcampos.blogspot.com

Bruno Lindolfo disse...

Pois é... de uma forma ou de outra é impossível não se deixar tocar por alguns desses fatos estúpidos que acontecem na cidade ultimamente, que sempre aconteceram - é verdade - mas nunca de forma tão esdrúxula.

Veja só a que ponto chegaram: um editorial suplicante, implorando a volta do status que lhes garantia benefícios. Há quem veja o lado bom do editorial, pois pela primeira vez o jornal expôs sua faceta perversa, no entanto, o fez de forma camuflada, logo, perceptível apenas para os que já desconfiam de suas intenções de longa data, ou seja, é redundante; quem não consegue continuará teleguiado pela aura pseudo imparcial que a publicação tenta imprimir em suas matérias.

Mas você deve estar me confundindo com alguém, sou como Nelson Freire: tricolor, e hoje me encontro em grande ressaca moral por esse time sem sangue...

Bruno Lindolfo disse...

Ops, confundi os pianistas, o tricolor é o Arthur Moreira Lima...