quarta-feira, julho 22, 2015

O mito da estabilidade diante das desigualdades

Há com frequência uma repetição, quase como um mantra, de que a economia precisa de estabilidade política absoluta para poder crescer.

Porém, cada vez mais o mundo respira instabilidade diante da complexidade das relações sociais e das políticas intranacionais e internacionais.

Observando os processos históricos, o crescimento econômico das nações não aconteceu apenas nestes períodos. Até o contrário.

Os estudos de Economia Política que merecem respeito não alardeiam esta exigência, assim como fazem os manuais da economia de mercado que pregam a tranquilidade para poderem implementar suas políticas.

As nações e os mundos vivem cada vez mais diante de dilemas, mais que problemas, e é no meio desta realidade que o espaço é ocupado ao longo de tempos encurtados e duplos da vida real e digital.

Assim, a estabilidade vem se tornando discurso irreal de um sistema que produz desequilíbrios, desigualdades e crises que demandam o uso das forças para controlar e manter aquietadas, e falsamente estáveis, as porções sociais que tenderiam, quase naturalmente, a buscar o verdadeiro equilíbrio.

10 comentários:

Anônimo disse...

"O foco está no governo perdulário, gastador. É ele que está desajustado, não as empresas, que já vêm economizando há anos. Nosso governo gasta muito, gasta mal, e arrecada de forma complexa muitos tributos, prejudicando o funcionamento da economia.

É preciso sonhar um pouco mais alto, em vez de aceitar essa “comida insossa” servida pelo governo, quase tão ruim quanto a de presídios. O problema é que o eleitor, consumidor da política, precisa escolher entre péssimas opções, como se estivesse num supermercado venezuelano. Assim complica." - Paulo Rabello de Castro

É doutor em economia pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, presidente do Instituto Atlântico, diretor-presidente da SR Rating, primeira empresa brasileira de classificação de riscos de crédito. Fundador da RC Consultores empresa de previsão econômica e analises de mercado, presidente do Lide Economia. É um dos coordenadores do Movimento Brasil Eficiente (MBE).

Roberto Moraes disse...

O foco da reflexão é mais amplo do que a questão nacional.

Sobre essa o comentário traz mais do mesmo de outro "chicago-boy" que além de tudo vai para o comércio das empresas de classificação de risco que pontua de acordo com o que citei da estabilidade que atende ao mercado. Estabilidade para continuar a manter os desequilíbrios e as desigualdades.

Mais do mesmo.

Anônimo disse...

É aquilo: Não vou tentar debater sobre engenharia porque não sou engenheiro.

"Até 2030 — ou seja, antes que um brasileiro nascendo este ano possa votar — o gasto anual do Estado brasileiro terá subido 300 bilhões de reais, uma aumento de 20 bilhões de reais por ano.

Para neutralizar este aumento de despesas, será preciso criar um imposto equivalente a uma nova CPMF a cada mandato presidencial de quatro anos (entre este ano e 2030). Para ficar claro: não se trata de renovar a CPMF a cada quatro anos, e sim de cobrar uma nova CPMF em cima da anterior, sucessivamente, a cada novo governo.

Este aumento de 300 bilhões é a soma apenas dos aumentos nos gastos com previdência, educação e saúde já contratados por conta da legislação vigente.

Mas antes disso, há o desafio atual: para estabilizar o tamanho da dívida pública como percentual do PIB, o Brasil tem que transformar o rombo de 32 bilhões de reais no ano passado em um superávit de 3% do PIB (quase 170 bilhões de reais). Isto significa que a sociedade terá que achar 200 bilhões de reais por ano para passar do ‘vermelho augustín’ para o ‘azul levy’. E, até 2030, achar aqueles outros 300 bilhões por ano.

Em outras palavras, se a cultura de ’taxar e gastar’ não for mudada, daqui a 15 anos o Estado brasileiro estará demandando da sociedade 500 bilhões de reais a mais — por ano — para honrar com suas obrigações.

Os economistas mostram que, desde 1991, a despesa pública cresce a uma taxa maior do que a renda do País, em parte porque o Estado está sempre distribuindo novos benefícios a grupos organizados.

Para bancar estes gastos, o Executivo e o Congresso se uniram e aumentaram a chamada carga tributária (o conjunto dos impostos pagos pelos eleitores) de 25% do PIB em 1991 para cerca de 35% do PIB no ano passado. É para isso que você trabalha um terço do ano: para financiar os gastos com programas sociais, inclusive a Previdência, e para manter a União, Estados e municípios funcionando." - Mansueto Facundo de Almeida Jr é formado em economia pela Univ. Federal do Ceará, Mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e cursou Doutorado em Políticas Públicas no MIT, Cambridge (USA), mas não defendeu a tese. É Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA, tendo assumido os seguintes cargos em Brasília: coordenador-geral de Política Monetária e Financeira na Secretaria de Política Econômica no Min. da Fazenda (1995-1997), assessor da Comissão de Desenvolvimento Regional e de Turismo do Senado Federal (2005-2006) e Assessor Econômico do Senador Tasso Jereissati. É funcionário de carreira do IPEA em Brasília, mas a partir de junho de 2014 passará a gozar de licença sem vencimento do instituto.

Roberto Moraes disse...

O argumento reforça a hipótese trazida pela nota de que o "mercado" trabalha para tentar trazer estabilidade para fazer valer seus interesses.

Mais um representante do mercado nos governos, seguindo a linha dos chicago-boys. Este é mais um da era FHC que premiou os bancos com as suas nomeações na linha dos banqueiros Malan e Armínio Fraga que vão para os governos para gerenciar os interesses do setor.

Mais um comentário que só reforça a tese dos governos para administrar os interesses não da população, mas dos donos dos dinheiros. Se os governos não fazem o que estes querem eles desestabilizam com apoio da mídia comercial a base política e social destes.

O Estado é sempre um problema para estes, desde que não fazem o que o setor quer, com juros altos, endividamento impagável e rolagem das dívidas.

Mais do mesmo, aqui no Brasil e nos demais estados-nações.

Anônimo disse...

Hahahaha o Roberto é uma comédia mesmo!

Me admire um professor confundir o verbo "GERAR" com o "GERIR" riquezas, que é o papel do Estado e fazer retornar à sociedade em serviços como saúde (péssima), educação (pífia) e segurança pública (um Vietnã por ano).

O Estado do Roberto gera tanta riqueza, mas tanta riqueza, que bastou a Dilma e suas mentiradas do João Santana ganharem que o país parou!

Aqueles que são formadores de opinião e produzem as riquezas do país iniciaram o que chamo de "Operação Asfixia" e tão é verdade que o nível de consumo voltou para 10 anos atrás, o nível de arrecadação é o pior em mais de 15 anos e a recessão já é maior desde a era Collor.

O governo tem tanta riqueza, mas tanta riqueza que cortou METADE do abono do sujeito que ganha SALÁRIO MÍNIMO! Não vai conseguir pagar nem R$ 10 bi de amortização da dívida. Onde o custo anual, com vencimento em março de 2016 já terá desembolsado 400 bilhões de reais somente para a dívida permanecer no mesmo nível, de 2,5 trilhões de reais.

Será que é por isso que o governo tem aprovação de 7,7%? Ou pior, 5% segundo o tracking interno do próprio Planalto?

Eu não abro minha boca pra discutir fissão nuclear, mas parece que daqui a pouco o poderoso engenheiro (civil ou elétrico??) vai rechaçar também! Que coisa!

Assistam a aula e aprenda como a carga tributária te faz mais pobre:

https://www.youtube.com/watch?v=RhkwbwUlkvE

Anônimo disse...

Ah! Esqueci de perguntar porque o Roberto tem tanta obsessão com FHC e PSDB?

Não que seja o maior ou melhor nisso ou aquilo, mas parece que prefere a moratória de 1987.

Ou será que também deveríamos utilizar computadores Cobra nacionais??

Roberto Moraes disse...

Para ler mais do mesmo já tem globo, falha que usam tarja preta e perguntam o que pode ser publicado para enviar a fatura da mídia comercial.

Roberto Moraes disse...

Umberto Eco chamava isto da arte de manipular informações:

http://jornalggn.com.br/noticia/da-arte-de-manipular-informacoes

E mais, é do tipo que pretende encarcerar cada um na sua especialidade, sem a noção do todo.

Deprimente esta turma.

Roberto Moraes disse...

E ainda insiste com o Paulo Rabelo de Castro, o homem da Febraban, aquele que defende que o Banco Centeal fique nas mãos dos banqueiros privados, sob o signo e a mentira da "independência".

Vai para além do go-go-boy de chicago, o "michê" da banca que não consegue sequrr segurar o Financial Times, a quebradeira vai grande, kkk...

Quer esconder FHC e seus amigos banqueiros a quem socorreu com o Proer, com Malão, Armínio Franga, Gustavo Fraco e cia... É compreensível que queira esconder como faz a mídia com a tarjas pretas? kkk

Comentarista e doublê de michê kkk para replicar aqui o que a Falha da Mentira e editora abril que não serão socorridas pelos japoneses.

douglas da mata disse...

Roberto, Roberto, Roberto, você continua se divertindo com esses animais?

Pois é...

Toda vez que eu ouço as chaves: "carga tributária" e "estado gastador", eu fico com náuseas.

Os débeis mentais julgam que todos são idiotas como eles, capazes de acreditar que os sacrifícios fiscais que ceifarão atendimento e bem estar a muitos, vão ficar paradinhos em algum tipo de poupança...

Ora bolas, todos sabem que os que falam em estado mínino querem esconder um fato: estado social mínino para termos um estado pagador de juros máximo.

É esse o paradigma liberal que fica escondido nesses chavões empoeirados, repetidos ad nauseam...

Desnecessário lembrar que a Humanidade constituiu a noção de Estado como forma de proporcionar a consagração de valores caros às sociedades: No início, a segurança, e depois, o bem estar, e não para ser agente regulador da concentração exponencial de riqueza gerada pela atividade econômica capitalista-financista.

Então tá:

Programas sociais, previdência, hospitais, empregos, etc é tudo GASTO.

Subsídios, favores fiscais, isenções, sonegação, verbas publicitárias, socorro aos bancos e empresas falidas é tudo em nome do bem estar do País...

Engraçado que o debilóide menciona o "aumento" dos tributos como causa de empobrecimento, mas nada fala desta mesma carga que tributa o banqueiro Setúbal e, eu e você Roberto (ou ele mesmo, o idiota que escreveu) na mesma faixa de IRPF sobre suas (nossas) rendas...

Como é que você ainda tem paciência, meu velho?