terça-feira, julho 07, 2015

Variação na desigualdade de renda por nação

A informação abaixo consta de um estudo do FMI que pode ser lido aqui. O assunto foi trazido à tona pelo blog "Cidadania e Cultura", do professor Fernando Nogueira da Costa.

"O estudo destaca que a distância entre ricos e pobres nos países desenvolvidos está no seu nível mais alto em décadas, enquanto as tendências são mais díspares nos países emergentes e em desenvolvimento. Há queda da disparidade em países da América Latina e África Subsaariana, mas continuam a existir grandes diferenças no acesso a educação, saúde e finanças."






Segundo os economistas, o mais importante do novo estudo é a conclusão de que aumentar a renda dos mais pobres e da classe média é positivo para o crescimento. 

No blog do FMI, os autores Era Dabla-Norris, Kalpana Kochhar e Evridiki Tsounta dizem que uma possível explicação é que essas fatias da população tendem a consumir uma parcela maior da renda do que os mais ricos, elevando a demanda e impulsionando o crescimento no curto prazo. 

No longo prazo, desigualdade persistente implica que esses segmentos terão menos oportunidades para se educar, melhorar sua qualificação e concretizar seus projetos empreendedores. “Como resultado, a produtividade do trabalho e o crescimento vão sofrer.”

O estudo dá sugestões de como atacar o problema, ressaltando que não há solução única.

Nos países avançados, as políticas devem focar em reformas para ampliar o capital humano e melhorar a qualificação, e tornar os sistemas tributários mais progressivos.

Nos países emergentes, é importante garantir maior inclusão financeira e criar incentivos para a redução da informalidade. Melhor acesso a educação e saúde, com transferências de renda bem focadas, elevam também a renda dos mais pobres.

Comentário do blog
Os programas de renda mínima se colocam cada vez mais como uma das propostas do Banco Mundial e FMI para ampliar a circulação do dinheiro e expandir o capitalismo, dando maior dinâmica às economias com a inclusão social e monetária das pessoas de menor renda. 

É mais barato que apoiar grandes e caros investimentos que não chegam na ponta do sistema. Melhor ainda, e por isto consta da proposta do FMI, que é a inclusão financeira. Assim, com os recursos distribuídos via cartão bancário, ele garante ao sistema financeiro, a possibilidade de controlar e se aproveitar desta movimentação, para o qual é também remunerado pelos governos. 

Neste caso, a resistência às medidas (do tipo renda mínima, bolsa família, etc.) seria um caso de desinformação, ou mesmo de preconceito, diante da possibilidade de ampliação dos ganhos daqueles do andar de cima.

PS.: Não esquecer ao visualizar o mapa que os números junto aos países significam as variações de renda, pelo índice de Gini, entre os anos 1990 e 2012 (período de 22 anos).

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