quinta-feira, julho 16, 2015

A falsidade das intenções rentistas e entreguistas que nega um projeto de Nação

É muita gente falando bobagens sobre a área de petróleo com intuito entreguista.

A política de conteúdo nacional no Brasil, em meio a certos e erros - muito mais acertos - é que levou a Noruega ser hoje, o país que tem, depois dos EUA, a maior quantidade de empresas atuando na área de serviços especializados em petróleo e gás no Brasil.

Verdade que boa parte desta trajetória foi construída nos momentos de pico de valorização do petróleo no mercado mundial. Evidente que nos momentos de baixa, portanto, inferior à média como o atual, o caso é de limitações e redução dos investimentos.

Veja o caso da construção e montagem de plataformas e sondas no Brasil que expandiu os estaleiros bem para além do ERJ, seu berço desde o Barão de Mauá na Ponta da Areia, em Niterói.

Em meio ao interesse em fabricar e montar uma plataforma (FPSO) aqui ao custo aproximado de US$ 700 milhões, há ainda quem defenda fazê-lo na Cingapura, a um custo também aproximado de US$ 820 milhões, considerando entre uma e outra, uma grande diferença, sem se importar com a cadeia de fornecedores e de serviços com os seus milhares de empregos.

Há ainda quem queira propor medidas que consideram as ideais, sem olhar sequer o médio prazo e entender que o valor atual de aluguel de uma sonda, a US$ 350 mil por dia (há casos de aluguel por até US$ 250 mil/dia), está fora da realidade da média, já que há pouco mais de um ano, ele ultrapassava o valor de US$ 500 mil por dia.

Difícil construir uma visão de nação diante de uma elite econômica rentista, que abomina o trabalho e o risco de empreender, projetar, usar, arriscar e se interessar apenas, e quase unicamente, em se "enlaçar" nos negócios de outrem, para levar uma "beirada".

O resto é mais do mesmo. E observe que este tipo de constatação é cada vez mais dos próprios. E no final, em meio aos problemas da vida real e do cotidiano, o diabo são sempre os outros.

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