domingo, maio 14, 2006

Mães

Autor: Luiz Tavares, médico e poeta.
* Recebi hoje por e-mail com a informação de que foi escrito na manhã, ou melhor, na madrugada deste Domingo das Mães, durante o plantão em uma UTI Neonatal da nossa cidade. E eu digo, de que não haveria lugar e nem data mais apropriada. Saboreiem:
À minha mãe. À todas as mães do mundo. No seu dia e para sempre. Mães que nunca fracassaram. Mães que nunca permitiram. Mães que nunca despertaram. Mães que nunca desistiram. Mães que nunca engravidaram. Mães que quase conseguiram. Mães que por ter tanto medo nem tentaram. Mães que por falta de medo nem sentiram. Mães que partiram na hora do parto. Mães que tornaram-se mães sem saber. Mães que forjaram-se mães por contrato. Mães que não precisaram de filhos prá ser. Mães que não souberam escapar. Mães que não puderam conhecer. Mães que se tornaram saudades de chorar. Mães que se transformaram em imagens de não ter. Mães que se foram para outra vida. Mães que jamais retornaram pro lar. Mães que sentem ate hoje a dor comprida. Mães que continuam a esperar. Mães que não fizeram força pra ser. Mães que fizeram questão de evitar. Mães que não foram, por isso o sofrer... Mães que não foram pra se poupar... Que Deus as proteja, ilumine e suporte. E afaste delas todo mal e iniqüidade. Que Deus as acompanhe além da morte. E as guarde em luz por toda a eternidade. Mães. Porque não há outro caminho. Mães. Porque não há maior lição. Nada que substitua o seu carinho, Que se compare ao seu coração. Mães. Porque não há outra saída. Mães. Igualando nobres e plebeus. Mães. Nada tão forte em nossa vida. Mães. Nada mais próximo de Deus.

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