segunda-feira, maio 15, 2006

Plano Diretor e especulação imobiliária

Um grupo de moradores do parque Santo Amaro em Campos está se mobilizando na tentativa de evitar o que estão chamando de ataque de especuladores que pretendem construir grandes prédios descaracterizando o bairro de moradias horizontais com o máximo de duas lajes. Eles estudam a possibilidade de impetrarem ação judicial e também deslancharem mobilização política para evitar que o bairro seja invadido com enormes prédios como vem acontecendo com a região vizinha, a Pelinca. O parque Santo Amaro que abriga a sede da prefeitura tem, possui em seus limites extremos, mas fora da sua área, dois grandes espigões, o Sunset I e II e o Solar do Engenho, também chamado popularmente como “Timbucão” com três grandes blocos de apartamentos. O bairro fica tambem espremido entre duas grandes avenidas, a 28 de março e Nilo Peçanha. Originalmente foi construído como um conjunto habitacional com pequenos terrenos de dez por vinte metros e atualmente possui casas amplas e belas que absorveram terrenos vizinhos e que convivem harmonicamente com as simples casas construídas no final da década de setenta. Alguns moradores sabem que esta questão deve ser discutida quando da elaboração do novo Plano Diretor do município, mas sabem que as discussões do Plano Diretor do município estão demasiadamente atrasadas. Como o prazo que os municípios têm vai até o dia seis de outubro próximo há uma tendência das discussões serem curtas. As justificativas baseadas no conturbado quadro eleitoral que demandou até uma nova eleição já não explicam toda a demora atual. Quanto menos tempo se tiver para as discussões, menos transparente e participativo e mais tecnocrático acabará sendo o novo Plano Diretor. Não se pode esquecer que o atual Plano foi aquele que na “surdina” teve quase cinqüentas folhas surrupiadas e trocadas na gestão do ex-governador Garotinho.

Um comentário:

Roberto Moraes disse...

Dr. Rodrigo,

O problema é a demora em se iniciar este processo para permitir uma participação maior e consciente da população, senão corre-se o risco de se fazer um plano que atenda aos interesses de alguns e não da coletividade.

Sds,
Roberto Moraes