terça-feira, abril 10, 2007

Beleza formal e informal

O setor de beleza cresce em diversas direções na sua cadeia produtiva. Não só no número de pontos de atendimento que, segundo especialistas, já se aproxima, só em Campos, de 5 mil estabelecimentos entre legalizados e informais, mas também na cadeia de suprimento que possui hoje, pelo menos, 20 distribuidoras instaladas na cidade. Há também os formadores de mão de obra para a área. Duas feiras "Expo Rio Beauty" já foram realizadas em Campos, amabas nos pátio do Cefet. A última que aconteceu em julho de 2006 teve 45 expositores e recebeu a visita de cerca, de 12 mil pessoas movimentando, segundo seus organizadores, a significativa quantia de R$ 5 milhões. O Senac é a instituição mais conhecida e credenciada para a formação de pessoas especializado para o setor. Faz isso há mais de trinta anos e atualmente forma, em torno de 400 cabeleireiros, a cada ano. No vácuo de uma demanda crescente por formação na área, já surgiram outras escolas atuando na cidade. Hoje, uma delas já possui cerca de 60 turmas com a média de 20 alunos. Ao custo de uma mensalidade de R$ 149,00 estima-se que só esta escola profissionalizante tenha um faturamento, que inclui ainda material, uniforme e matrícula, algo superior a R$ 3 milhões por ano. Eu não acreditei quando em 1996, quando ao participar de um curso de especialização em Formação de Gestores em Educação Profissional em Oklahoma nos EUA, ouvi um dos palestrantes traçar um cenário que apontava dois setores como os que tendiam a estourar em termos de demandas de serviços: educação e serviços de beleza. Pensei com os meus botões: papo de americano, nós no Brasil somos diferentes! Pois vejo, que tirando o tamanho o PIB per capita, estamos em alguns aspectos, parece que infelizmente, cada vez mais parecidos com os filhos de Tio Sam.

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