segunda-feira, maio 28, 2007

BR-101: Pudim quer agora o que antes o PMDB local rechaçava

De volta à terrinha vejo nos jornais de hoje, que o deputado federal Geraldo Pudim agora está defendendo a formação de um consórcio com os municípios que são cortados pela BR-101. Esta proposta é velha e foi feita pela Comissão Pró-Vida na BR-101 inclusive, nas diversas audiências públicas realizadas em nossa região. Bom lembrar que na época, este blogueiro, como presidente da Ong Cidade 21 e membro da Comissão Pró-Vida na BR-101, insistiu na participação do governo do estado neste consórcio, mesmo que de forma minoritária, com o objetivo de facilitar o arranjo entre os municípios que já se dispunham a participar deste acordo, mas infelizmente, todos os representantes do governo estadual, no primeiro e segundo mandatos do casal, foram sempre resistentes a ajudar na busca de uma solução alegando, que a questão era de responsabilidade do governo federal e desta forma, não haveria porque participar deste tipo de negociação. Em um destes momentos, na audiência pública convocada pela Procuradoria da República realizada, no auditório do Censa em Campos, no mês de setembro de 2004, chegou a haver um mal estar entre o procurador federal Dr. Eduardo Oliveira e o representante do governo estadual na ocasião, quando este, logo depois da abertura do evento, usou da palavra e se despediu do mesmo dizendo que o problema não era da alçada do governo estadual. O mal estar se estendeu ao restante do público, porque todos nós já entendíamos, o que só agora o deputado Pudim enxerga: que a BR-101 em nossa região é um problema regional, que além de ser um entrave em termos de infra-estrutura ao nosso desenvolvimento é também, um caso de saúde pública, ao ceifar a vida de cerca de três centenas de cidadãos anualmente. Bem vindo à razão e ao bom senso deputado. É uma pena que alguns homens públicos necessitam estar na oposição política, para poder enxergar a realidade como ela é. Em tempo, não se quer retirar a responsabilidade do governo federal da questão, até porque a BR-101 é federal e atende não só à nossa população, mas ao fluxo de veículos de diferentes partes do país. Num ambiente de bom senso, embora agora tardiamente, espera-se que ainda se possa buscar, um acordo com contrapartida dos três entes federados.

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