sexta-feira, janeiro 11, 2008

Açu sem unidade de pelotização

A mineradora MMX desistiu de construir uma pelotizadora em São João da Barra, no Rio de Janeiro. A MMX venderá o minério sob a forma de “pellet feed” (uma espécie de minério de ferro granulado) e não mais de pelotas, ou pequenas bolas ou balebas que teriam diâmetros entre 10 e 20 milímetros. A produção anual de 26,6 milhões de toneladas prevista para o sistema está comprometida em contratos de longo prazo, sendo que um único cliente, uma trade japonesa, ficará com 9 milhões de toneladas por ano. A área destinada para escoamento da produção das jazidas de Minas Gerais terá cerca de 300 hectares, enquanto que toda a retroárea do porto ficará com cerca de outros 6 mil hectares, que segundo o grupo empresarial será “destinado a outras oportunidades ". Os executivos da MMX depois do acordo fechado, para construção também de um UTE (Usina Termelétrica) junto ao Porto do Açu afirmam serem grandes as possibilidades de construção de uma siderúrgica, com o minério de ferro e com o grande volume de energia elétrica disponibilizado. Eles consideram este, um desdobramento natural com o aproveitamento do diferencial competitivo dos demais empreendimentos. Esta informação que o blog não sabe se foi repassada no seminário sobre infra-estrutura que a Firjan realizou em dezembro, em Campos, mostra que o empreendimento do Complexo Portuário do Açu, embora já iniciado, ainda tem muitas das suas etapas abertas tal qual, um jogo de cartas. A comprovação do fato pode ser evidenciada no fato de que a UTE (Unidade Termelétrica) com as turbinas movidas a carvão, só recentemente teve delineada os parceiros para suas diversas etapas. A eliminação da unidade de beneficiamento e pelotização certamente reduzirá o número de empregos que o empreendimento esperava gerar, neste primeiro momento, que de certa forma, poderá ser compensado, por outros negócios na retoárea do porto que a prefeitura de São João da Barra transformou, em seu Plano Diretor recém-aprovado, em Distrito Industrial. Como já dito acima, o grupo MMX chama este espaço de "área de oportunidades" e como tal com "canastras" ainda a serem fechadas.

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