terça-feira, janeiro 08, 2008

Generoso ou culpado

O Hélio Anomal, presidente da Empresa de Habitação de Campos (Emhab) e também presidente que encerra o mandato no PT, em Campos, ou foi muito generoso, ou assumiu a culpa, na forte crítica que este blogueiro fez, ao acusar o PT de Campos de ter se vendido ao atual prefeito Mocaiber, na entrevista-resposta que concedeu neste último domingo, uma semana depois, também, ao jornal Monitor Campista. Muito cordato e conciliador, naquilo que pode ser considerado, o maior questionamento que fez, Anomal levantou o apoio, que junto com outros companheiros do partido, este blogueiro fez à candidatura de Paulo Feijó, na disputa pela prefeitura de Campos em 2004, comparando-a com o apoio que agora, seu grupo junto de Mackoul dá, a Mocaiber, já no cargo de prefeito. Há uma diferença básica. Embora a decepção com a candidatura Feijó, de minha parte, seja tão grande quanto o atual acordo com Mocaiber, naquela oportunidade, os que a defenderam, tinham como pressuposto básico, o esforço de tentar derrubar este esquema político vigente desde 2008 (retificado às 16:30 - digo desde 1988), de ineficiência administrativa, fisiologismo, desmandos, e malversação de recursos públicos vigentes. Enquanto isso, a decisão agora de Anomal e Mackoul de se aliar ao prefeito é assinar embaixo deste quadro, como um atalho puro e simples de chegar ao poder e assim, também se refestelar com as migalhas dos royalties, através de cargos e outras vantagens. O debate é bom em qualquer que seja a cancha. O bom jogador não escolhe campo. Estou na área, se derrubar é penalty, mas não aceito a argumentação de que oportunista é elogio, a não ser que a boquinha seja para centro-avante e não para o usufruto de um cargo público e comissionado. De minha parte, ao inverso, mando um generoso e normal abraço ao Anomal.

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