domingo, fevereiro 21, 2010

Saindo na frente!

A revista Época desta semana reservou treze de suas 78 páginas (excluindo 36 de propaganda das 114) à ministra Dilma Rousseff. Em seis, a reportagem traz uma retrospectiva do surgimento seu nome dentro do governo e depois no PT. E nas outras sete, uma boa e longa entrevista, em que ouve a ministra, sobre temas polêmicos, em que, a juízo do blog a ministra e pré-candidata Dilma, se sai muito bem, especialmente, para o público leitor da revista.
Na retrospectiva a matéria traz um dado desconhecido até aqui, do grande público, sobre a última pesquisa do Ibope sobre aintenção de voto para a Presidência da República. O dado significativo é o de que 63% da população quer que o próximo governo dê continuidade total ou de muita coisa da atual administração.
Para ser mais exato: 34% quer continuidade total; 29% Continuidade para muita coisa; 25% quer mudança e 10% quer mudança total. A tendência aponta para 63% x 35% (28% a mais) a favor da candidata do governo. É por isso que Lavareda aconselha a Serra a dizer que o que importa é o futuro.
Sobre a entrevista, pareceu-me forte demais a escolha, pelo editoria, da resposta à pergunta para ser o título da manchete de capa da revista: "A oposição tem comparado sua candidatura à de um poste. O que a senhora acha dessa comparação?" que ela respondeu: "Você acha que, como ministra-chefe da Casa Civil, eu sou um poste?"
Entendo a oportunidade da chamada, mas sua escolha pode induzir a pré-conceito. De toda a forma, a resposta, curta e objetiva, assim como o conjunto da entrevista parece dirimir dúvidas sobre o teor da pergunta. Por isso, mesmo forte, ela pode ser útil à Dilma.
Outro ponto a favor da candidata parece ter sido a escolha da data, a princípio estranha, para o Congresso do PT em Brasília, a quinta-feira de Cinzas. O partido pegou um vácuo na política depois do Carnaval, tomou conta do noticiário, limpou a pauta do lançamento da candidatura da Dilma, iniciando a semana, que se confunde com o início do ano - como se costuma falar exageradamente - em termos das grandes decisões nacionais, após a primeira semana seguinte ao carnaval, pautando a agenda política nacional e deixando a oposição ainda mais tonta.
De quebra, tudo isto acontece junto, de mais uma desgraça para o PSDB, ao ver o sucessor de Serra, do aliado DEM, ser cassado pela Justiça Eleitoral de São Paulo. É difícil comparar as agendas que um e outro iniciam o ano eleitoral.
Há informações de bastidores, saltando os muros, de que pesquisas mais novas que devem ser divulgadas nos próximos quinze dias trarão outras surpresas. O ti-ti-ti de que o PSDB poderá abrir mão de Serra, para trazer FHC, como Aécio de vice, parece coisa de louco, e não de tonto, afinal, em política, é até natural, que vez por outra, contendores fiquem temporariamente à deriva.
Sou daqueles que acham que o PSDB vem com Serra de candidato com um vice, que pode ser Itamar Franco, e que a disputa tenderá a ser muito igual, mas os primeiros passos parece que já tem vencedor, ou vencedora, melhor dizendo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Professor Roberto,

A dilma realmente não é um poste, é um transformador em cima do poste.
Apenas faz fluir, transformando altas jogadas em baixas realidades.
Exemplo: Lula previlegia reajustes aaaa elite do funcionalismo público.
Portanto...menos professor..menos !

Roberto Moraes disse...

Caro Anônimo,

Direito seu de pensar assim, mas venha com argumentos menos ralo e superficial que este produzido pelos Pigs.

Sds.

Anônimo disse...

Até Sarney é melhor que Dilma.
Vou se Ciro, em último caso Serra.

marcos andre disse...

estamos vendo um chaves de saia,a volta da repreção com nome de dilma autoritaria o lula vai pagar caro com a eleição desta que se diz mãe do pac,o brasil não merece depois de anos de luta embusca de democracia uma pedante no poder.