sábado, julho 18, 2009

Lindberg em Campos – II

Lindberg Farias depois de dizer na sua fala que não acredita que o presidente Lula vai pedir para retirar sua candidatura, até pelo perfil de como costuma conduzir a política, ele ouviu um argumento do professor Renato Barreto que reforça esta tese. Lindberg gostou tanto que chamou outras pessoas que estavam ao redor para ouvir. Renato disse: “Lula não pediu a Virgilio Guimarães que retirasse a candidatura a presidente da Câmara Federal contra o também petista, Luiz Eduardo Greenhalg, que não creio que vai ser agora que vai...”. Só para lembrar o imbróglio se deu em fevereiro de 2005 quando o PT disputou a presidência da Câmara com dois candidatos e o fato acabou redundando em todo o desastre da eleição do deputado federal Severino Cavalcanti, que depois pediu afastamento para evitar sua cassação.

12 comentários:

Anônimo disse...

Farsa na ACIC

A pedido do presidente Lula, o então pré-candidato a governador pelo Rio de Janeiro, Lindberg Farias (PT) deverá recuar de sua candidatura a governador.

Teria o ocorrido esta semana uma reunião entre o prefeito de Nova Iguaçú e a cúpula da presidência para negociar a desistência de Lindberg na disputa pelo pleito de 2010. Falam-se nos bastidores que Lula e sua cúpula nutrem muito mais simpatia por Sérgio Cabral (PMDB) que pelo candidato de seu próprio partido. Se a possibilidade se confirmar, Cabral ganhará mais um round contra seu arquiinimigo, Anthony Garotinho (PR).

Anônimo disse...

Lula pressiona a direção petista a dissuadir o prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Lindberg Farias, da ideia de enfrentar o governador fluminense, Sérgio Cabral (PMDB), no próximo ano.

Acha que o arquivamento dos planos de Farias ajudarão, por exemplo, a convencer o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), a não rivalizar com o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), em 2010.

O presidente quer ainda que o PT debata a possibilidade de apoiar peemedebistas em Minas (o ministro das Comunicações, Hélio Costa) e no DF (o ex-governador Joaquim Roriz). Informações do Correio Braziliense.

Anônimo disse...

"Lindberg gostou tanto que chamou outras pessoas que estavam ao redor para ouvir. Renato disse: 'Lula não pediu a Virgilio Guimarães que retirasse a candidatura a presidente da Câmara Federal contra o também petista, Luiz Eduardo Greenhalg, que não creio que vai ser agora que vai...'."

NÃO É BEM ASSIM!



Lula não convence Virgílio a desisitir de disputar a Câmara

Virgílio contou que levou ontem ao presidente as impressões que teve do processo interno de escolha do partido, que ele considera incorreto.

A conversa de ontem à noite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) não foi suficiente para que o deputado desistisse de uma eventual candidatura avulsa para disputar a presidência da Câmara com o candidato oficial
do PT, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP).

xacal disse...

faltou o renato dizer:

que os contextos são totalmente díspares, e que aonde e quando foi necessário, o lula e o DN passaram o rodo: sempre...!

afinal, essa é uma das faces do exercício da maioria política...

repito: quem quer ser candidato(de verdade)não apresenta, de antemão, uma saída "honrosa" como essa...

Anônimo disse...

História da Carochinha

"Lindberg gostou tanto que chamou outras pessoas que estavam ao redor para ouvir. Renato disse: 'Lula não pediu a Virgilio Guimarães que retirasse a candidatura a presidente da Câmara Federal contra o também petista, Luiz Eduardo Greenhalg, que não creio que vai ser agora que vai...'."


NÃO FOI BEM ASSIM...
(Saudade não tem idade)
Lula não convence Virgílio a desisitir de disputar a Câmara

A conversa de ontem à noite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) não foi suficiente para que o deputado desistisse de uma eventual candidatura avulsa para disputar a presidência da Câmara com o candidato oficial
do PT, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP).(Fonte: Agência Estado - SP 06/01/2005 - 22:35)


DEPOIS DA ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA CÂMARA

PUNIÇÃO
Direção do PT suspende Virgílio Guimarães por 1 ano


Enviado por Ricardo Noblat -
(21.5.2005| 23h18min)
PT suspende Virgílio Guimarães por um ano

Durante um ano, a partir de amanhã, o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) não poderá participar de qualquer atividade do seu partido, nem representá-lo em nenhuma ocasião.

Foi o que decidiu há pouco o Diretório Nacional do PT reunido em São Paulo. Votaram pela punição de 1 ano 43 membros do Diretório contra 22 que preferiram uma suspensão por seis meses.

Antes foi votada uma proposta de expulsão de Guimarães, derrotada por 52 votos contra 17 e 6 abstenções.

Virgílio foi suspenso porque disputou a presidência da Câmara dos Deputados na condição de candidato avulso. A candidatura dele ajudou Severino Cavalcanti (PP-PE) a ser eleito.

Roberto Moraes disse...

Os argumentos usados nos comentários, uns mais e outros menos, valem como debate.

Concordo que o quadro, assim como é quase sempre na política é diferente de outros passados, mas, também como já ocorreu muitas vezes, os espaços que existem para se avançar, são inegavelmente grandes.

Sendo assim, é compreensível que a maioria do partido, já veja esta solução como uma boa alternativa.

Todo mundo está conversando com todo mundo. Não há problemas nisto.

De tudo que foi dito nos comentários, o Lindberg só não será candidato, se a Dilma empacar nas pesquisas.

Se até o final do ano ela chegar aos 30% e avaliação de ótimo e bom do governo estiver ainda acima dos 70%, o PMDB fecha definitivamente a aliança e aí os palanques diversos em alguns estados não serão efetivamente problemas.

A política é isso. E neste campo é sempre melhor lutar pela melhor solução, para se for o caso, negociar, o possível. Nunca o inverso.

Sds.

xacal disse...

caro Don Roberto...

não é tão simples assim, e que possa ser definido, como em suas palavras:
"(...)
De tudo que foi dito nos comentários, o Lindberg só não será candidato, se a Dilma empacar nas pesquisas.
(...)"

Há alguns elementos que permanecem, mesmo que a Dilma decole...e talvez por causa disso mesmo...

Veja só...Se a Dilma "decolar", e se confirmar a tendência de um pleito plebiscitário(contra ou a favor do governo Lula, e com um único turno), é bem possível que as candidatiras ao governo do Estado deixem de ser relevantes, e o reforço total ao Senado seja o principal objetivo do planalto...

Sabemos todos as dificuldades que o governo, mesmo se escudando no gigantesco carisma do Lula, teve com aquela casa...

Com a Dila, uma situação instável tende a piora a governabilidade de seu governo...

Portanto, mesmo que Dilma "decole", a exigência que os melhores quadros(aqueles com mais chances)disputem uam cadeira no Senado(que será renovado em dois terços) pode levar o lindberg a "ceder" para uma aliança, e exigir apoio do governador...

Atenderia ao planalto, atenderia ao governador(que teria seu prestígio junto ao planalto intacto), e atenderia a maioria do partido, que ao que parece priorizar a continuação do projeto de poder federal, em detrimento do "pepino" que é governar Estados falidos e desnutridos orçamentariamente falando...e com atribuições sobre polícias e professores...

Um abraço...

Não se assuste, portanto, se isso tudo já estiver combinado...

Roberto Moraes disse...

Caro Xacal,
Não tenho mais ilusões, apenas erros de avaliação, rs,rs,rs. Preferiria manter as ilusões, com ou sem os erros de avaliação, que olhando para trás não foram poucos.

Parte do seu comentário tem a minha concordância, como a que comenta sobre a baixa eficiência, e cada vez menor importância, desta instância intermediária de poder que são os governo estaduais. Tenho repetido isto em diferentes locais e tenho vivenciado a concordância das pessoas. Porém, isto vale mais para a questão administrativa e de gestão de políticas públicas, a maioria hoje planejadas do governo federal direta para os municípios, do que no aspecto político. Neste caso, os governadores tendem a ter interferência grande sobre as bancadas de deputados e senadores, e neste aspecto, não é um poder ser desprezado para o aumento da governabilidade.

Sobre a combinação ou combinações de forma nenhuma duvido delas, mas acredito que ainda está em curso outras combinações a serem feitas e isto só a mobilização pode garantir desfechos diferentes, até porque, é muito pouco defender a candidatura de um governo limitado apenas para ser contra outra.


De toda a forma, não há com o que se assustar quando, tanto uma alternativa quanto outra, já estão mapeadas.

Tem outros interesses ainda em jogo. O Crivella não quer de jeito nenhum que o Lindberg seja candidato ao senado. Suas bases mais populares seriam corroídas e isto ele não quer.

Enfim, de toda a forma, seguindo seu raciocínio, se um acordo pode ser feito se não houver outra alternativa, não há porque se entregar o ouro agora. A não ser que a disputa interna do PED for o caso.

Abs.

Roberto Moraes disse...

Para apimentar ainda mais o debate a informação que foi veiculada às 17:46 deste domingo pelo portal G1:

"PT gaúcho indica ministro Tarso Genro como pré-candidato no RS"

Ministro da Justiça diz que demora em definir candidato prejudica alianças.

Direção nacional do PT, porém, não quer antecipar nomes para os estados.

Contrariando a orientação da direção nacional do PT de não antecipar o calendário eleitoral estadual, o ministro da Justiça, Tarso Genro, foi indicado, neste domingo (19), como pré-candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul.

O encontro estadual, realizado em Porto Alegre, também aprovou uma tática eleitoral que exclui o PMDB, partido que vem sendo cortejado como parceiro prioritário na disputa à sucessão presidencial, do arco de alianças regional.

"O calendário foi feito pela direção regional a partir da experiência de que a demora na escolha do candidato dificulta a composição das alianças", disse o ministro a jornalistas.

Para Tarso, a definição de sua pré-candidatura e a decisão de não procurar o PMDB para uma composição local não trarão prejuízos à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República. Na sua opinião, a existência de prováveis palanques distintos não prejudicaria a campanha presidencial no estado.

"Já ocorreu com Lula. Não temos nenhuma objeção a qualquer partido que queira aderir à candidatura de Dilma, mas o palanque do PT aqui é de esquerda e conversa com o centro."

Edison Correa da Rocha disse...

É blá,blá,blá demais para o meu
gosto,todos falam o que querem e
o que pensam,mas na verdade ninguem
sabe ao certo o que esta por vir,
ainda existe varios coringas neste
jogo que ainda estão nas mãos dos
jogadores e podem ter certeza,são
jogadores esperientes e capazes
de blefar na hora certa.
Esperem e verão,voces terão uma
SURRRPREEEEEZA.

Prof. Isaac Esqueff disse...

Professor Roberto Moraes e amigos do Blog:

O mais importante de tudo é que deveria haver uma profunda modificação da forma de como a política é feita em nosso país, principalmente, com relação ao surgimento, indicação e eleição de um possível canditado a um determinado cargo eletivo.

O que nos cansa profundamente é que "de repente", aparece um e outro dizendo-se pré-candidato ou candidato assumido, colocando os eleitores na berlinda até mesmo pela falta de opções com relação a renovação da "cara" política dos candidatos que na maioria das vezes e se não for pela totalidade das vezes, são os mesmos, sempre e sempre.

Tal mudança deveria começar pela forma da escolha dos canditados:

Referendo público daqueles que mais de destacaram em prol da sociedade num determinado período; confirmação dos mesmos com relação a possível indicação dos "destacados" aos cargos indicados e/ou pretendidos e finalmente, a eleição através do voto direto para aqueles que após este processo estariam mesmo disputando a eleição aos referidos cargos eletivos.

Como falei: a forma de escolher e eleger um determinado "canditado" deveria passar por um processo de modificação urgente, pois entra eleição e sai eleição e é sempre o "mais do mesmo".

Abraços aos amigos do Blog.

Anônimo disse...

É claro que houve intervenção do PT e do Lula para que o partido tivesse um só candidato para a eleição da presidência da Câmara. Mas realizado o lançamento das duas candidaturas petistas o presidente não pediu a renúncia de Virgílio Guimarães. Como atesta a matéria da veja.

Revista veja 19 de janeiro de 2005:
http://veja.abril.com.br/190105/p_050.html

Nem a intervenção sutil do presidente da República alterou o quadro. Na quarta-feira de manhã, Virgílio Guimarães tomou café com Lula no Planalto, mas o presidente não chegou a pedir explicitamente ao deputado que desistisse de concorrer. "Virgílio, como sou petista, apoio o candidato escolhido pelo PT, que é o Greenhalgh. Mas você é meu amigo e sabe o risco que corre", afirmou o presidente. "Se o presidente tivesse pedido, eu teria desistido. Como ele não colocou obstáculo, vou até o fim, para ganhar ou para perder", disse Guimarães, mais tarde.

Reforçando o argumento ver o mesmo blog do Noblat que afirma aqui : http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2006/03/06/o-estilo-de-lula-34034.asp

O estilo de Lula
Em outubro último, e pela primeira vez, o ministro Jacques Wagner, das Relações Institucionais, sondou Lula sobre suas intenções em relação ao futuro dele.
Deveria ser candidato ao governo da Bahia? Ou deveria permanecer no ministério para integrar depois o staff da campanha de Lula à reeleição?
Lula desconversou. E até hoje nada disse a respeito. Então Wagner foi assumindo compromissos na Bahia e está quase candidato ao governo.
O estilo de Lula é esse. Deixa que os problemas se resolvam sozinhos. Se tem de decidir, só o faz sob pressão, segundo Frei Beto, ex-assessor dele e amigo.

E ainda no mesmo post:
A eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) para presidente da Câmara dos Deputados deve ser debitada em boa parte na conta de Lula.
O PT escolheu Luiz Eduardo Greenhalg para disputar a eleição. Virgílio Guimarães (PT-MG) não se conformou e resolveu ser candidato dissidente. E diante do desastre que se avizinhava, o que fez Lula?
Das vítimas
Conversou com Virgílio três vezes. E na última, quando foi mais duro com ele, limitou-se a dizer: ?O PT tem um candidato, e somente um. E não é você, que foi derrotado dentro da bancada?.
Mesmo podendo, Lula não acenou com prêmio algum de consolação para Virgílio. Nem pressionou os eleitores dele para que votassem em Greenhalg.
Ficou mal com Virgílio e com Greenhalg. Como ficaria depois com José Dirceu quando o largou de mão e cobrou que renunciasse ao mandato.