sexta-feira, setembro 21, 2018

O que está em disputa hoje no Brasil é mais que uma eleição. É um processo civilizatório e a hipótese de mediação com paz e pela política

Parece que ninguém percebeu que a pesquisa eleitoral de um banco que era divulgada toda sexta-feira pela manhã, hoje não tenha aparecido.

Difícil não ver relação do fato com a divulgação pela primeira vez, de uma pesquisa às pressas do Datafolha de madrugada e a carta de desespero do FHC defendendo o tal centro sem destacar a ameaça do fascismo.

O jogo eleitoral é pesado.

Todos sabemos, mas também aprendemos com o tempo a identificar manipulações.

Elas já se tornaram comuns nesta fase das eleições a cerca de 20 dias do escrutínio.

Há duas tarefas no horizonte que se somam nas intenções e é preciso ter discernimento para identificar o objetivo a ser alcançado e o mal maior a ser evitado.

O objetivo pode ser disputado até próximo ao resultado, mas a resistência ao fascismo precisa ser compartilhado com toda a força.

Todos seremos responsáveis se não se impedirmos a retomada do fascismo, após a volta do neoliberalismo ter acontecido com o golpe.

Não há que se perder tempo em convencer os convencidos na linha do que se viu na Alemanha já há quase um século.

Há muita gente que quer conversar, entender e se posicionar. 

Não nos esqueçamos que o nazismo chegou ao poder através das eleições e por ele pode retornar.

Relendo partes de livros, revendo alguns filmes e a Hannah Arendt e o seu conceito de banalização do mal sobre aquele período e voltando aos dias atuais, parece que um véu encobre as mentes embotadas.

Também por isso, líderes políticos da Europa, 4 ex-primeiros ministros, um prêmio Nobel da Paz, um enviado do Papa e vários intelectuais de prestígio em todo o mundo estejam vindo ao Brasil.

Eles pressentem que se joga hoje aqui no Brasil, mesmo no hemisfério Sul, mais periférico em relação às nações hegemônicas, uma disputa que terá impactos e repercussões para todo o mundo.

Nos próximos 15 dias há muito a ser feito, porque essas eleições marcarão as próximas décadas para o Brasil e para o mundo.

O que está em disputa é um processo civilizatório e a hipótese de mediação pela política e num ambiente de respeito e Paz.

Sigamos em frente, disputando e ganhando isso que é muito mais que uma eleição.

Um comentário:

Anônimo disse...

Em sua Carta a Eleitoras e Eleitores Fernando Henrique deixa claro que condena a eleição de um candidato com perfil de Fernando Haddad, que seja capaz de representar a resistência da população a política econômica de Michel Temer e se recuse a impor novos sacrifícios aos trabalhadores e aos mais pobres.