segunda-feira, maio 25, 2009

O Brasil em 2020

A edicção da revista Época desta semana, já citada na nota anterior, fez uma bela e extensa matéria, ou melhor, dedicou quase toda a revista, ao tema sobre que país nós teremos em 2020. Além de entrevistar políticos como Lula e FHC, a revista ouviu importantes acadêmicos sobre saúde, educação, planejamento urbano e transporte, crescimento das cidades de porte médio, previdência social e longevidade, segurança pública, religião, além dos colunistas também dedicarem seus artigos nesta semana ao tema. Vale a conferida. Um bom exemplo de como se pode fazer jornalismo de qualidade ouvindo diferentes correntes, numa análise bastante interessante, sobre que nação é esta que os brasileiros estão construindo neste final da primeira década do novo milênio. No geral a análise é bastante otimista. Porém vale observar os alertas de quem consegue enxergar para além, daquilo que está à frente do nariz. O blog além de indicar o artigo do cientista político Fernando Abrucio (veja aqui) destaca um ponto da entrevista do Lula e outra do FHC. Natural que um ainda envolto no dia-a-dia do governo fale para a frente, porém ainda muito ligado ao hoje, do que o outro já sete anos fora do governo. Concordando ou não com eles, as suas reflexões valem para além deste pequeno trecho de um e outro. Se você desejar ler mais conteúdos sobre a matéria clique aqui. Abaixo os trechos: Lula: “Quero deixar uma nova relação que o governo conseguiu estabelecer com a sociedade. Parte da sociedade se sente responsável pelo meu governo. Vai ser muito difícil mudar a relação que construí com a sociedade. É uma relação de confiança. Eu estabeleci essa lógica. O grande legado que um presidente deixa para a sociedade é a relação que estabeleceu com ela. As pessoas têm de perceber que um governo não é feito para quem governa. As ideas não têm de ser suas, necessariamente. Talvez essa seja uma vantagem minha. Quando um cara é bem formado intelectualmente, acha que já sabe tudo o que se apresenta a ele. Não tem ouvido. Como eu não sei muita coisa, tenho uma capacidade de ouvir muito grande. Seria muito melhor para o mundo se os governantes aprendessem a ouvir”. FHC: “A globalização não é a expansão do capitalismo anglo-saxão. Não tem nada a ver com imperialismo. A globalização foi uma revolução tecnológica que juntou as economias: a chinesa, a japonesa, a nossa, a coreana. Então, provavelmente, em 2020, o Brasil vai poder respirar com mais tranqulidade. A aí temos uma vantagem, se esse mundo for para maior diversidade e governos menos fechados. É aqui o verdadeiro melting pot. Não são os Estados Unidos”. PS.: O blog foi à Wikipédia ver a origem do termo "melting pot" e encontrou: “No décimo oitavo e décimo nono século, a metáfora de um "filtro" ou "(s) melting pot" foi usado para descrever a fusão de diferentes nacionalidades, etnias e culturas. Foi utilizado em conjunto com o conceito de América como um ideal república e uma "cidade sobre uma colina" ou nova terra prometida. Foi uma metáfora para o processo idealizado de imigração e colonização por que diferentes nacionalidades, culturas e "raças" (um termo que poderia abranger nacionalidade, etnia e raça) foram a mistura em um novo e virtuoso da comunidade, e foi ligada a utopia visões do aparecimento de um americano "novo homem". A exata expressão "melting pot" entrou em uso geral em 1908, após a estréia da peça O Melting Pot por Israel Zangwill”.

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