Publicidade nos jornais, tal qual nas revistas semanais

Os maiores jornais diários nacionais, O Globo e Folha de São Paulo, por exemplo, há muito, passaram a adotar de forma idêntica à das revistas semanais, o aumento do espaço publicitário em suas edições. Os leitores podem não ter percebido a estratégia que o faz levar propaganda, ao invés de informação. Fazer isto diariamente é diferente de um veículo com validade semanal com a perenidade maior para sua absorção pelo público. O custo para o consumidor do jornal, que em última instância é quem paga pela propaganda, é grande. O papel de jornal não é barato. A tinta, porque a maioria da publicidade dos jornais é colorida, para ter algum destaque, aumenta ainda mais as despesas. Há ainda a questão da circulação da propaganda, porque os jornais que têm circulação e vendagem auditadas, o comprador do espaço da publicidade tem certa garantia do retorno, já os que pagam no escuro, por vendagens que estão longe da realidade, o caso é quase de polícia. Voltando aos dois jornalões citados, Folha de São Paulo e O Globo, o espaço diário de propaganda já são maiores que 40%. Por amostragem, o blogueiro, que cada vez lê menos jornais impressos, certificou-se desta conta. E olha que este percentual é de uma média para as edições do meio da semana, porque aos domingos, todos já sabem e convivem há mais tempo com isso, a proporção de publicidade, sem falar nos famosos encartes que é ainda maior. Não duvido, que à medida que os leitores se derem conta da compra de gato por lebre, assim como já acontece com as revistas, aonde o fato chega a ser agressivo, mais e mais leitores, buscarão outros instrumentos para se informar, até porque, junto disto, a credibilidade de muitas informações já foi para o “espaço” dos interesses comerciais faz tempo.