sexta-feira, abril 11, 2014

Sobre a Edison Chouest (Eco) no Açu e não no projeto de Barra do Furado

O blog comentou sobre este assunto aqui na última quarta-feira, quando divulgou a informação passada pela Prumo (ex-LLX), sobre o acordo de implantação de sua base de apoio offshore junto ao Terminal 2 (Sul) do Porto do Açu.

Na ocasião comentei que isto poderia fragilizar o projeto do Porto de Barra do Furado. Porém, conversando com o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Quissamã, Haroldo Carneiro, ele me confirmou que a empresa americana Edsion Chouest participou das negociações do projeto, mas, depois se afastou.

Além de sua atuação no Rio já comentada na nota citada acima, a Eco (Edison Chouest) estava em discussão sobre a implantação de bases portuárias no estado do Espírito Santo: nos municípios de Itapemirim e outro em Vila Velha.

Assim, a opção pela instalação no Porto do Açu, deve ter influência na disputa que o ERJ trava com o ES na estruturação da maior base de logística para apoio às operações de exploração offshore.

É oportuno também registrar que a ECO está participando como operadora, de processo de licitação que estão sendo feitas pela Petrobras para escolha de quem vai operar bases de operação offshore em nosso litoral. A Eco está indicando o Porto do Açu como uma de suas bases. O fato caso se concretize, tenderá a aproximar o Porto do Açu da Petrobras, objetivo que a LLX perseguiu por um bom tempo.

Quanto ao projeto de Barra do Furado, o projeto tem problemas, bem maiores que o acesso à região. Seu custo é bem maior que o estimado. As questões técnicas do by-pass não são simples como se cogitou.

Além das prefeituras de Quissamã e Campos com apoio dos governos estadual e federal, hoje, os grupos interessados em sua execução é o Estaleiro Ilha S.A. (IESA) e o Fundo de Investimentos, a BR Offshore Investimentos e Participações. (Veja imagem abaixo da maquete da BR Offshore para Barra do Furado)

Mesmo que o impacto seja menor, já que a Edison Chouest já tenha desistido de Barra do Furado, não há como considerar que o aprofundamento da atuação do Porto do Açu, como base de apoio offshore acaba por inibir, outros projetos na região com o mesmo objetivo. Ainda assim, vale acompanhar os desdobramentos deste processo.
Projeto da BR Offshore para Barra do Furado (terminal e estaleiro)

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