terça-feira, outubro 27, 2015

China planeja nova rota pelo Mar Ártico

Ampliando a observação sobre a geografia marítima e o movimento do comércio mundial, eis que me deparo com uma informação interessante, mesmo para quem observa estas questões de longe.

A China além de ampliar enormemente seus estaleiros, sua capacidade de transporte marítimo com mais e maiores embarcações e número de concessões de terminais portuários em diversos pontos do mundo, agora inova em algumas rotas, antes sequer pensadas pelos maiores movimentadores de cargas do mundo.

Como se sabe uma das principais rotas das trocas comerciais é a Europa-Ásia (Eurásia, ou UE-Ásia).

A China está lançando e inovando com nova rota pelo Oceano Ártico para entregas de suas mercadorias na Europa, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua. Localize no mapa ao lado o Oceano Ártico e a rota Ásia - Europa, para melhor entender a questão.

A China quer uma rota mais rápida para a Europa do que a conhecida rota do Canal de Suez. Interessante, que neste caso, a China tiraria vantagens do aquecimento global que o degelo estaria tornando a rota ártica cada vez mais viável.

Assim, agora em outubro se deu o lançamento do navio "Yong Sheng" para atuar por esta nova Rota do Ártico, economizando pela rota no extremo norte entre China e os países do norte da Europa até nove dias de viagem.

A China planeja estas viagens pelo Ártico para o período de verão e diz querer conciliar questões do "desenvolvimento comercial com a proteção ambiental, sabendo que o assunto atrai constante e grande atenção da sociedade internacional".

Assim, a geografia do capital (mesmo que de estados) segue inovando tanto na geração de riquezas, quanto no uso dos territórios, mares e oceanos para interligar com menos custos e maior produtividade, os locais de produção e de consumo em diferentes pontos do planeta.

Resta saber os limites e os ganhos para toda a sociedade diante de toda esta reestruturação produtiva que faz com que a etapa de circulação (logística) se reduza em termos de custos e tempo na ligação entre os diferentes espaços mundo afora. A conferir!

Nenhum comentário: