domingo, outubro 11, 2015

Os "serviços sofisticados" nos tratados de livre comércio

Os tratados de livre comércio que os EUA puxam, além de proteger as chamadas "propriedades industriais", pretendem liberar o comércio de serviços que cada vez mais são embutidos nos bens industriais.

Segundo os dados do setor, os serviços já chegam a 50% do total do comércio mundial. E tendem a avançar muito mais. Assim, os serviços sofisticados foram sendo agregados a produtos industriais. Estes passaram a ter menos valor e na cadeia global podem ser feitos em diferentes pontos do mundo.

São pouca e muito controladas as marcas. Por isto se vê a preocupação com a questão da "propriedade industrial". Com ela o Japão não teria chegado onde chegou. É como diz o coreano Ha-Joon Chang, autor do livro "Chutando a escada".

Para exemplificar o caso dos serviços sofisticados e a questão tributária embutida entre a produção industrial e os serviços sofisticados, saibam que a tarifa média que incide sobre a produção industrial do IPad, da Aplle, corresponde a cerca de 7%. Já os demais 93% incidem sobre os demais serviços como licenças, software, marketing, marca, etc. Isto explica a ideia de liberação dos mercados e controle das marcas e proteção sobre a propriedade industrial.

Quem quer subir a escada da ascensão social e do estado de bem-estar- social (welfare-state) precisa romper esta lógica de aprisionamento da periferia e manutenção do status quo, que desvaloriza os recursos naturais, controlando seus fluxos.

A Economia Global é simples, sofisticados são os mecanismos de acumulação que o centro impõe à periferia. É preciso união para romper o establishment.

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