terça-feira, outubro 27, 2015

E seguem as negociações corporativas no Brasil

Com o câmbio favorecendo, as fragilidades das empresas de engenharia no Brasil e, especialmente, as expectativas relativas à produção de petróleo no Pré-sal, após a crise dos baixos preços, as corporações estrangeiras seguem em seus negócios no Brasil. Estas corporações estão de olho no pós-crise, onde os projetos de melhor estruturado e de maior produtividade levarão vantagens.

A recém instalada Câmara de Comércio Holanda-Brasil do Rio de Janeiro está promovendo hoje no Rio de Janeiro, um evento reunindo empresários brasileiros e holandeses que deverá reunir num jantar 30 executivos ligados à indústria offshore.

O Diretor-executivo Maarten de Haan da Câmara de Comércio Holanda-Brasil do diz que trabalha com três objetivos principais: trazer mais empresas holandesas para o Rio; abrir redes de negócios para companhias daquele país que já atuam aqui e auxiliar os empresários brasileiros com interesse em investir na Europa. Para Maarten, “as empresas holandesas enxergam com otimismo as perspectivas da indústria naval brasileira e esperam firmar novas parcerias no país”. (Matéria do JB Online. O grifo é do blog)

Entre as empresas holandesas do setor que já fazem negócios no Brasil estão a Shell, Boskalis, Ampelmann, Heerema, SBM Offshore, Porto de Rotterdam, Atlas Professionals e Huisman Equipment entre outras.

Diante das manchetes diárias parece que o país está acabando. Enquanto isto as corporações seguem nas compras, incorporações e fusões. Há quem não queira enxergar o que está em curso. Quase diariamente, posto aqui informações que não são notícias ou são apenas “tijolinhos de pé-de-página” na mídia comercial.

Há um ano estive em atividades de estudos e pesquisa na Holanda e Bégica, mais precisamente em Roterdam e Antuérpia, onde estão os dois maiores portos europeus.
 
Visita do blogueiro em 2-3-4/11/2014 ao Porto de Roterdam 
Por lá, eu pude ver de perto e investigar sobre o maior complexo portuário-industrial da Europa e foi possível observar as complementaridades em alguns setores econômicos que de certa forma estão expressos nestas conversas dos executivos das corporações. Veja aqui uma nota do blog em 2 de novembro de 2014, com comentários sobre Roterdam e a economia holandesa.

Porém, não é preciso ser especialista para perceber o óbvio . Apenas, é preciso identificar com mais acuidade o que se passa nos bastidores do business.

É certo que é preciso investigar e punir os responsáveis pelas ilicitudes, mas parece que a Operação Lava Jato caminha para destroçar e entregar a engenharia nacional, num momento que mesmo de crise seria de investimentos em duas áreas interligadas: infraestrutura e petróleo.

Pois bem, o resultado de tudo isto poderá confirmar o potencial do país, que por “caminhos transversos” passará a ser mais controlado pelas corporações globais. A conferir!

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