sexta-feira, outubro 02, 2015

Ninguém come superávit, mas andam escondendo os números

Ninguém come superávit, mas os números parecem mostrar algo diferente daquilo que os "sardenbergs" e demais "colonistas" vociferam diariamente na mídia comercial.

Há problemas. Vários. A pressão do sistema financeiro e dos "mercados" é enorme para capturar o governo e operar seus lucros e suas gordas acumulações.

Porém, convenhamos, o superávit comercial (balança comercial) de setembro beirou os US$ 3 bilhões e é a maior nos últimos 4 anos. Lembrando que balança comercial é a relação entre exportações e importações.

As exportações superaram as compras do exterior, resultando em superávit da balança comercial brasileira, que em número exato foi de US$ 2,94 bilhões no mês de setembro, segundo informou hoje o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

É o melhor resultado para meses de setembro desde 2011, quando o saldo positivo somou US$ 3,07 bilhões. Em setembro, as exportações somaram US$ 16,14 bilhões, com média diária de US$ 769 milhões, e tiveram queda de 13,8% sobre o mesmo mês do ano passado. Nesta comparação, recuaram as vendas de todas as categorias de produtos: semimanufaturados (-12,2%), básicos (-19,6%) e manufaturados (-4,6%).

No caso das importações, que totalizaram US$ 13,2 bilhões em setembro, com média diária de US$ 628 milhões, a queda foi de 32,7% por conta de menores gastos com combustíveis e lubrificantes (-61,9%), matérias-primas (-26%), bens de consumo (-23,4%) e máquinas e equipamentos para produção (-27,4%).

Verdade que a subida do dólar, por especulação (ação ou resultado do mercado) ajudou neste resultado.

Assim, mesmo que com menos exportações, o país operou menos importações, mostrando a força que o mercado interno brasileiro tem e que não deve e não pode ser desconsiderado, na análise deste complexo sistema global em que acabamos cada vez mais inseridos.

Que há pressões enormes sobre o Brasil, ninguém duvida mais. Resta saber, se sairemos deste processo mais ou menos subordinados e dependentes que antes.

5 comentários:

Anônimo disse...

Basicamente, esse resultado resulta da alta do dólar. Mas mostra que a política de câmbio flutuante é a correta. O dólar sobe bastante, mas propicia maiores resultados positivos na balança comercial, que acaba por trazer mais dólar, aumentando a sua oferta no país e, consequentemente, contribuído para o dólar desvalorizar e se estabilizar. Obviamente que esse processo depende também do resultado da Balança de Pagamentos, que envolve todos os fluxos da moeda, incluindo o resultado da balança comercial.

Anônimo disse...

Realmente. Está tudo ótimo.

Roberto Moraes disse...

Os idiotas do mercado continuam os mesmos.

O blog disse na nota: " Há problemas. Vários. A pressão do sistema financeiro e dos "mercados" é enorme para capturar o governo e operar seus lucros e suas gordas acumulações."

Porém, os idiotas do mercado sempre baseados apenas nos seus interesses seguem repetindo a mesma cantilena, apenas interessados em fazer e operar lucros.

Anônimo disse...

E os petistas preocupados em faturar, faturar muito, muito dinheiro mesmo, como nunca antes na história desta país. Não são idiotas, ss petistas são espertalhões , enganadores do povo brasileiro. Publica essa que eu quero ver!

douglas da mata disse...

Roberto,

O ajuste cambial tinha que vir, e os cínicos idiotas e palermas do mercado escondem isso...

Foi assim com fhc, que abandonou a paridade (1 real 1 dólar), só que com uma cruel e significativa diferenã (que os cretinos escondem): o país agora não quebrou e ao invés de U$ 17 bi de reservas tem U$ 370 bi...

Se o governo dirigiu ou não essa guinada, é impossível dizer, mas o fato deve ser considerado da seguinte forma:

O nível de reservas continua alto, o que demonstra que o governo mantém boa parte da iniciativa no "controle" do câmbio flutuante, veja:flutuante e não livre... só imbecis advogariam um câmbio "livre", porque de verdade, em se tratando de sistema capitalista o Estado está presente em tudo, e o capitalismo não sobreviveria sem um Estado obediente...e rentista.

Os resultados da alta do dólar, com reflexos inflacionários, tendem a se acomodar...Se as medidas lançadas no ano passado e retrasado com vistas a implantação de uma política industrial alcançarem essa "janela cambial", daqui a pouco o setor de exportações vai começar a dar as respostas (emprego e renda).

Grandes economias têm que conviver com taxas de inflação aceitáveis, menos danosas que a inércia econômica com altas taxas de juro. Por isso os EUA e Japão, e Alemanha andam vegetando há anos...

Era preciso estagnar o Brasil, que vinha com mercado em expansão, um dos últimos do planeta com esse potencial, reserva de petróleo e alta tecnologia para exploração, expansão dos serviços públicos, como vagas em universidades, cursos técnicos, etc...e maior mobilidade social (40 milhões de pessoas) em período mais curto da História capitalista (10 anos)...

Não é à toa que desmontaram as gigantes como Odebrecht, Petrobrás, etc...e agora tentam sufocar o BNDES (como sempre quis o Chicago Boy Armíonio Fraga).

Não é à toa que os colonistas e sua legião de cretinos martelam todos os dias na "crise", mesmo estando o país solvente, com reservas e sentado no maior bônus energético do planeta (pré-sal). O IED (Investimento Externo Direto) não parou de crescer...

O jogo não é para esse idiotas entenderem...

Lógico que a presença de um bradesco-boy na Fazenda é sinal de hegemonia da ortodoxia, mas o fato é que, ainda assim, a política submete essas diretrizes, como fez Lula com Palocci, e como fará Dilma no tempo certo...se o golpe não vingar, é certo.

Por isso juntaram o ataque econômico com o ataque a base política do governo (PT).

Por isso o desespero pelo golpe, meu caro, eles sabem que a tendêncé e de recuperação, e enxergam o país como um pedaço de carna para ser devorada pelos canibais do mercado.


Vamos seguindo.