domingo, agosto 18, 2013

Portaria fechada há mais de dois meses na localidade que empresta o nome ao porto do Açu prejudica a comunidade que se vê como quintal


A comunidade de aproximadamente 2 mil moradores que empresta o nome ao empreendimento do Porto do Açu convive há mais de dois meses (confira a data de 10-06-2013 na foto) acima com a portaria que dá acesso ao porto e às obras do estaleiro fechada.

A entrada pela portaria principal, agora, única do empreendimento, exige a circulação de aproximadamente 40 quilômetros, quase a mesma distância para os trabalhadores que veem de Campos, ou da sede do município de São João da Barra.

Como a entrada "principal" fica mais acessível pela BR-356 entrada de Caetá, ou de Cajueiro, os moradores do Açu dizem que ficaram com o nome no empreendimento e alegam que os tratam como sendo apenas um quintal, abandonado.

Reclamam este descaso dos empreendedores, não aceitam o argumento de economia com apenas uma equipe de vigilantes de uma portaria e também reclama do abandono do poder público municipal que não se mobiliza por uma reversão da decisão além de não atender outras demandas da comunidade.

Assim, reclamam os pequenos proprietários rurais que foram desapropriados de forma violenta, muitos sem ainda terem recebido os valores "impostos" (que também são questionados) e também aqueles da comunidade que se organizaram para buscar algum retorno com o aumento da circulação de pessoas, que no auge da contratação de pessoas teria chegado a mais mil pessoas que ficavam em alojamentos ou em casas alugadas, hoje, tudo vazio.

As obras de implantação do porto e da unidade de construção naval (estaleiro) que chegou a ter mais de 4 mil trabalhadores, hoje estima-se em algo em torno de 700 trabalhadores.

Restaurantes e outros pequenos comércios da localidade sofrem barbaramente pela redução do movimento e pelos débitos deixados pelas empresas terceirizadas que foram embora da região e alegaram dificuldades de honrar seus compromissos, por também não terem recebidos seus créditos de quem os contratou.

Desta forma, a comunidade reclama que ganham os que sempre ganharam e perdem os que sempre perderam.

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