quinta-feira, agosto 15, 2013

Entrada de grupo americano no Porto do Açu sinaliza interesse em nosso pré-sal

Há que se apurar melhor os interesses do grupo EIG Global Energy Partners que atua em projetos de energia e infraestrutura com a aquisição de participação no projeto do Porto do Açu. Porém, alguns fatos já sinalizam para este interesse.

A visita do vice-presidente americano ao Cenpes e à presidente Dilma foi divulgada amplamente pela mídia assim: "vice-presidente americano visita o Brasil de olho no pré-sal". (veja aqui)

Na ocasião, o vice-presidente Joe Biden disse que pretendia "discutir formas de aprofundar nossa parceria econômica e comercial e ampliar nosso envolvimento em uma ampla gama de temas bilaterais, regionais e globais que conectam os dois países".
A próxima rodada dos leilões da ANP, incluindo o pré-sal está próximo. Foi marcado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para o mês de outubro, tendo como principal atrativo o campo de Libra, que embora seja localizado na Bacia de Santos, está no litoral fluminense, assim como potenciais reservas do pré-sal (veja no mapa ao lado).

Diretores do grupo EIG possuem grande experiência no setor de exploração de petróleo no mar, em Houston, no Golfo do México. A página da EIG na internet mostra uma plataforma de produção de petróleo offshore (veja abaixo).













O mapa abaixo da EIG já localizava as áreas de interesse (perspectiva) global da EIG situando o Rio de Janeiro entre outras partes do mundo.

























Os americanos republicanos ou democratas sabem o valor da energia e do petróleo nas relações internacionais e na geopolítica do poder. Coincidência ou não na segunda-feira (véspera do anúncio do acordo entre o grupo EBX e a EUG) o secretário de Estado norte-americano visitou o Brasil, o Itamaraty e a presidenta Dilma. Apesar do assunto que veio à tona ter sido a questão do monitoramento das agências de segurança americanas às nossas telecomunicações, não é difícil imaginar que outros temas podem ter sido tratados.

Ainda no site da empresa está informado que o grupo investiu, em julho de 2012, no gasoduto que transporta gás da Bolívia para o Brasil. Este investimento está entre os cinco projetos que o grupo destaca em seu portfólio no setor de energia.

Enfim, as investigações e informações ainda são preliminares, mas, reforçam a hipótese já percebida em diferentes oportunidades sobre o interesse americano para se aproximar da produção de petróleo e gás desta nova fronteira energética brasileira.

PS.: Atualizado às 01:44: A EIG não é um grupo executor ou operador de projetos e sim um fundo articulador de capitais e investimentos. O EIG tem entre seus clientes, onde capta recursos, fundos de pensão, companhias seguradoras, fundações, fundos soberanos nos
EUA, Ásia e Europa.

Em maio deste ano, o presidente do EIG, Blair Thomas, disse no Rio de Janeiro, onde veio participar do evento, Accelerate Oil & Gas 2013, nos dias 21 e 22 de maio, no Rio de Janeiro, que “o Brasil reúne diversas oportunidades de investimentos e para ampliar a presença abriu um escritório no Rio de Janeiro". A EIG "está focado prioritariamente em projetos da Petrobrás, tem participação direta em algumas empresas de capital brasileiro, sendo uma delas a Sete Brasil com 7%".

A EIG Global Energy Partner e um fundo que possui US$ 10,4 bilhões para investimentos. Na oportunidade, Blair Thomas que também é do conselho de administração da EIG insistiu que veio demonstrar interesses específicos em projetos da Petrobrás. No evento abordou a “Evolução dos Mecanismos do Sistema Financeiro para facilitar acesso ao Crédito a recursos disponibilizados em Óleo&Gás – Novos Modelos”.

PS.: A Sete Brasil é um consórcio organizado pela Petrobras para agenciar as demandas que possui para a indústria naval de construção e montagens de plataformas, sondas e outras embarcações para atuar no setor de exploração de petróleo offshore.

7 comentários:

Anônimo disse...

Agora a Sete Brasil tem caminho livre para absorver a OSX.

Anônimo disse...

Se o interesse é esse (o pré-sal), que venham os americanos.

Se as empresas nacionais não conseguem gerar desenvolvimento e empregos, que sejam as estrangeiras.

Qual o problema? O pré-sal será explorado pelo regime de PARTILHA. A Petrobras estará lá, obrigatoriamente. E já foi criada outra estatal (A Pré-sal Petróleo S/A) para administrar tudo do pré-sal.

É melhor uma estrangeira assumir o Porto do Açu do que deixar aquilo tudo abandonado.

Vai esperar apenas capital nacional para explorar o pré-sal? Não vai sair nunca!

O próprio fracasso da OGX já mostra que explorar petróleo no mar não é brincadeira. Não é para qualquer um. Mostra que é um setor estratégico e que o Estado tem que se fazer presente. E para o Pré-sal, o Estado estará atuando, e ganhando, pois o regime será de PARTILHA.

Anônimo disse...

** Agora indo para a LLXL3. O Eike estará reduzindo sua participação de 54% para 21%. Pelo equivalente a R$ 1,3 bilhão e passa para EIG o controle do porto. Assim como as dívidas e tudo o mais.

R$ 1,20 é o preço que a EIG se propôs a pagar pela subscrição, não é o preço justo da empresa, uma vez que o preço do ativo tende a permanecer acima dos R$ 1,20 para favorecer a subscrição. O porto da LLX, agora tem um novo controlador. Que é dona de 7% da Sete Brasil, empresa que já mostrou interesse pelas instalações e operações da OSX.

Anônimo disse...

Mudando o assunto...
Percebi que está sendo executados serviço de sondagem em alguns pontos da ciclovia. Seria algo relacionado ao aeromóvel?

Anônimo disse...

Professor tenho acompanhado desde o inicio do anuncio da construção do complexo do sr. X na região um misto de alegria e ponderações sensatas e razoáveis sobre o empreendimento. De um lado a mídia e blogs que junto de seus aliados políticos e empresários tentam faturar em cima do empreendimento e de outro lado os Blogs e pessoas que procuram ponderar por experiencias técnicas que é preciso alinhar desenvolvimento com qualidade de vida e no meio uma população com poucos conhecimentos do que realmente este projeto poderia impactar em suas vidas, deu no que deu. Todo mundo sabe que não é possível fazer omelete sem quebrar ovos mas todo mundo sabe que é possível primeiramente discutir com a sociedade como e de que maneira quebrar estes ovos não a toque de caixa como foi feito. Sabemos que o capital é voraz e não tem tempo, mas também sabemos os destroços que um mega projeto panejado pelas coxas causou a região. A alguns que dizem agora que tudo esta sacramentado que venham os gringos com sua competência para tocar o negocio pra frente. Pera la, não era o sr, X o rei inteligente do pedaço? Não o sr. X é passado, agora os gringos e que são os midas. Desde quando os gringos dividem interesses? Gerar empregos é claro vão gerar, mas os lucros, os lucros deixarão obstáculos sociais da população regional ou meio ambiente serem empecilhos para seguir em frente? Bem para os que acham que o negocio esta sacramentado se esqueceram dos outros envolvidos os credores, ou sera que alguém acha que os credores: bancos da união e e bancos privados mais fornecedores também não tem interesse no evento. Só pra clarear a cabeça dos que acham que esta tudo resolvido a Usina sapucaia por conflitos de interesses judiciais só agora depois de um bom tempo começa desenrolar a ação de seus novos controladores.O que aconteceu ontem como é de praxe a qualquer empresa que participa do mercados de ação é a comunicação a possível transferência de controle para um novo e possível controlador. Como vemos a sociedade civil mais nossos técnicos em todas as áreas pertinentes a este empreendimento tem tempo para apresentar e cobrar soluções que foram atropeladas ate aqui neste evento e que fiquemos de olhos bem abertos para o real interesses dos gringos como bem explanou sua postagem.Como corretor deveria estar feliz pois estes eventos sempre trazem lucros ao ramo imobiliário, mas como ficar feliz sabendo que amigos, parentes e uma população humilde mas de índole exemplar esta sendo massacrada em proveito de muitos, acho que o bônus também tem que ser dividido com eles e com a região. Francisco

Anônimo disse...

Sem a duplicação da BR 101, NADA vingará no Açu. E nem em Barra do Furado.

Anônimo disse...

Polvo, operado pela BP, e Tubarão Martelo, pela OGX, passarão por processo de unitização


A ANP se prepara para analisar o primeiro processo de individualização da produção no país entre operadores privados. BP e OGX finalizam em segredo os dados que serão apresentados à agência reguladora no Acordo de Individualização da Produção (AIP) dos campos de Polvo e Tubarão Martelo, na Bacia de Campos.

A apresentação do acordo foi determinada pela ANP no processo de aprovação do plano de desenvolvimento de Tubarão Martelo, que vai demandar investimentos da ordem de US$ 1,55 bilhão até 2017. O desenvolvimento da produção da área indicou que o reservatório do campo da OGX se estende até Polvo, operado pela BP.

Nenhuma das duas empresas fala sobre o assunto. Entretanto, a Brasil Energia Petróleo & Gás apurou com fontes que o reservatório de Tubarão Martelo, que tem 285 milhões de barris recuperáveis, estende-se em uma pequena proporção para a área de Polvo - algo em torno de 2%. Esse baixo percentual estaria inclinando a BP a abrir mão, em favor da OGX, da parte do reservatório que está em Polvo. Essa decisão, inclusive, já teria sido comunicada à ANP.

O processo não deve atrapalhar o primeiro óleo de Tubarão Martelo, previsto para ser produzido até o fim deste ano. O FPSO OSX-3, que será responsável pela explotação da área, deve chegar ao país em setembro.

O sistema de produção prevê, além do FPSO, a instalação de uma plataforma fixa. Dos 15 poços previstos para o desenvolvimento da produção, 12 dos quais produtores e três injetores de água, quatro deles, produtores, terão completação submarina, sendo ligados diretamente ao FPSO e completados com árvores de natal molhadas. Os outros 11 terão completação seca, na plataforma fixa.

O OSX-3 terá capacidade para processar 100 mil barris/dia de óleo e comprimir 1,5 milhão de m3/dia de gás natural. A unidade ficará ancorada em lâmina d'água de 105 m.