domingo, setembro 23, 2012

Em 1880, defesa do acesso à terra para garantir maior produtividade na agricultura em Campos

O assunto da questão da reforma agrária e do acesso à terra parece novo, mas, em 1880, no Almanak Industrial, Mercantil e Administrativo de Campos, organizado pelo João Alvarenga já trazia opiniões  interessantes de serem repercutidas 130 anos depois.

Nas páginas 129, 130 e 131 (veja abaixo), o autor faz uma breve análise sobre o  "Commercio" local e sobre a Industria onde emite sua opinião sobre a importância das terras próprias sobre a condição do trabalho escravo e do trabalho assalariado.

Ao falar sobre a produção agrícola, o autor defende a cessão ou venda da terra para quem nela mora, para que uma maior produtividade possa ser obtida. Alvarenga também cita exemplos de produtores de São Gonçalo (hoje Goitacaes) e São Sebastião em Campos que progrediram nesta condição.

É evidente que a posição àquela época não era da maioria, e muito menos unânime, mas, o interessante é ver a confirmação de que o debate já existia, embora, a luta da posse da terra, continue hoje, tão viva quanto nos longínquos anos de 1880.

É certo que este documento já deve ser de conhecimento de muitos historiadores, mas, talvez, pouco divulgado. Nesta ótica, vale a sua conferida lendo estas três páginas do Almanaque que a Hemeroteca Digital possibilitou ao blog trazer o assunto para conhecimento de debate de um número maior de pessoas, e mesmo pesquisadores.

Certamente muitos poderão sorver melhor este almanaque como base para investigação de muitos outros temas das duas últimas décadas do século XIX, exatamente, nos anos que antecederam a Abolição da Escravatura e da Proclamação da República.




Um comentário:

Anônimo disse...

É triste ver q tudo continua igual. Até o alface q comemos, provavelmente, vem de outro estado!