quarta-feira, setembro 19, 2012

Petrobras oferece 6,5% e petroleiros defendem greve de advertência na próxima 4ª

Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Petrobras não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria. A estatal ofereceu hoje reajuste de 6,5% e a FUP quer 10% de reajuste.

A proposta da Petrobras vai ser levada à assembleia dos sindicatos ligados à FUP, com recomendação de rejeição. A FUP ainda propõe uma greve de advertência de 24 horas no dia 26 de setembro. A FUP engloba 13 sindicatos, entre eles o Sindipetro-NF.

6 comentários:

Anônimo disse...

Professor, creio que esta informação da forma como está colocada induz ao equívoco. Este índice de 6,5% é sobre uma parte do salário (RMNR) e sobre outra parte incidiu o índice 5,24% (básico) que "somados" dão um valor de 0,9 a 1,3 % de aumento real. A se comparar com outras categorias o aumento é pífio. Em se tratando dos petroleiros, que não são melhores que qualquer outra categoria, mas sempre arrancam aumentos melhores na base de muita luta, esse valor que a Petrobrás repassa é ridículo. Saudações classistas, Leonardo Ferreira!

Roberto Moraes disse...

Valeu Leonardo.

Sua informação complementa e esclarece a questão evitando assim, esta interpretação.

Sds.

Luiz Augusto Andrade Pessanha disse...

Com 10% de aumento, ano a ano, creio, a cada 7 anos, dobra-se o salário. Que categoria no Brasil tem as vantagens indiretas que tem a categoria petroleira? Poucas ou nenhuma, creio. A Petrobras paga 90% da mensalidade da creche dos filhos dos seus funcionários, percentuais mais baixos para outras fases da criança na escola.
Estamos saindo de um período de grandes paralisações de funcionários públicos. Somadas, as reivindicações das categorias batiam na casa dos 95 bilhões de reais no orçamento. Essa é a conta que a Dilma teve que fazer, não que não mereçam, mas que não era possível conceder.
A presidente tem que governar para todos, o funcionário público tem que ser valorizado? Tem. Mas ela tem um orçamento a ser gerido, e o acréscimo na arrecadação tem muitos destinos, como o incremento do investimento federal na infra-estrutura brasileira.
No caso da Petrobras, com a necessidade da ampliação dos investimentos na exploração, e também com a defasagem nos preços dos combustíveis, mesmo tendo seu próprio orçamento dificulta bastante a concessão de aumentos maiores.
Não dá para, a cada ano, as categorias colocarem a faca no pescoço da presidente. Será que a categoria petroleira está com saudades de FHC, que dividiu a Petrobras para facilitar a sua privatização? Se os funcionários públicos continuarem, nos dissídios, a encurralar o governo, pode ser que queiram, mesmo que de modo inconsciente, a eleição em 2014 do playboyzinho das alterosas, que por enquanto, cambaleante, distribui notas de cem reais aos garções no Leblon e foge dos bafômetros no Rio de Janeiro.

Luiz Augusto Andrade Pessanha disse...

E pra reforçar o que disse, me esqueci da PL, a desejada participação nos lucros, sonho de muitos, conquista de poucos. Quantos trabalhadores privados não gostariam de receber a PL que os petroleiros da Petrobras têm?

Ricardo P-08 disse...

Sr. Luiz Augusto, és um desinformado, os trabalhadores da BR tem mais de 50 % de perda salarial com o passar dos anos, noto que o Sr. deve ter algum trauma para com os trabalhadores da BR, seria inveja ou algo parecido? Porque não cita em seu comentario o risco iminente que se sofre em deslocamentos através de helicopteros, navios, sondas, rebocadores, além de se passar 14 dias em cima de uma bba relógio,
além de varias vezes ainda ter que passar por constrangimentos a bordo, etc. Se oriente Sr. Luiz, se oriente...!

Luiz Augusto Andrade Pessanha disse...

Sem querer polemizar, respondendo ao Ricardo P-08, das 11:01 AM, antes de mais nada, quero esclarecer que sou um defensor do serviço público, não só da Petrobras, como também da Caixa, BB, BNDES, etc., etc., etc.(embora possa parecer o contrário). Fiquei muito feliz quando o grande LULA aumentou a fatia estatal da Petrobras na sua recente capitalização na bolsa de valores de São Paulo. Sou obrigado a reconhecer que você tem razão: sou um desinformado, não sei quanto cada um de vocês ganha como ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. Acredito que deva ter uma gradação para isso, quanto mais perigosa a função, maior deve ser esse adicional. Agora, não agrida a minha inteligência, falar de todos esses riscos que corre o funcionário da Petrobras, dessa tal bomba relógio... Isso é óbvio, inerente à profissão e a função de cada um dentro da empresa. Quando se tenta ingressar na empresa, sabe-se os riscos que passarão (menos os danos psicológicos, superação ou não da distância da família, filhos). Com relação ao trauma que eu teria, não seria trauma,e sim, medo de altura. Ademais, não teria a competência de passar no concurso público que você passou. Isso não me impede de ter a certeza de que não se repõe perdas numa penada só. Constrangimentos não se reparam com salários, e sim com processos judiciais. Pra que servem os advogados do Sindipetro? Insisto: a categoria petroleira sabe que quando para, para o país, com altos prejuízos à todos, chegando a ser um pouco de chantagem. Sou a favor do instrumento da greve, mas com determinados limites. Já imaginou os petroleiros parando por tempo in determinado? Quem sabe sendo funcionário da Shell, Chevron, etc. os descontentes petroleiros não sejam melhor tratados e melhor remunerados? Shell aliás que caminha, com a inestimável ajuda dos petroleiros públicos, a vir a ser, num futuro próximo, proprietária da Petrobras (Petrobrax para o PSDB). O candidato do PSDB para 2014 se refere à Petrobras como PTbras. Já imaginou o que não virá pela frente, pós 2014, com a mídia golpista emplacando um candidato, depois de três derrotas seguidas? Quem viver, verá. Só não espero ver isso acontecer com a ajuda poderosa dos funcionários públicos.