domingo, dezembro 16, 2012

Eduardo Campos e a oferta do PT

A matéria "Eduardo Campos deixará governo para disputar em 2014 - Lula será o emissário da proposta petista de apoio em 2018 em troca de recuo em 2014" de autoria do jornalista Murillo Camarotto foi publicada, na última quinta-feira, no Valor Online e merece ser conhecida por quem acompanha as articulações que desembocarão em 2014:

"Eduardo Campos deixará governo para disputar em 2014"

"Fortalecido pelo bom resultado de seu partido nas eleições municipais deste ano, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), já decidiu que irá se desincompatibilizar do cargo em abril de 2014 para deixar aberta a possibilidade de se candidatar a "alguma coisa". As maiores chances são para uma disputa à Presidência da República, mas concorrer ao Senado ou até mesmo à Vice-Presidência não são hipóteses totalmente descartadas.

A cautela do governador em assumir qualquer posição deve-se à miscelânea de cenários que ainda podem interferir no processo, especialmente os ligados à consistência do governo da presidente Dilma Rousseff. Ontem, por exemplo, um petista com trânsito no Palácio do Planalto revelou que setores do PT já estariam considerando a possibilidade de o partido abrir mão da cabeça de chapa na eleição presidencial de 2018. A estratégia, segundo a fonte, teria o objetivo de conter o ímpeto de Campos para 2014.

Ao pernambucano, seria oferecida a candidatura governista à sucessão de Dilma em troca do apoio à presidente em 2014. A questão, alertou o dirigente, deverá enfrentar resistência entre os petistas, o que demandaria a intermediação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa "reciclagem" do PT, na avaliação considerada por uma ala do partido, seria importante para amadurecer o projeto político partidário. "O exercício do poder desgasta qualquer partido", avaliam reservadamente alguns integrantes da legenda.
A possibilidade de "troca" com o PT ainda não havia sido apresentada a Campos. De acordo com pessoas próximas a ele, o sentimento no Recife é de que sua candidatura ao Planalto já está sendo construída e que a oficialização se dará naturalmente, sem solavancos. "Ele será carregado", definiu uma fonte no Palácio do Campo das Princesas, sede do Executivo pernambucano."

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