quinta-feira, junho 09, 2016

Troca de turma de flotel da Petrobras feita ontem no Porto do Açu

Uma fonte informou ao blog que foi realizada ontem, no Porto do Açu, a primeira troca de turma no navio "Aquarius Brasil", flotel que foi rebatizado com o nome de Cidade de Carapebus (embarcação de apoio para hospedagem, uma espécie de hotel flutuante) que presta serviços para a Petrobras.

Normalmente, este tipo de embarcação (flotel) serve para acomodar trabalhadores que realizam manutenção nas plataformas, o que aumenta o contingente de pessoas embarcadas e assim demanda acomodação extra, durante o período que acontece a manutenção.

O flotel Cidade de Carapebus pertence à empresa Pegasus Offshore e presta serviços à Petrobras.

O flotel Cidade de Carapebus é uma unidade que iniciou suas atividades em 2013 e se apresenta com um centro móvel e integrado de gestão e execução do de projetos de instalação e manutenção de ativos offshore. O Cidade de Carapebus oferece oficinas, espaços de armazenamento, escritórios, quartos e áreas de recreação e reuniões e alojamento para até 450 pessoas, incluindo a sua própria tripulação e pessoal de restauração. Está equipado com guindastes junto ao mar, gangway telescópica, logística flutuante e heliponto.

O flotel foi desacoplado da plataforma P-18, que atua no campo de Marlim na Bacia de Campos, às 19 horas da última terça-feira (07/06), chegando ao Porto do Açu às 04:00 da manhã. Atracou às 05:30 de ontem (quarta-feira, 08/06) no terminal da Edison Chouest no Porto do Açu.

A turma de trabalhadores, muitos da empresa Elfe Óleo & Gás Operação e Manutenção S.A, desembarcou, foram vistoriados e em seguida embarcaram em cinco ônibus que os levaram até à Rodoviária do Shopping Estrada, em Campos. 

A turma de trabalhadores que embarcou no flotel Cidade de Carapebus, fizeram a pesagem e vistoria da bagagem no Heliporto do Farol e depois seguiram nos mesmos cinco ônibus para o Porto do Açu, onde a embarcação foi abastecida de combustível, recebeu rancho (alimentação) e água. Partiu ontem (08/06) à noite com destino à P-26, que também atua no campo de Marlim na Bacia de Campos.


O Porto do Açu amplia o Circuito Espacial do Petróleo do ERJ
Este tipo de movimentação de cargas e trabalhadores tende a aumentar no Porto do Açu, mas como se trata de equipes de manutenção, ela não tem a regularidade dos embarques das equipes que atuam de forma permanente nas plataformas e que são transportadas até às mesmas por helicóptero. 

Outro flotel que presta serviços na exploração offshore da empresa GranEnergia também já usou o terminal do Açu. Este tipo de movimentação é característica das bases portuárias de apoio à exploração offshhore. 

Veja aqui postagem do blog em 28 de fevereiro de 2016 "Porto do Açu espicha o "Circuito Espacial do Petróleo" no litoral do ERJ e mira o próximo "ciclo petro-econômico" em que o blog analisa este processo econômico-espacial ligado à exploração de petróleo no litoral fluminense.

A Prumo Logística Global, dona do Porto do Açu que é controladora pelo fundo de investimentos americano EIG, hoje possui além do Terminal 2 (T2), onde está a base de apoio à exploração offshore, extensa área para arrendamento no mesmo terminal que atendem a empresas que fabricam alguns materiais usados nesta atividade (Technip, Nova). Através do Terminal 1 (T1) realiza exportação de minério de ferro, onde também realizará transbordo de óleo, terminal de óleo (T-Oil). Na entrada do T2 possui ainda o terminal Multicargas (TMult). 

Além disso, a Prumo tenta viabilizar acesso à alimentação de gás natural produzidos nas bacias offshore, ou obtê-lo, sob a forma de LNG (gás liquefeito), para reaver a ideia de geração de energia elétrica, através da instalação de uma Usina Termelétrica (UTE).

Assim, a Prumo pensa em efetivamente, colocar em funcionamento, o Distrito Industrial de São João da Barra (DISJB), fornecendo área, energia e logística para movimentação das cargas, que só será efetivamente ampliada, quando o projeto da ferrovia ligando o Açu, ao litoral do ES, ao Norte e ao Porto de Itaguaí, ao sul, na área metropolitana do ERJ for construída.

A ferrovia oferecerá a multimodalidade de transportes, além da interligação a outros portos, incluindo o de Macaé e, outros centros de cargas da região Sudeste, considerando a ligação do Porto de Itaguaí com o Porto de Santos e ao interior de Minas Gerais. Seguimos conferindo.

2 comentários:

Manoel Ribeiro disse...

Enquanto isso, no Texas: http://www.rigzone.com/news/article.asp?a_id=144944&utm_source=WeeklyNewsletter&utm_medium=email&utm_term=2016-06-10&utm_content=&utm_campaign=feature_2

GE anuncia corte de centenas de empregos no setor e oleo e gás.

Anônimo disse...

É a duplicação da BR 101 no trecho Rio/Campos? Sem essa duplicação os planos para o Porto do Açú ficaram prejudicados.
Continua demorado muito a conclusão da duplicação .
Aliás, porque não vão liberando os trechos prontos? Penso que a cada 5 km de duplicação prontos, poderia ser liberado para os usuários, que pagam os pedágios.

Pelo que entendi, no Espírito Santo a duplicação da BR101, que será feita por outra concessionária, se dará por partes, de 5, 7 e 10 km, que serão entregues para os usuários assim que forem concluídos.