segunda-feira, junho 20, 2016

Rússia busca parcerias com empresas brasileiras com experiência em exploração de petróleo offshore

Por aqui desvalorizam a expertise e competência da Petrobras, mesmo com os vários prêmios internacionais, especialmente aqueles ligados à inovações tecnológicas, usadas no ambiente de exploração offshore. Porém, o reconhecimento existe, mas é pouco comentado.

O ditado diz que quem desdenha quer comprar. Por aqui, parece que os entreguistas desdenham não para vender, mas para entregar. A matéria abaixo está aqui no site da Firjan.

A Rússia junto com a Arábia Saudita e os EUA são os três maiores produtores de petróleo na faixa dos 10 milhões de barris por dia. A Rússia tem hoje, mesmo com a fase de baixos preços do barril de petróleo cerca de 50% de seu orçamento vinculado às receitas com a exploração de petróleo e gás.

A busca de tecnologias para exploração offshore, é uma confirmação de que estas novas fronteiras exploratórias ter]ão sua importância aumentada, em termos de reservas. Vale conferir:

"Rússia busca parceria com empresas fluminenses para exploração offshore"

"Décima maior economia mundial, de acordo com o Banco Mundial, a Rússia tem na indústria petrolífera uma de suas mais importantes atividades. O país é o maior exportador de gás natural e o segundo maior exportador de petróleo do mundo. Para apresentar as oportunidades que esse mercado oferece às indústrias do estado do Rio, o Sistema FIRJAN recebeu representantes da empresa Gazprom Neft para uma primeira reunião de negócios com integrantes do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Federação.

A Gazprom Neft é a companhia de petróleo da Gazprom, maior estatal russa de energia. A empresa atua no Oceano Ártico, em uma região que detém 22% de todas as reservas de petróleo e gás do mundo.

Um de seus principais projetos, que pode possibilitar negócios com fornecedores fluminenses, está no campo de óleo Prirazlomnoye, onde construíram a primeira plataforma offshore fixa russa, em 2013. A área possui 500 milhões barris de petróleo de reservas recuperáveis. A empresa também busca expandir sua atuação no mundo, considerando a aquisição de blocos exploratórios no Brasil.

“Na Rússia não houve diminuição da demanda por petróleo. Pelo contrário, precisamos dele cada vez mais. Por isso, estamos em busca de parceiros para desenvolver nossas atividades no Ártico. Queremos conhecer as soluções tecnológicas que existem no Brasil, especialmente no estado do Rio, que tem experiência offshore”, explicou Ralif Gilfanov, vice-diretor geral do departamento de Operações da Gazprom Neft.

Demanda nas áreas de segurança e reparo de plataformas
Segundo Gilfanov, uma das demandas mais importantes da empresa é por sistemas de segurança de produção, já que a área do Ártico é altamente sensível a impactos ambientais e os métodos e equipamentos para extração devem ser projetados para atuarem em ambientes extremos. A empresa também busca tecnologias para sistemas de reparo e manutenção em plataformasoffshore, logística marítima, entre outras.

O encontro também contou com uma apresentação sobre o panorama e o potencial da indústria de petróleo, gás e naval fluminense e a atuação do Sistema FIRJAN para o fortalecimento deste mercado. Principal produtor e detentor de reservas de petróleo e gás do Brasil, o estado do Rio é também considerado um hub marítimo, respondendo por 50% das atividades navais do país.

“O fato de a Rússia estar em busca de soluções para produção e exploração no Ártico, assim como atuar no Brasil é muito interessante para as empresas do estado. Nosso papel como Federação é auxiliar os empresários fluminenses a alcançar outros mercados, fomentando o ambiente de negócios e as parcerias internacionais”, declarou Renata van der Haagen, especialista de Petróleo, Gás e Naval da FIRJAN.

Para Luiz Leão, gerente de Negócio e Industrial da PWR Mission, ao investir em atividades offshore,a Rússia torna-se um mercado que pode abrir muitas oportunidades para a indústria do estado do Rio. “A plataforma da Gazprom Neft no Ártico ainda é embrionária, mas deverão surgir muitas demandas para petróleo a partir desse projeto, e acreditamos que o mercado fluminense é capaz de absorvê-las”, disse.

O encontro foi realizado em 9 de junho, pela FIRJAN Internacional e pela Gerência de Petróleo, Gás e Naval do Sistema FIRJAN, na sede da Federação."

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