sexta-feira, julho 04, 2008
Pra que convenção?
Estão desmoralizando a legislação eleitoral. Ela determina uma data máxima para que os partidos definam seus candidatos, as coligações que vão fazer nas eleições proporcionais de vereador e, oferece aos partidos, um prazo de até cinco dias para registrarem as atas destas convenções com as decisões, assim como a entrega dos documentos de todos os candidatos.
Pois bem, na região isto virou uma verdadeira zona. Os caciques estão decidindo tudo por conta própria. Há até o caso de São Francisco do Itabapoana, onde uma coligação aprovada em convenção está sendo desfeita. Em Campos, depois da segunda-feira, prazo máximo para as definições nas convenções partidárias, novos candidatos surgiram para diferentes cargos, vices estão sendo trocados e escolhidos, etc. Então cabe perguntar: para que a exigência de convenção?
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15 comentários:
Estou co Xacal, Garotinho e Rosinha nunca mais.
Sou PT, sou Arnaldo e Anomal.
O Xacal vai adorar ler o comentário acima... O discurso anti-Garotinho fica muito mais marcado que o anti-Arnaldo, deixando brechas para oportunismos como esse...
A pergunta que não quer calar: desta vez, o inimigo a se combater é mesmo Garotinho? Respostas pragmáticas por favor.
No final da história, apesar das decepções de ultima hora quem acabou ficando forte e equilivrado politicamente foi Rosinha, que ganha espaço na preferencia do eleitorado a cada dia que passa. Pelo menos é o que eu sinto por ai por onde ando em todos os niveis cultural e social.
Melhor assim, pois pelo menos pra alguma coisa esta servindo essas lições políticas que tem nos deixado atordados e envergonhados.
Ps: O inimigo a se combater somos nós mesmos os eleitores.
Jonatha,
sinceramente, e de forma pragmática, sempre acreditei, e acredito, que o "inimigo" era o modelo representado por garotinho/arnaldo...
nunca uma via alternativa esteve tão próxima e representou tanto perigo aos "donos da cidade"...
essa importância talvez tenha passado desapercebida por nós, mas se confirmou nas pesquisas qualitativas, onde o eleitor demonstrou duas coisas:
1-tinha conhecimento da crise;
2-queria algo novo na política...
O que, hoje, me faz ter certeza é a reação das mídias a serviço desses grupos de poder, e dos movimentos políticos em todos os partidos(inclusive dentro do ex-pt) para destruir esse embrião de mudança...
o discurso contra garotinho talvez repercuta mais porque ele utiliza essa mídia, os blogs, para responder através de seus asseclas...
no entanto, se você se der ao trabalho de observar os posts da trOlha vai concluir que o combate é a ambos: arnaldo e garotinho...
desde segunda-feira temos diuturnamente nos dedicado a combater esse adesismo canalha a arnaldo, inclusive com repercussão no diário do garoto...
a hora era de mudança, e infelizmente, nos faltou força e quem sabe competência para operá-la, reconheço...
mas isso por si não justifica aderir a esses grupos que combatemos...
permaneceremos na resistência...toda caminhada começa com o primeiro passo...
eu militei por vinte anos, tentei quatro eleições para eleger um presidente...tenho tempo, paciência e persistência de que na minha terra as coisas vão mudar...
cedo ou tarde, mudarão e eu estarei ao lado dos que contribuiram e construiram esse caminho, e não ao lado de quem tentou dinamitá-lo para manter seus interesses escusos...
Xacal, o problema é que atualmente é muito complicado falar em modelo administrativo para a cidade. O modelo e a corrupção não estão necessariamente atrelados. Por mais que o perfil político dos dois grupos que polarizam as eleições seja muito parecido, não podemos ignorar que o problema imediato de Campos é a "lei de Gérson" impregnada em cada pequena repartição da prefeitura.
Acho que qualquer novo governo (e "novo" aqui é superficial mesmo, apenas "não aliado de Mocaiber")
terá que se apresentar mais transparente, ainda que mais por estratégia política do que por boas intenções de fato. Aí então poderemos discutir projetos e rumos para a cidade. Então caímos na [inserir adjetivo aqui] conclusão de que a vitória de Garotinho pode ser a única solução (viável, importante frisar) no momento...
Não quero defender a tese do "menos pior", meu ponto de vista é baseado simplesmente no pragmatismo inevitável dos momentos de crise.
Jonatha,
Seu raciocínio talvez tivesse mais coerência se fosse aplicado ao segundo turno, e que vc rejeitasse por completo a abstenção intencional (votos brancos) como forma de expressar preferencia. Assim como, obviamente, achar que Garotinho é diferente de Arnaldo.
Para ficar somente na primeira, a alta rejeição dos dois grupos (Arnaldo e Garotinho) tornam quase certa a existencia do 2º turno. Assim sendo, no 1º turno há a possibilidade de expressar o desacordo com a política municipal por meio do voto a um terceiro candidato (que existe).
O argumento de não ter viabilidade eleitoral é ABSOLUTAMENTE falso. Pois, somente terá viabilidade se as pessoas que estão em desacordo não votarem. Dizer que não irá votar por não ter viabilidade é um cinismo inescrupuloso. Uma inversão de causalidade para justificar aquilo que não iria fazer que qualquer maneira. É o mesmo que dizer que não vai a algum lugar por receio da falta! Um oximoro - contradição em termos.
Infelizmente, os dirigentes partidários resolveram atuar com essa falsa lógica. Não obstante, dessa forma, transformaram o que poderia ser um combate ENTRE modelos num combate contra um ÚNICO tipo de modelo (GAROTINHO-ARNALDO).
Assim sendo, Beremiz apoia Odete. Foi a única que se postou contrária ao modelo atual (herdado de Garotinho).
Acredito também que, se as manifestações contra o modelo foram sinceras, deveremos punir aqueles que aderiram - NÃO VOTAR EM QUALQUER CANDIDATO A VEREADOR DESTAS LEGENDAS.
Estou vendo alguns comunistas ou simpatizantes aqui pelos blogs, defendendo a candidatura da professora Odete, nada contra, NEM A FAVOR. Pra ganhar meu voto não basta ser diferente. Acho legal, legítimo e bom para a democracia que ela se apresente como opção a atual polarização, mas isso não é suficiente para se dizer melhor candidata. Tenho minhas dúvidas sobre qual objetivo da candidatura do PC do B, a juventude do PC do B, a UJS lembro me que estava subindo no colinho de Mocaiber, estava mendigando carguinhos num tal conselho da juventude.
Respeito muito o PC do B, em sua história, ideologia, e tradição de um partido que resguarda a memória e reivindica o legado de Prestes.
Mas o PC do B esta preparado para apresentar um programa de governo do tamanho das necessidades de Campos?
A Odete se eleita pretende solucionar como a situação dos contratados? Como vai tratar o sistema educacional do município?
Vai apresentar projetos que visam o desenvolvimento urbanístico?
Como vai gerar empregos em Campos, em especial como irá adaptar a mão-de-obra para ser absorvida no projeto do porto do Açu?
Faço estes questionamentos, com todo respeito que tenho pelo PC DO B, até o momento me parece que Odete esta se candidatando mais pra fazer figuração, e marcar território pro partido do que se apresentando como uma opção viável que busca uma reestruturação da cidade a todos os níveis, e é esse o debate que Campos precisa ter. Vale lembrar que o PC do B nem iria lançar candidato, iria apoiar o do PT caso este lançasse. Portanto sem expectativa da candidatura, já que era o Paulo e outro os únicos que cogitaram candidatar-se pelo PC do B.
Será que ela esta preparada para tamanha empreitada? Ou será que o simples fato dela não estar em um dos pólos da política local, já a mistificam para ser a melhor candidata? Vejo nisso um anseio messiânico que ultrapassa a barreira da racionalidade.
Ressalto também que a Odete não é candidata com concordância plena de seu partido não, assim como no PT a convenção que definiu a candidatura de Odete rachou o PC do B, lideranças falaram em desfiliação após a convenção.
Campos precisa discutir mudanças e desenvolvimento, sem fazer com gosto a defesa da ex-governadora, até o momento a Rosinha é a única que que esta demonstrando preocupação com essa discussão, peço que deixem os preconceitos de lado para perceberem isso. E aos que disserem que estou aqui a mando de alguém, ou tenho um interesse particular, digo que tenho interesse sim, interesse em votar no candidato que julgue melhor, ainda que para isso tenha que enfrentar os maiores preconceitos, que eu mesmo tenho.
Expresso minha opinião aqui como cidadão campista, ciente das barbaridades que acontecem, não omisso e indignado com toda a corrupção, não sendo ingênuo a ponto de acreditar em salvador da pátria ou que Rosinha é o que há de melhor para o município, mas sendo pragmático para perceber que a lógica do "tudo que é de Garotinho é ruin" não mais serve pra Campos, Voto Rosinha sim.
Podem se sentir a vontade para procurar ofensas e desqualificações, pois eu me sinto a vontade dizendo tudo que eu realmente acredito.
Ps:. 1- Não sou inocente para acreditar que Garotinho esta resgatando as raízes e voltando se as origens que o levaram ao Muda Campos de 88.
2- Não descarto a hipótese de votar em Odete.
3- Ninguém é dono da verdade, se quiserem acreditar no simplório argumento de que eu e qualquer um que venha até aqui defender ou expressar sua opção pela Rosinha, seja mais um assecla de Garotinho respeitarei a opinião de vocês, peço apenas que da mesma forma respeite a minha também.
Abraço a todos.
Roberto,
É hora do Blog entrevistar Odete.
Essa sugestão já foi apresentada na rede, não me lembro por quem.
Desculpe me apresentar como anônimo, mas não fará diferença eu me identificar, sou anônimo mesmo.
Em tempo: ser anônimo não significa pouca disposição para lutar contra tudo que está aí (Garotinho/Arnaldo/Ex PT, e outros), mas não vejo, no momento, nenhuma atitude que justifique ou mostre que é hora de arregaçar as mangas.Ainda é hora do debate? Apesar de todos os prognósticos negativos, a luta se faz lutando.
O anônimo acima
Gentem!
Pq. não lançar a chapa Arnaldo/Rosinha ou vice versa?
Assim a roubalheira ficava concentrada e não dispersa, o que covenhamos é muito pior.
Fátima Bernardes
Beremiz, com relação à diferença entre Garotinho e Arnaldo, acho que já deixei claro que é muito pequena, mas aumenta devido ao momento excepcional.
Agora, quanto à viabilidade de uma candidatura alternativa, longe de mim fazer o jogo dos dirigentes partidários. Mas há que se admitir que a chance de formação da terceira via foi perdida, e a candidatura da Odete, decidida na última hora, já começa muito enfraquecida. Esse quadro antecipa o 2º turno, queiramos ou não.
A eleição nunca esteve tão polarizada como este ano, graças à incompetência do PT e do PSDB. Tudo que estou dizendo não faria o menor sentido em 2004 ou 2006, mas agora sim.
Por fim, a abstenção é um ótimo recurso de protesto, mais no dia seguinte à eleição nenhum jornal dará a manchete "Abstenção é o novo prefeito de Campos"... Ou seja, já que alguém tem que ganhar, e provavelmente esse alguém será de um dos dois grupos favoritos, vamos discutir qual seria o melhor resultado, mesmo que este não seja o que queremos ou não tenha nossa participação.
A partir da leitura dos comentários acima, acredito que o jonatha, o xacal, a beremiz e o lucio estão, todos, parcialmente com a razão.
O xacal, muito coerentemente vale dizer, marca radicalmente sua posição contra Arnaldo/Garotinho, e defende, na falta de opção, a alternativa do voto nulo.
No seu entendimento os dois grupos se equivalem por baixo não havendo nenhum motivo para "preferir" um ou outro.
Já para o jonathan, embora Rosinha não seja o ideal, ou seja não represente uma boa opção de fato, entre ela e Arnaldo e tudo que aí está, melhor ficar com ela.
Seu raciocínio baseia-se na compreensão de que tudo que temos é a "polaridade" Rosinha/Arnaldo, o resto não terá viabilidade eleitoral. Ou seja, precisamos nos posicionar em relação a esta polaridade e faze-lo o quanto antes.
A beremiz, por sua vez, vislumbra certo açodamento na posição do jonatha. Ou seja, para ela está discussão que o jonatha antecipa só caberia num eventual segundo turno entre Arnaldo e Rosinha. No primeiro turno, deveríamos pensar melhor na viabilidade de uma outra via que, em sua avaliação, seria a Odete.
Por fim, o lúcio concentra-se na candidatura de Odete apontando importantes questionamentos sobre a viabilidade, não só eleitoral, mas gerencial de um eventual governo Odete.
Um primeiro ponto importante relaciona-se ao nivelamento de Arnaldo e Rosinha. Concordo com o xacal e com o prof. Roberto no aspecto de tratar-se de uma falsa polaridade, uma vez que a práxis política de ambos é a mesma. No entanto, isso não significa que um eventual governo Rosinha seja, administrativamente, idêntico aos governos Arnaldo/Mocaiber.
Talvez seja esse o ponto que o jonatha tenta destacar. Pessoalmente, tenho receio que nosso anseio por mudanças mais significativas na política de Campos anuvie a percepção das diferenças entre Garotinho e Arnaldo que, mesmo sutis, existem.
Acredito que garotinho seja movido por pura ambição de poder político e suas ações orbitam sempre em torno dela. Já Arnaldo me parece um oportunista, que se utiliza da política para obter prosperidade material. Em suma, o primeiro tem o poder político como fim e para chegar até ele, se for preciso, passa por cima de qualquer um. Já o segundo tem o poder político como meio para realização de suas ambições inconfessáveis de consumo.
Esta diferença pode não significar muita coisa, mas, depedendo do contexto político, pode sim fazer toda a diferença.
Com relação a viabilidade política e eleitoral das vias alternativas que se apresentam, realmente acho cedo para qualquer conclusão. Porém, não podemos ignorar a probabilidade de termos de nos posicionar frente ao dantesco cenário de segundo turno com a "polaridade" Rosinha/Arnaldo e, para tanto, precisamos sim ser muito racionais e pragmáticos para tomar a "melhor" decisão para o município. O voto nulo, como o próprio nome diz, não acrescenta absolutamente nada.
Manoel, seu comentário é perfeito, principalmente no que diz respeito à minha opinião e como a pequena diferença entre Garotinho e Arnaldo toma proporções maiores devido ao contexto.
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