sábado, maio 09, 2009

"Convênio: reclamação ou exclusão?"

O texto abaixo com o título acima foram encaminhados ao blog reclamando das condições dos convênios ontem assinados junto à PMCG: Prezado Roberto, queria dizer que estava na solenidade de renovação de convênios com a APAE, APOE e APAPE e fiquei chocada. Realmente os convênios foram assinados...mas num valor muito aquém daquele digno de se manter uma associação. Para você ter uma idéia a APAE vai receber mensalmente com R$ 14.000,oo; a APOE com R$ 42.000,00 e a APAPE com R$ 9.450,00. Além da demissão em massa de trabalhadores, a maior a ser prejudicada mais uma vez será a CRIANÇA ESPECIAL. Te faço uma pergunta? Como uma associação dessas com um trabalho digno e que conforme falam já passaram pelo "crivo técnico", que presta serviço há anos, vai continuar? Com a desculpa de cobrir um "rombo no orçamento" da gestão passada e de que as entidades tem que ter SUSTENTABILIDADE imediata, não é assim que de uma hora para outra se faz a transformação; principalmente cortando pela metade o valor do repasse dos convênios. Infelizmente, em nossa sociedade ou vocêestá envolvido na política e recebe apoio ou você tem um sobrenome que te abre portas. Na minha concepção esse processo de transformação não tem que gerar a EXCLUSÃO. Muitas crianças deixarão de ser atendidas e para onde irão? Para o sistema de saúde municipal que está falido? Ou a prefeita pensa em readequar todo este de uma forma mágica, onde essas famílias receberão atendimento como o tem nas entidades? Aí sim, eu entenderia a transformação. Tanto eu como você sabemos, que neste show não haverá mágica e o principal convidade, ou seja, a criança especial, nem vai poder participar! Um abraço! Uma anônima indignada!"

2 comentários:

Anônimo disse...

Associo-me a indignação desta comentarista e apenas faço uma reflexão : Só quem tem ao lado um filho especial sabe a dificuldade de criá-lo sem ter como suporte uma Escola qualificada. Parabenizo a Jornalista Diva Goulart pelo seu arrojo em lutar por uma causa tão nobre, apesar de seus 93 anos. A APOE deveria ser vista pela municipalidade como um presente e não como um empecilho. Obrigada, Prof. Roberto, pela sua preocupação em mostrar no blog essas dificuldades.Uma mãe de filha especial

Renato disse...

Roberto,
escrever sobre um tema em que os envolvidos são crianças e suas famílias em um município que se acostumou a ver este seguimento seguidamente ser ababdonado não é fácil ,mas vamos lá.
Primeiro devo informar que desde o mês de Março assumi pela sociedade civil a presidência do Conselho Municipal de Assistência,conselho que ja fazia parte como conselheiro suplente na gestão passada onde conquistamos uma importante vitória que foi passarmos a selecionar as entidades que recebem verba da assistência através de um edital público,TODAS sendo votadas e as selecionadas indicadas a fazerem o convênio com o fundo municipal da asssistência.Tudo com controle e acompanhamento do conjunto do conselho conforme manda a lei.
Ocorre que como é de conhecimento de todos dezenas de entidades recebiam diretamente do gabinete do prefeito sem nenhum debate sobre sua importância ou conveniência para as políticas públicas e não se submetendo a nenhum controle social.Como consequência desse processo temos no orçamento um enfraquecimento das pastas afins e um fortalecimento da verba do gabinete.
Portanto se o conjunto das entidades que novamente assinaram convênio direto com o gabinete da nova prefeita,são relevantes e necessários e julgam terem sido "contigenciados" e sub valorizados,saibam que esta é a regra do jogo:Ou participam do debate legal e democrático nos conselhos ou se submetem aos mandos(ou desmandos)da prefeitura mas sem o direito de contestarem.
Fraternalmente,Renato Gonçalves