quarta-feira, dezembro 23, 2009

Duas nacionais!

"Serra oferece toda a área social da Presidência a Aécio". "Lula só se recandidatará em 2014 se Dilma não for eleita". Ambas as informações estão na edição de hoje do jornal Valor Econômico. A matéria é do jornalista Caio Junqueira. Diz ele sobre a primeira: "É esse argumento que tem sido elaborado pela articulação política do governador paulista na tentativa de seduzir Aécio. Tendo sob seu domínio ministérios como Desenvolvimento Social, Dsenvolvimento Agrário, Educação, Esporte, Saúde e Trabalho, o governador conseguiria projetar seu nome em setores com forte apelo popular e ainda implementar o que foi a Tônica do seu discurso neste ano: o de que a próxima era seria o "pós-Lula"... Com essas áreas em mãos, Aécio conseguiria se projetar nacionalmente e ser o sucessor de Serra em 2018, já que o projeto de poder pensado no PSDB paulista para ser apresentado a Aécio é de 16 anos." Sobre a segunda, inicialmente o blog reproduz o que tambéme está nesta mesma matéria: "Os tucanos avaliam que Lula não voltará em 2014, pois não pretende colocar em risco o prestígio nacional e internacional que conseguiu obter. "Ele vai ficar lá em São Bernardo do Campo, tomando uma cachaça no boteco com os metalúrgicos, depois volta para casa, põe terno e vai tomar chá com a rainha da Inglaterra. Já é um mito e assim vai querer permanecer", afirma uma fonte do Palácio dos Bandeirantes." Sobre o assunto na coluna da sempre bem informada Rosângela Bittar ela conclui o texto que tem o título "O Instituto Lula" que fala do projeto do presidente para depois da eleição, ela como último período da coluna diz: "Se Dilma for eleita e fizer bom governo, ele pode não voltar mais. Se não for eleita, voltará aos palanques no dia seguinte". Comentário do blog: Na primeira é uma clara demonstração do desespero com a forma com que Serra liquidou Aécio no PSDB, sem prévia e sem mais nada. A falta de oxigênio para o adversário-aliado faz agora Serra lhe colocar à disposição todo um hospital. Resta saber, se Aécio depois do que falou e sentiu aceitar participar do jogo, assim tão juntinho de Serra, quando se percebe que ele, ao fazer oque fez, buscou uma equidistância de adversários dentro e fora de seu partido. Talvez, a Aécio sirva mais a busca de um novo arranjo de apoio político, para o qual tem cacife para articular, do que a simples aquiescência do projeto da equipe paulista de Serra e do PSDB. Sobre a segunda questão, da volta ou não de Lula como o próprio candidato fica evidente o desespero e até o medo do enfrentamento que o PSDB tem em relação a Lula. O desdém que vulgariza o "tomar cachaça com os amigos" em São Bernardo ou "chá com a rainha da Inglaterra em Londres" é a assunção do pré-conceito com as origens do presidente e também com o sucesso que seu carisma e com a posição de nosso país alcançou no cenário internacional. Sem falar inglês, sem os títulos da academia, mas com o reconhecimento do grande governo que vem fazendo e sobre suas posições no cenário internacional. Ambas questões serão parte do debate do ano eleitoral que está prestes a romper.

Nenhum comentário: