segunda-feira, abril 11, 2011

“A favela é uma oportunidade econômica a ser incentivada, e não uma ameaça a ser demolida”.

A frase acima é do jornalista canadense Doug Saunders autor do livro “Arrival City”. Em 2009, ele esteve em dez favelas do Rio e de São Paulo e mais de 30 espalhadas pelo mundo, na China, Índia, Turquia, Egito, Bangladesh, França, Espanha e Alemanha.

Ele defende que as favelas são ponto de transição que desempenham ponto importante, tanto no desenvolvimento rural, quanto da mobilidade social. Para Doug até o fim deste século, a humanidade se tornará essencialmente urbana: “começamos todos como moradores do campo e os nossos antepassados passaram por áreas que estavam um degrau abaixo do estágio de urbanização, e que não eram muito melhores do que uma favela”

Na sua conclusão ele diz que há ma diferença fundamental entre o Brasil e outros países nesta questão que é a capacidade de transformar positivamente este tipo de assentamento. “O Brasil tem um conjunto de experimentos que transformam o fracasso em sucesso nestes lugares”.

Interessante que alguns conceitos presentes nos estudos do Doug Saunders possam estar presentes no desenvolvimentos de políticas públicas das nossas cidades, especialmente no Programas de Habitação.

Fonte: O Globo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com o DOUG em um único ponto: ninguém quer botar a mão na massa, trabalhar feito louco debaixo do sol escaldante numa área rural qualquer para receber uma miséria pelo produto agrícola. Consequentemente, ninguém quer viver no campo nesse país. Preferem viver de bicos ou de comércios clandestinos ou de bolsa família, auxílio gás, leve leite, passagem a 1 Real, abarrotando as favelas desse país.
Favelas...
um amontoado de gente sem recursos finaceiros, sem cultura, sem educação, um verdadeiro faroeste caboclo em plena cidade grande, uma terra de ninguém, sem esgotos, sem água encanada, muita sujeira, muito barulho, desordem total, onde manda quem fala mais alto, manda que atira melhor, manda quem mata mais. O narcotráfico se aproveita de toda essa pobreza social, cultural e por que não dizer, sentimental.
Se o gringo no topo de seu querido Canadá, acha que favela é uma oportunidade econômica problema seu (cada gringo feliz e rico tem em sua mente teorias estapafúrdias...). Entratanto fica difícil imaginar em meio ao caos e a desordem reinantes numa favela algo de economicamente viável.
Bem... não deixa de ser mais um a teoria assim como muitas outras, elaboradas pelas cabeças pensantes do planeta.