sexta-feira, dezembro 23, 2011

Desabafo de um petroleiro que mora em Campos e trabalha em Macaé

Num artigo escrito aqui em 2006 sobre Autosuficiência da Petrobras, na produção de petróleo no país, um solitário petroleiro fez hoje um desabafo sob a forma de comentário que julguei que merece uma reflexão deste espaço: "Moro em Guarus. Acordo as 4:30 Hs da manhã. falo um até logo para a minha esposa e meus filhos de 5 e 15 anos. As 04:55 embarco no ônibus rumo a Macaé. Enfrento 100 Km de Br 101, com todo os seus perigos. Como trabalho no PT, por sinal um lugar horroroso, tenho que enfrentar o trásito caótico da cidade do petróleo até chegar ao meu destino.No retorno do trabalho a mesma rotina. Toda a semana faço esse trageto, tendo apenas o motorista da 1001, que ganha um salário de fome, como anjo da guarda para evitar o pior. O meu maior medo é um dia acontecer uma tragídia e não ver os meus filhos me darem netos. Infelismente eu e muitos empregados da área do petróleo moram numa cidade acostumada a ser dirigida por dinastias. Políticos que desejam manter essa cidade no atraso para se manterem no poder a troco de migalhas. Para quem acha que trabalhar embarcado é ruim venha encarar a rodovia da morte toda semana."

6 comentários:

George A.F. Gessário disse...

Mas aí quem poderia fazer alguma coisa é a própria Petrobrás dando um transporte melhor e padronizado para seus funcionários não a Prefeitura. Nisso aí nossas Dinastias tem culpa em TER BARRADO a instalação da sede da Petrobras aqui em Campos, mas isso não tem mais remédio.

Anônimo disse...

Com a chegada da empresa do EIKE, com todos os perigos já prevejo uma evasão de boa parte da mão-de-obra de vários departamentos da Petrobras para o Açu. Vão ter que valorizar mais o "Contratados" por aqui.

Anônimo disse...

Roberto. O que falta é a valorização ao trabalhador. O dia em que nossos governantes fizerem isso, o trabalho será muito diferente.

George A.F. Gessário disse...

Anônimo das 1:25 PM De fato, DIZEM que a OGX paga muito melhor q a Petrobras, alguns diretores da Estatal inclusive já rumaram pra empresa do Eike.

Anônimo disse...

Na realidade o poder público pode sim fazer algo: Criar outras alternativas de transporte, como um trem rápido. Afinal são cerca de 1500 pessoas que diariamente fazem este trajeto.

Anônimo disse...

Prezado companheiro, permita-me lanças luz sobre este sadio debate. Trabalho a 10 anos da bacia de Campos. Já trabalhei em terra e hoje trabalho embarcado. Não existe, guardadas as devidas proporções, lugar mais ou menos perigoso. O que deve existir, já que são 1500 pessoas é a cobrança, via empresa, sindicato, imprensa, ministério público, de transporte mais digno para todos os empregados. Tens procurado conscientizar disso teus companheiros de trajeto? Comece por aí...Saudações Classistas, Léo Ferreira.