terça-feira, março 25, 2014

Belluzzo: "classificação das agências de risco é coisa de estelionatários"

Quem acompanha a economia sem deixar de olhar a política, sua irmã siamesa, já sabia que este ano, as agências de risco internacionais estavam decididas a cumprir o papel que o sistema financeiro mundial passaram a lhe confiar: ameaçar politicamente em anos de eleição os governos que não rezam em suas cartilhas. 

Essas agências fizeram vistas grossas na crise americana de 2008 e agora voltam a tentar interferir nas economias nacionais. A entrevista do conceituado economista da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo, coloca os "pingos nos is". Sua a opinião é clara e sem sofismas. Destaquei a parte abaixo em que ele identifica a classificação das agências como estelionato. Clicando aqui você pode ter acesso à entrevista na íntegra publicada hoje no Estadão:

"A dívida brasileira é de 60% do Produto Interno Bruto (PIB), a dívida líquida de 30%. O Brasil teve superávit todos os anos, caiu um pouco agora, para 1,9% do PIB. Mas ainda assim somos um dos poucos países com superávit. O que vem a ser isso, essa decisão das agências? Que significado tem? Isso é coisa de estelionatários. Eles, na verdade, participaram de um estelionato na crise de 2008. É inacreditável ter que dar um opinião sobre uma coisa tão evidentemente inexpressiva, todo mundo acredita na S&P, na Moody's, mas esse pessoal das agências nem formação econômica decente tem."

3 comentários:

Anônimo disse...

É verdade. O que essa gente fez na crise subprime de 2008 não os autoriza a absolutamente nada. Nem deveriam ser mencionados no noticiário...
Mas, politicamente interessa dizer que o Brasil vai mal.
Duro é saber que mesmo com enormes e vultuosos desvios no governo Dilma, haverá muito mais nos que pleiteiam o seu lugar.

Felipe Zacarias disse...

Ainda não tenho minha opinião formada se foi certo ou não este rebaixamento, mas vejo que a falta (ou atraso) de investimentos em infra, que hoje pode ser vista na baixa produtividade, na crise energética entre outros, e também o "afrouxamento" do controle fiscal pesaram muito nesta decisão...

Anônimo disse...

Ainda não tenho minha opinião formada se foi certo ou não este rebaixamento, mas vejo que a falta (ou atraso) de investimentos em infra, que hoje pode ser vista na baixa produtividade, na crise energética entre outros, e também o "afrouxamento" do controle fiscal pesaram muito nesta decisão...